Fala Produtor

  • Antereo Pereira da Silva Manhuaçu - MG 11/10/2007 00:00

    Eu gostaria entrar na briga em favor de Renan Calheiros: 1º) Ele mostrou grande capacidade de se defender; 2º) Ele mostrou que é cabra-macho (o caso dele é com mulher, e todo homem na idade-do-lobo ninguém segura); 3º) se eles (os senadores) tiveram oportunidade de tirá-lo e não conseguiram, portanto não há o que reclamar; 4º) de tudo que o acusam é a menor das causas, pois aquilo que o ex-ministro Palocci (hoje deputado federal) fez com o caseiro Francenildo foi muito grave, e tudo isso foi esquecido. E por falar em cobras, vou mandar capturar 500 cobras-cascavel no Vale do Jequitinhonha e vou levá-las para dar de presente no Congresso Nacional (talvez assim eles passem a trabalhar), pois os deputados só ficam votando medidas provisórias (eles não querem saber das reformas que o País precisa). Fica parecendo o tempo da ditadura, só o governo manda.

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  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP 10/10/2007 00:00

    Caro amigo João Batista, tenho alguns comentários a fazer sobre a entrevista com Odacir Klein. Primeiro sobre o Biodiesel: concordo plenamente quando você diz que dentro de sua propriedade cada um use da forma que quiser o biocombustível, pois isso está dentro da lei de nosso País. Quanto ao uso de óleo vegetal in natura nos motores, afirmo que esse usado diretamente nos motores a diesel, sem adaptações um tanto complexas, podem danificar seriamente o motor. Falo por experiência própria. Sou produtor rural, tenho nível superior, cursos na área de mecânica e biocombustíveis. Minha tese foi sobre qualidade de biodiesel B100. Esse sim defendo, pois se feito de forma seria, tecnicamente é melhor que o diesel fóssil. No período em que fiquei na Alemanha (em 2002) conheci bem o programa deles. Usei lá o B-100 em meu veículo de forma normal. Efetuamos um teste com óleo vegetal de soja in natura (esse comprado em supermercado) em uma camionete com motor MWM sprint 6 cilindros. Ela rodou 520 km até parar de funcionar. O custo da troca de bicos injetores e reparos na bomba injetora e filtros foram de 3600 reais. O óleo vegetal in natura é como querer usar petróleo bruto no motor. Sem refinar, ou sem tem um motor especifico para isso, ou se torna inviável. Quanto ao biodiesel B-100 que é realidade em países como Alemanha, EUA e outros desenvolvidos, os programas emplacaram, pois tiveram foco primário no ganho energético, no econômico e ambiental e a conseqüência - ou foco secundário - foi o desenvolvimento social. Lá se determinou quais matérias-primas têm características físico-químicas para se gerar um biodiesel B-100 dentro das normas e padrões do diesel fóssil desses países ou até melhor. Aqui, como quase tudo que ocorre, entra a demagogia de esquerda que é foco social-populismo-demagógico. Por isso sempre temos produto de qualidade inferior. Vide nosso diesel fóssil com 18 vezes mais enxofre que o argentino. Importante dizer que não são todas as oleaginosas que geram biodiesel de qualidade, e outras que não servem como matéria-prima para combustível, tem valor agregado muito maior em outras aplicações como o óleo de mamona. Este é o exemplo maior da demagogia populista no Brasil. E ainda tem servido para alimentar os nossos políticos demagogos que estão montando usinas de biodiesel, comprando óleo de mamona barato dos produtores ignorantes, revendendo no exterior a preço de mercado e comprando outras fontes de óleo para fazer biodiesel, ou seja, pura agiotagem. Muita coisa que o Odacir Klein falou procede. Por exemplo, que os biocombustíveis não vão gerar falta de alimentos (pois isso é conversa de especuladores e ONG's) mas senti ele em defesa dessa corja que ocupou o governo. Achava que Odacir klein era um pessoa respeitável, que não se venderia ao governo. Enquanto isso Lula está se aproveitando do momento "em proveito próprio"; o biodiesel é mais uma malandragem desse individuo que diz nunca saber de nada, e só usa o biocombustível como propaganda política. Na pratica o biocombustível só será viável nas mãos do setor privado. Lula apenas usa a situação como sempre.

