Fala Produtor
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Mario Afonso Klein Passo Fundo - RS 18/02/2008 00:00
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Telmo Heinen Formosa - GO 18/02/2008 00:00
Foi a vez do Globo Rural deste domingo (17 FEV 2008), "desinformar...". Seguindo o corolário geral dos ultimos 15 dias, chegou a vez do Globo Rural cometer a sua gafe também sobre o assunto "rastreabilidade" e exportação de carne para a UE.
Neste domingo, 17 de FEV 2008 foi apresentada uma Reportagem sobre uma Fazenda "rastreada" em Goiás, (Aurora) com 800 hectares e 1.200 reses, média de abate de 900 cabeças por ano.
Ao término da Reportagem foi dito pela HELLEN Martins de que seriam necessárias 1.200 Fazendas deste tamanho para atender as exportações para a União Européia.
Errado!
São quase 300 milhões de kg de carne exportados por ano (2007) para lá. Considerando-se que eles adquirem basicamente o Filé Mignon, Picanha etc... (Cortes Nobres do Traseiro) de mais ou menos 15 kg de cada boi... Vocês tem que refazer a conta. Seria necessários então 20 milhões de bois...
A conta não é exatamente esta porquanto nas 300 mil t citadas, está incluida também a carne industrializada, que não é só de cortes nobres.
Mesmo assim a informação terá que ser retificada. Vá na ABIEC ou na ABRAFRIGO para pegar os números corretos.
O certo é que esta discussão sobre 300, 600 ou 523 ou mesmo 2.681 Fazendas habilitadas, é ridícula.
A Fazenda habilitada não pode estar no Pará e o Frigorífico exportador em Goiás ou Minas...
Os repórteres ainda não se flagraram deste aspecto ridídulo... e considerando que apenas uns 15 kg por boi, quantos bois precisa abater para encher um Container de 20 ou de 27 toneladas ?
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Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 14/02/2008 23:00
EMBARGO DA CARNE BOVINA PARA A U.E.- no debate de ontem na importante audiência pública do Senado, venceu de longe a Senadora Katia Abreu e outros senadores e alguns deputados ao IMPLORAREM, quase chorando, ao Ministro (que também venceu pela sinceridade e muita coragem ao peitar este e outros oligopólios, inflitrados há anos no MAPA) a não apresentar lista alguma a estes malucos da U.E., que acham que o Brasil ainda é um quintal deles, ao tempo que acobertam certificados falsos de sanidade na Irlanda e doenças muito piores como a vaca louca (que mata humanos). <br />
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Perderam feio a ABIEC (muito mal representada), os frigoríficos (que podem e deveriam pagar pelo animal rastreado até mais R$ 15,00/@ - como já dissemos aki e ficou devidamente demonstrado pela senadora Kátia, invés de expandirem avidamente no exterior - e concentrarem internamente - e usando o nosso suado e altamente tributado dinheirinho (Cadê o CADE ?) e as muitas certificadoras não-sérias (que foram crucificadas como a maior causa do imbróglio e o maior erro de certo ministro anterior, vez que receberam, não rastrearam e sequer foram acompanhadas/fiscalizadas pelo Governo, como prevê a Lei e os Acordos Internacionais do tal ministro - aliás, péssimos para o Brasil). <br />
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Parabéns Senado/Câmara, por tão importante debate e no momento certo e parabéns pecuaristas sérios que estão peitando os frigoríficos e arregimentando seus representantes na casa. Se fosse possível, seria a hora da guerra da não entrega de bois. <br />
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Penso que com tal episódio que vai ganhar mais, PROXIMAMENTE, será o setor, sobretudo os pecuaristas, ao banirem grande parte das ambições e interesses pessoais, que ainda dominam tão importante atividade (altamente geradora de divisas, empregos, tributos, desenvolvimento e fonte alimentar).<br />
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Há 5 anos, o Canadá tentou fazer o mesmo no episódio comercial entre a Bombardier e a Embraer e que eles, loucamente, travestiram de barreira sanitária e acusaram o Brasil de ter a vaca louca. <br />
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Provamos, unidos, que não havia e o mundo se quedou à nossa verdade, o que foi o melhor e o mais barato plano de marketing do mundo. <br />