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  • Antônio de La Bandeira Campo Novo do Parecis - MT 09/10/2007 00:00

    Olá, prezado João Batista. Que a força do campo esteja em todos nós. Ontem foi sugerido por um telespectador via e-mail, que a classe produtora se manifeste contra a CPMF. Nós, do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, 2º maior município produtor de grãos do Brasil, estamos fazendo nossa parte. Encaminhamos manifestação de repúdio a todos os sindicatos rurais de MT, sugerindo que estes multipliquem a corrente às outras entidades e segmentos. Também enviamos aos parlamentares e nossas entidades estaduais maiores - Aprosoja, Famato, AMPA - nossa indignação. Esta infausta contribuição, que atinge em cheio a classe produtora e a todos, é ainda mais perversa aos menos favorecidos, por motivos óbvios. Continue sendo esta voz de força e perseverança em defesa dos agropecuaristas. Parabéns pelo programa e seu desempenho. Chô CPMF... E que venha a chuva!!!

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  • Cassio Bueno Rodrigues Sao Paulo - SP 09/10/2007 00:00

    Sr. João Batista. Sei de sua experiência no mercado da produção, mas me ocorre uma duvida: por que só o Sr. é a voz de alerta, de critica construtiva, na TV?.Quando será que este Brasil vai crescer? Pois embora tenhamos mais de 500 anos por que agimos como se tivéssemos 15??!! Quando será que o nosso povo será restituído na sua dignidade, e não compensado?? Será que vamos viver sempre no auto-enganando? Pois quando há anuncio de empréstimos (financiamento das safras) sempre vemos, no final, os produtores de verdade perdendo seus bens constituídos no suar do rosto... E ai tudo se repete: querem pagar, mas não podem, pois não têm renda. E quando podem o governo não quer receber!!! Creio eu que estamos vivenciando a maior reforma agrária mundial, pois com endividamento haverá venda e perda de terras... Aí fica mais fácil entregar aos sem-tudo nossas terras, sem conflito. Devemos, portanto, pensar numa outra campanha: a da restituição de tudo o que já nos foi tirado e mal usado, e não mais concordar com o verbo dar (dar condições, dar incentivos, dar, dar...) como se fosse um favor ajudar ao povo que planta, cria e vive do campo, enquanto nas cidades os engomados, especuladores profissionais tomam nosso dinheiro já sabendo que não vão pagar. Desengatinha Brasil, Ordem e Decência já, porque o Progresso é a conseqüência. Obrigado.

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  • Giovani Giotti Luis Eduardo Magalhães - BA 08/10/2007 00:00

    O fim da CPMF só depende de nós. Penso que os Sindicatos Rurais, em conjunto com os demais representantes do setor produtivo, deveriam promover manifestações locais junto com toda sociedade, encaminhando cartas aos parlamentares retirando o apoio local que os Deputados e Senadores eleitos tiveram naquelas regiões caso o imposto seja prorrogado. Quem sabe a soma de nossos votos seja uma barganha mais forte do que um favor do governo. É preciso lutar. Sem mais, Giovani Giotti.

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  • Altemar Kroling Diamantino - MT 08/10/2007 00:00

    Olá João Batista, e amigos do notícias agricolas.<br />

    Meu irmão tem um investimento no sicredi, a parcela deste ano já foi paga, eas normas que chegaram e que, quem optar pela prorrogação não tem mais direito a investimentos e tambem não tem mais direito de pegar o custeio agrícola, como que vamos plantar pra saldar estes débitos?<br />

    Será que adianta prorrogar nestas condições? <br />

    Assim não tem jeito, abraços.

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  • Silvio Rafaeli Tapes - RS 08/10/2007 00:00

    Sobre a reestrutura&ccedil;&atilde;o da divida agr&iacute;cola, estamos preocupados com a &ldquo;patrolagem&rdquo; da CPMF por parte do governo e aliados (entre esses est&atilde;o tamb&eacute;m os chamados &quot;nossos&quot;). Portanto, estamos de novo &agrave; deriva. N&atilde;o temos nada escrito, nada oficializado, nada de comprometimento. Estamos deixando uma oportunidade &iacute;mpar de conseguirmos este sonho quase imposs&iacute;vel que &eacute; a reestrutura&ccedil;&atilde;o da d&iacute;vida agr&iacute;cola. Veja: v&atilde;o tentar amarr&aacute;-la na LDO o que &eacute; perigoso, pois abriram precedente ao ceder, agora, para a vota&ccedil;&atilde;o da CPMF. Precisamos botar a boca no trombone, sen&atilde;o estaremos de novo na beira da estrada ano que vem. Grande abra&ccedil;o.