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Agora, se fizermos o mesmo com a U.E. teremos mais uma grande chance de mostrar a verdade aos consumidores europeus e mundiais, de acordar o Itamaraty e a OMC e de expandir as vendas futuras, pelas alta qualidade e sanidade. <br />
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Se, ao contrário, lerdarmos e mostrarmos quaisquer lista (de 300 a 10 mil nomes), logo eles virão com exigências piores e ainda outras mais descabidas da Rússia, dos países vizinhos, dos novos compradores etc... <br />
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PARABÉNS PECUARISTAS. PARÁBENS POLITICOS SÉRIOS.<br />
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Prof. Clímaco Cézar<br />
www.agrovision-df.com
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Reginaldo da Silva Alta Floresta - MT 14/02/2008 23:00
boa tarde, <br />
alguen pode me ajudar aonde posso conseguir sementes de cana de açucar, pois estou precisando plantar 5 alqueires, para produção de raçao para gado leiteiro.<br />
por favor, se algun tecnico tambem souber qual a melhor variedade, para ajudar gado produção de leite.<br />
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Waldir Sversutti Maringá - PR 14/02/2008 23:00
Mercado futuro!!! Para que alguém ganhe é preciso que alguém perca !
E este pode ser você. Aliás, tem sido assim desde 2003, o perdedor é sempre o produtor que acostumou antecipar a venda de sua safra para plantá-la. Sabendo de antemão que não pode contar com o financiamento completo dos Bancos, se entrega logo cedo.
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O mercado futuro para quem vendeu a soja de 2008 em 2007, foi desastroso. Aquilo que era para ser uma felicidade, foi uma amargura. Os produtores de MT (70%), GO (40%), MS (35%) SP (28%), PR (25%) e RS (25%), ao anteciparem as vendas nesses percentuais, tiveram um prejuízo bilionário, que somados, superam a casa dos R$ 10 bilhões de reais, no mínimo, calculo eu.
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A primeira responsabilidade por isso é a omissão do governo federal e da bancada ruralista, ao permitirem que os bancos oficiais e particulares tirem o corpo fora e se omitam no financiamento da produção agrícola. Anunciam mundos e fundos e o dinheiro não chega ao produtor, quando chega, chega pouco e tarde. Os governos (Collor, Itamar, FHC e Lula) se esquecem que o imenso passivo que os agricultores carregam, lhes foram causados pelas diversas políticas econômicas suas, seja onerando excessivamente suas dívidas, como foi no Plano Collor, ilegalmente, e no Plano FHC, com a poupança louca da TR, seja confiscando sua renda, com a contenção forçada do dólar, também a partir de FHC e Lula. Caras de paus !!!
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A segunda responsabilidade, atribuo às lideranças expressivas do agronegócio, que não desaconselharam a venda antecipada da soja quando os preços estavam muito baixo e já havia na imprensa noticias de que esses tempos haviam passado e não se tocaram com as altas de preços que ocorreram nos últimos 33 anos, sempre de 5 em 5 anos. Onde estavam os estudiosos do mercado e os serviços de informações das entidades ??? ... Não fizeram nada para deter ou pelo menos reduzir a grande quantidade de contratos futuros mal vendidos a US$ 11 e 12,00 dólares a saca. Neste ano, acham (simplesmente acham) que eles vão vender menos, e eu acho que errarão de novo, pois será o ano de vender mais.
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Voltando ao mercado futuro, acho que o conhecimento que o vendedor tem do mercado para saber a hora certa de vender é pouco. Diante de suas necessidades financeiras e dívidas acumuladas geralmente não lhe sobram alternativas. Muitos poderão aconselhar, mas nenhum palpiteiro vai garantir qual é a época certa para fazer a venda. Comenta-se que no Brasil o produtor não vende na alta, sempre quer mais. Quando o mercado desaba, espera para ver o que acontece até o final, que é para ouvir o balde estatelando no fundo do poço. Aí vende !