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 08/10/2007 00:00

    ola senhores boa tarde, nós produtores aqui do cerrado estamos esperando alguma noticia dos amigos cafeicultores do sul de Minas, pois aqui estamos derretendo mesmo com irrigação.<br />

    OLAAA ALGUM CAFEICULTOR AINDA VIVO COM ESTE CAMBIO, COM ESTA SECA, COM ESTES CUSTOS, SINAL DE VIDA PELO AMOR DE DEUS

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  • Antônio de La Bandeira Campo Novo do Parecis - MT 08/10/2007 00:00

    Olá, João Batista. O programa continua ótimo. O tempo é que nem tanto. E vem a RC Consultores publicar que o Brasil produzirá 143 milhões de toneladas em 2008. Tomara! É o que mais queremos. Acontece que a agricultura depende, em primeiro lugar, do tempo. E também do governo. E se o tempo não vai bem, o governo do PT vai cada vez pior. <br />

    A previsão da RC baseia-se nos 44% de fertilizantes, máquinas e defensivos vendidos a mais em 2007 que em 2006. Ora,pelo menos aqui em MT, a redução de compras de insumos em 2006 foi grande - máquinas então ... -.<br />

    Portanto, pode ser um equívoco previsões fantasticamente otimistas antes da hora. Isso é muito bom para o governo. Enfim, MT ainda continua com aquela fumaça que o levou a lançar o importante alerta contra as queimadas. Parabéns também pela iniciativa.<br />

    E que venha a chuva!!!!!<br />

    <br />

    Antônio de la Bandeira<br />

    Sindicato dos Produtores Rurais de Campo Novo do Parecis-MT.

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  • Emerson Ehlers Douradina - PR 07/10/2007 00:00

    <div>Ol&aacute; Jo&atilde;o Batista Olivi, parab&eacute;ns pelo seu programa que contribui muito a agropecu&aacute;ria brasileira. Gostaria de parabenizar a secret&aacute;ria de Agricultura do estado do Rio de Janeiro, que com compet&ecirc;ncia soube como tratar a suspeita de caso de aftosa. O caso foi tratado sem alarde, e guando o caso vazou a imprensa e o mercado se estressou mais que rapidamente o resultado do exame foi divulgado. N&atilde;o causando nenhum preju&iacute;zo a pecu&aacute;ria brasileira. Que isso seja exemplo a todos os estados Brasileiros, principalmente ao estado do Paran&aacute;, onde por causa de uma trapalhada do secret&aacute;rio da Agricultura e o Ministro da Agricultura , que encontraram Aftosa onde n&atilde;o existia, provocando preju&iacute;zos enormes a pecu&aacute;ria do estado. Parab&eacute;ns ao estado do Rio de Janeiro, e parab&eacute;ns ao Mercado &amp; Cia.</div>

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 07/10/2007 00:00

    O PREÇO SUBIU E OS EQUÍVOCOS JÁ RECOMEÇARAM - UMA VISÃO DE PLANEJAMENTO... que falta!<br />

    <br />

    Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse lhe facilitar o trabalho nas caçadas.<br />

    <br />

    Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar. Desse modo, o caçador teria facilitada a sua ação. <br />

    <br />

    Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caravana convidando dois outros amigos caçadores para a África. Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, curiosamente, o tigre ,que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar. Foi fuzilado a queima roupa.<br />

    <br />

    Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se, ficou manso e dançou. Os caçadores não hesitaram e o mataram com vários tiros. E foi assim, a flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando.<br />

    <br />

    Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente um leão faminto. A flauta soou mas o leão não dançou. Ao contrario, atacou um dos amigos do caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado. Dois macacos, em cima de uma arvore próxima, a tudo assistiam.<br />

    <br />

    Um deles observou com sabedoria:<br />

    <br />

    Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem o surdinho... <br />

    <br />

    Moral da História:<br />

    <br />

    Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo; um dia podem não dar. Tenha sempre planos de contingência; prepare alternativas para as situações imprevistas; preveja tudo que pode dar errado e prepare-se. <br />

    <br />

    Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir. E... Cuidado com o Leão surdo.<br />

    <br />

    Embora vários produtores estejam acostumados a se proteger das fortes oscilações dos preços<br />

    agrícolas através do hedge físico ou financeiro, existe um outro contingente que ainda apostam na sorte.<br />

    Infelizmente são a maioria, principalmente médios e pequenos. Justamente os mais vulneráveis no<br />

    sistema agroindustrial.<br />

    A piada que corre no meio é de que a crise no setor não se dissipará tão cedo, até porque se o<br />

    preço da soja chegar novamente a R$ 45,00 ou R$ 49,00/saca não vai resolver nada, pois ninguém vai<br />

    vender mesmo! Muitos esperarão chegar a R$ 50,00 e depois a R$ 60,00 e assim por diante. Até que<br />

    retorne a 25,00. Aí sim venderão, por necessidade, como em anos anteriores onde poucos efetivamente<br />

    aproveitaram as oportunidades das cotações internacionais e preços internos elevados.<br />

    <br />

    Brasileiro tem fama de que só vende na baixa...!<br />

    <br />

    Pelo menos três perguntas ainda necessitam de resposta. A primeira é qual a chance de quem se<br />

    expõe tanto em permanecer na atividade? E o que fazer para reverter esse quadro? Muitos fazem tudoisso ao mesmo tempo. Não planejam e plantam de última hora, não fazem hedge e ainda apostam na<br />

    elevação eterna dos preços. Querem acertar no olho da mosca, acabam por errar do elefante.<br />

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  • José Lázaro da Silva Rio Verde - GO 05/10/2007 00:00

    Amigo Jo&atilde;o Batista. &Eacute; grande nossa preocupa&ccedil;&atilde;o com a securitiza&ccedil;&atilde;o. Muitos produtores n&atilde;o tiveram condi&ccedil;&otilde;es de amortizar as parcelas vencidas em 30/10/2006, onde foi dado aos Bancos privados o direito de amortiza&ccedil;&atilde;o sem acr&eacute;scimo e com aplica&ccedil;&atilde;o do &quot;B&Ocirc;NUS&quot; de adimpl&ecirc;ncia via lei 11.524, e os do BB com ficam? Al&eacute;m do mais em 30/10 pr&oacute;ximo vencer&aacute; mais outra parcela e nossos pol&iacute;ticos nem se lembram de tal fato. Sem contar que as parcelas vencidas s&atilde;o acrescidas de multas e moras alt&iacute;ssimas, ou seja, triplicando seu valor da noite par o dia. O que acontecer&aacute; com essa gente sofrida que est&aacute; pagando um alto pre&ccedil;o pelas ocorr&ecirc;ncias de um mercado impr&oacute;prio ao produtor endividado e por uma seq&uuml;&ecirc;ncia de safras ruins.

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  • Valdir Lohmann Estrela - RS 05/10/2007 00:00

    Assistindo a programa&ccedil;&atilde;o do canal rural ficamos sabendo que haver&aacute; prorroga&ccedil;&atilde;o das d&iacute;vidas para os produtores de gr&atilde;os. Mas entrando em contato com a ag&ecirc;ncia do Bco. do Brasil de Estrela, ag&ecirc;ncia 0430-8, nos foi colocado da seguinte forma: &quot;Aqui ser&aacute; diferente, ser&aacute; analisado caso a caso, e dever&aacute; ser quitada a maior parte da d&iacute;vida.&quot;; palavras da nossa gerente. As perdas nas safras de 2004, 2005, 2006 foram grandes; tendo at&eacute; pedido pro-agro, e com laudos comprovando as perdas. Ent&atilde;o &eacute; realmente discut&iacute;vel esse direito da prorroga&ccedil;&atilde;o? Como devemos proceder? Agradecemos muito, se puderem ajudar a esclarecer esta d&uacute;vida.