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Hoje, apesar dos preços já estarem muito bons, entendo que ainda não seria o momento certo de iniciar a venda de contratos para 2009, e sim, esperar o segundo semestre, preferencialmente, entre agosto e setembro, depois da provável vinda do El Niño, quando aparece na imprensa os números verdadeiros na quebra da safra americana. A partir daí até a pré-colheita, seria o momento mais apropriado para vender toda a produção de 2009. Como os preços de hoje estão muito bons, cabe a cada um decidir.
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Se ele aparecer a partir de julho, aquecendo as águas nas costas do Peru, e, se for mantido o mesmo percentual de migração de área para o milho verificada em 2007, pela primeira vez na história, poderemos ver o Brasil superar os EE.UU na produção mundial de soja, com 3 ou 4 milhões de toneladas a mais neste ano de 2008. Aí, os preços, provavelmente, chegarão perto dos US$ 20,00 por bushel. Eu havia previsto em comentários postados neste site em jan, fev, maio e julho de 2007, que atingiriam de US$ 13 a 14 dólares a partir de julho e agosto, mas atingiram muito antes. Os espertos de sempre (bancos, grandes fundos de pensão e fundações americanas) se anteciparam.
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Aqui vai um exercício de futurologia: Não venda antecipado sua safra de 2013 em 2.012. Mas venda no final de 2.013 a safra de 2.014. Não repitam o erro de 2004, Muitos deixaram de vender na boca da safra a R$ 52,00 para vender depois a R$ 26,00. Prestem atenção! De 5 em 5 anos, uma alta com 2 duas safras boas de preço, (no espaço apenas de um ano), no ano seguinte uma baixa, com 3 anos ruins ou médios, quando se deve fazer a rotação de culturas.
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Assim foi nos últimos 35 anos nesse mercado da soja. Quando os EE.UU normalizam sua produção, depois de uma seca,.....ninguém segura o rojão ! Quem quiser vender soja a partir de abril de 2009 entre US$ 20 e 25,00 dólares por saca será muito simples: é só encher o saco com 120 kilos !!!
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Waldir Sversutti
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Dário José Magnani Pranchita - PR 13/02/2008 23:00
Eu acho, ou melhor, tenho certeza que houve amadorismo na questão do embargo europeu sobre a carne brasileira, tanto os produtores como frigorífico, e governo acharam que era só ir no boteco da esquina e comprar meia dúzia de brinco e colocar nos bois e estamos enganando os europeus. Daí foram tomar pinga no mesmo boteco, sim porque atitude como essa não pode ser tomado outra bebida, os europeus que não são bobo deram o troco, mas o BRASIL é novo tem muito a aprender até em fazer as coisas serias, hoje em dia não tem espaço pra amadorismo ou você é profissional ou vai bater palma.
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Anderson Gonçalves de Souza Posse - GO 13/02/2008 23:00
João Batista!!
Tanto se fez, tanto se falou, tanto se estudou, e agora ouvimos que uma repactuação das dívidas agrícolas é uma realidade muito, muito distante. Me parece que o governo vai fazer o que sempre fez, esperar pra ver no que vai dar, e quando tudo travar e todos perderem oportunidades, aí sim apaga-se o fogo do jeito que der. A quem podemos gritar? A quem podemos recorrer? Onde estão nossas lideranças?
Um desabafo...
Cada vez mais, acredito que o fato de estarmos em nosso país produzindo, não nos trás nenhuma vantagem, comparando com amigos que se aventuraram nas inseguranças de uma política, para estrangeiros, em algum país vizinho, por exemplo, como os que foram para Bolívia, Paranguai.
Sinto!!! com certeza absoluta, uma insegurança muito grande com o futuro do produtor rural brasileiro que sou!!
A atividade e vocação herdei de meu pai, que até hoje, ainda não pode se aposentar, pois a renda nesta atividade e neste país, é totalmente incerta e não garantida. Assim só nos resta orar e pedir a Deus que nos ajude a superar as dificuldades de uma atividade que por si só já é de sacrifício, pois abrimos mão de poder usufruir de fascilidades e conforto de shopping, cinema, teatro, parques, etc. Mas do jeito que a coisa vai indo, vejo que vamos entregar a fazenda para o banco e arrumar um emprego aí na cidade grande, e daí sim vou poder ir a esses lugares. Não estou falando essas coisas porque não aceito a privação das coisas dos grandes centros, pelo contrário, agradeço a Deus por viver no campo, mas queria ao menos, ser reconhecido pelo trabalho e remunerado por isso!!
Grato!!!
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Alberto Eduardo Rings Maringá - PR 12/02/2008 23:00
O Rei Lula bem que poderia imitar o Rei da Espanha e dizer ao Ministro Stephanes:"por que não te calas?" Nosso "sábio" ministro declarou, publicamente, que o Brasil exportou carne não rastreada para a Europa. Quem emite os certificados de exportação nao é o próprio Ministério da Agricultura? Ministro, pelo amor de Deus...!!!
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Anderson Gonçalves de Souza Posse - GO 12/02/2008 23:00
Caro João Batista...!!!
Primeiramente, muito obrigado por ter retornado ao Mercado e CIA, para continuar sofrendo e vibrando conosco.
Bom!!! Problemas como sempre.
Veja que ótimo!!!! Os investimentos que venceriam em 17 de Dezembro de 2007, quando não dispunhamos de dinheiro, ficou para 15 de Fevereiro deste ano, quando ainda nem colhemos, ou seja, nada se alterou com relação a dinheiro em caixa para o produtor.
Aqui na Bahia, como na maior parte do Brasil, a chuva atrasou em 1 mês, assim nossa colheita que é a mais tardia do Brasil, ficou um pouco mais tarde ainda. Enfim, é lógico que algo mudou sim!!! Ao invés de vendermos soja verde em Dezembro de 2007 a R$ 25,00, podemos vender agora a R$ 33,00. Mas ainda seria melhor poder fixar essa soja para a colheita a R$ 42,00, no entanto o governo não entende esse processo, não consegue visualisar que poderia nos ajudar, prorrogando o pagamento de 15% dos investimentos na colheita, para que sobrasse mais soja para pagarmos maior quantidade de dívidas, que não foram geradas por nossa incopetência, mas pela nossa "política agrícola".
Obrigado!
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Jaimir Luiz Daga Planaltina - DF 11/02/2008 23:00
Olá, sou agricultor aqui no DF e acabei de colher minha safra de feijão iapar, gostaria de saber se comercializo agora por um preço que estão me ofertando de 120,00 a saca ou devo esperar alguns dias mais. Agradeço pela atenção, aguardo resposta. Muito Obrigado!
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Valdeir Candido de Deus Goiânia - GO 10/02/2008 23:00
Vendo um programa sobre o assunto Etanol, o apresentador muito sábio e simpático, disse que abasteceu seu carro Flex em são Paulo com álcool a R$1,10, quero saber por que em Goiânia o álcool, a mais de 04 (quatro) meses, não baixou dos R$1,59 reais?
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Liria Maria Basso Garlet Rio Brilhante - MS 08/02/2008 23:00
Caro Amigo Waldir Sversutti Maringa Pr. concordo plenamente com seu comentário a respeito do endividamento do setor Rural, a falta de renda dos últimos 3 anos devido dos desequilibro do dólar. Devemos nos unir para ajudar o setor produtivo !!! Para que os governantes sensibilizem-se e tratem de resolver nosso problemas a respeito de nossas dívidas !!! Só há uma solução: securitização por 25 anos, para que os agricultores possam continuar no setor produtivo que para não falte alimento em nossa mesa!!!!!
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Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 08/02/2008 23:00
NO CASO DO ENDIVIDAMENTO AGRÍCOLA - EM EXPANSÃO, SEM SOLUÇÃO E COM EXPULSÃO DE MUITOS DAS ATIVIDADES (antes, agora ou depois), gostaria de iniciar debate positivo sobre quanto o setor de máquinas agrícolas tem colaborado para isto ?
Não consigo entender o que uma colhedora de grãos, ou um trator, têm de matéria-prima e de alta tecnologia para custar tanto ? o aço, a borracha, a mão-de-obra, o cumputador, ou seja, quase tudo são nacionais.