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  • Eliceu Felipe Kuhn Barreiras - BA 05/10/2007 00:00

    Caro Jo&atilde;o Batista. Na proposta de solu&ccedil;&atilde;o definitiva do passivo agr&iacute;cola, que est&aacute; sendo negociado com o governo pela comiss&atilde;o de agricultura, foi dividido em 03 blocos, conforme eu vi ontem em seu programa. Mas eu tenho uma d&uacute;vida, que &eacute; de muitos produtores: eu refinanciei o Custeio 2004/05 com recursos do Fat Giro Rural, autorizado pelo CODEFAT em 2006, pelo Banco do Brasil. Devem ser inclu&iacute;das estas opera&ccedil;&otilde;es, pois se referem ao custeio de 2004/05, e se tornaram de dif&iacute;cil pagamento em virtude do despencamento do d&oacute;lar, que n&atilde;o flutua, s&oacute; afunda mais e mais... Obrigado se puder abordar o assunto.

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  • Roceli Spautz Curitiba - PR 05/10/2007 00:00

    Caro Jo&atilde;o Batista Olivi: O mercado financeiro no Brasil tem sido selvagem, abrupto e envolto na selva de inesperadas explica&ccedil;&otilde;es com os cidad&atilde;os brasileiros. No entanto, o governo brasileiro trata os agricultores de maneira diferenciada. O setor terci&aacute;rio tem cr&eacute;dito porque gera mais empregos, o secund&aacute;rio leva o lucro e o prim&aacute;rio paga a conta. Essa conta &eacute;-nos cobrada com juros de agiota, com rigor da lei e com a n&atilde;o compet&ecirc;ncia do setor banc&aacute;rio por meio de seu representante, o gerente. Se ele tivesse vis&atilde;o empreendedora, suas a&ccedil;&otilde;es seriam uma observa&ccedil;&atilde;o constante do comportamento do cliente em suas opera&ccedil;&otilde;es financeiras, seja por meio de seu hist&oacute;rico seja pelos investimentos em andamento ou finalizados. O que se v&ecirc; em nossa regi&atilde;o &eacute; um gerente que n&atilde;o administra neg&oacute;cios, bens ou servi&ccedil;os para o cliente, n&atilde;o faz o banco crescer, a regi&atilde;o n&atilde;o prospera, o produtor n&atilde;o se sente seguro e todos perdem com a falta de perspectiva e de vis&atilde;o de possibilidades de solu&ccedil;&atilde;o. &Eacute; isso que vejo aqui na regi&atilde;o de Abelardo Luz-SC, capital da semente de soja. Gerentes que possuem um cargo e esquecem sua fun&ccedil;&atilde;o de ponte entre governo e produtor rural, sua produ&ccedil;&atilde;o e seu capital humano. N&atilde;o temos holerite no final do m&ecirc;s e quando vendemos a produ&ccedil;&atilde;o, precisamos administrar as contas, mas tamb&eacute;m precisamos comer, ter qualidade de vida, ter sa&uacute;de, educa&ccedil;&atilde;o, moradia, transporte, comunica&ccedil;&atilde;o e manter toda a infra-estrutura de produ&ccedil;&atilde;o com funcion&aacute;rios, combust&iacute;vel, mec&acirc;nicos e pe&ccedil;as para o maquin&aacute;rio, pagamento dos insumos, luz, g&aacute;s, telefone etc. O que nos faz diferentes? Talvez o ar, a &aacute;gua... E nossas d&iacute;vidas com o Banco do Brasil. Mas &eacute; correto um gerente n&atilde;o se comunicar com o cliente e encaminhar carta registrada em cart&oacute;rio para lhe dizer que est&aacute; em d&eacute;bito, que se n&atilde;o pagar em 5 dias seus bens ser&atilde;o arrestados? Afinal, um banco negocia ou executa? Ser&aacute; que sou t&atilde;o velha a ponto de pensar que tenho direitos, n&atilde;o obstante ter d&iacute;vidas? Sei que tenho deveres, mas quero honr&aacute;-los dentro de vari&aacute;veis reais, ou seja, d&iacute;vidas devem ser cobradas em tempo de colheita. Paguei o que foi poss&iacute;vel e agora espero colher o trigo para pagar o restante. Minha pergunta &eacute;: posso pagar o total da d&iacute;vida de custeio 2006/2007 na colheita do trigo, final de novembro? Obrigada pela aten&ccedil;&atilde;o e perdoe-me pela extens&atilde;o da carta. Sua f&atilde; do mercado &amp; Cia, Roceli Spautz.

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