Pior, compra-se uma colhedora para utilizar-se por apenas 3 meses/ano e, após, o quase abandono local, fica obsoleta a cada ano. Comparem os preços a seguir com os de uma camionete nacional ou importada (com tecnologias bem superiores) e mesmo com um carro popular de R$ 25 mil. São máquinas que, bem cuidadas, trabalham bem por até 10 anos.
Nos EUA cerca de 70% do cultivo é terceirizado (sobretudo o plantio) e na Argentina cerca de 50% (principalmente a colheita) e no Brasil não chega a 5%. Em ambos já se faz há tempo os tais cultivos aplicados e que não decolam no Brasil.
Será que também há certa vaidade quando das compras pelos agricultores (como nos leilões de elite para pecuaristas) ? ou será que, realmente, dependem de tanta tecnologia, mesmo sabendo que rapidamente ficará obsoleta ?
Se financiar fica pior, pois a conta não fecha e aí inicia boa parte das inadimplências.
Considerando o valor de uma colhedora nova + plataformas de R$ 600 mil, de marca simples, posta MT e de um trator de 90 CV + implementos no valor de R$ 200 mil e ainda a baixíssima renda liquida média da soja de R$ 180,00/ha/ano (talvez aí resida o maior problema e que aki já foi amplamente debatido), o sojicultor para comprar tal conjunto operacional TERIA DE ESTERILIZAR CERCA DE 1.000 HA/ANO SOMENTE PARA PAGAR OS FINANCIAMENTOS (prestação anual + juros de 6,75%) e olha que a culpa não é dos juros, pois tirando a inflação anual, em torno de 6%, fica quase negativo. Sei não, deve ter algum segredo, pois o que vejo de agricultores com menos de 1.000 ha comprando colheitadeiras é impressionante. Como pagar ?
Não sou contra as indústrias de máquinas, pelo contrário, acho-as importantes, evoluídas e necessárias, mas penso que precisam verificar melhor seus preços finais. Já ao Governo seria importante reduzir os impostos para setor tão importante e aonde, ao meu ver, estão nascendo boa parte das dificuldades, das iinadimplências e da crise nacional.
Acho importante criar-se creditos diferenciados e por baixos custos para incentivar a criação e a manutenção de patrulhas mecanizadas de alto nível, desde que privadas e inclusive para empresas e seus representantes locais (revendas) de outros segmentos (agroquimicos, transportadoras, fertilizantes, empresas de AT+projetos etc..).
Também, seria importante ampliar-se e dinamizar-se as linhas de financiamentos de máquinas de segundo linha, principalmente tratores para pequenos, incluindo incentivos no PRONAF (por exemplo, prazos de 15 a 20 anos e ainda com maiores incentivos para grupos familiares, por exe., rebate de 50% na divida paga em dia).
O segundo debate proposto é sobre os benefícios/custos da procura e da constante implementação de novas tecnologias, boa parte recomendadas por vendedores e/ou técnicos/consultores..... (não os culpo, pois fazem apenas o seu trabalho e de forma honesta e dinâmica).
Será que a procura incessante por novas produtividades recordes é realmente o caminho de manutenção/ampliação da renda e da redução do endividamento agrícola no Brasl ?
Adianta realmente, ampliar a produtividade de 45 sc para 55 sc/ha, desde que com acréscimo de 10 % ou 20% nos custos, por exemplo ? Alguem, realmente, faz esta conta ?
Não vejo isto nem em teses e nem em monografias, mas apenas uma corrida desenfreada por novas tecnologias, inclusive algumas incentivadas por professores e escolas.
CURIOSAMENTE, algumas propriedades de alta renda que conheço têm se baseado nos seguintes tópicos para manutenção de renda,e possíveis a todos, cada um na sua escala: a) uso constante e conservação de máquinas por até 10 anos, vendendo após, e bem conservadas, para pequenos; b) utilização crescente de biodiesel próprio, sobretudo a partir de safrinha de girassol, sebos e gorduras locais compradas e algumas iniciando com cambre; c) produção própria e crescente, e até para venda a terceiros, de fertilizantes organo-minerais, utilizando como base fezes de aves e/ou de bovinos em confinamentos (próprios); d) controle constante e perfeito de custos de produção e estabelecimento de pontos-de-controle para suas reduções; e) uso de hedge preventivo em bolsas, sobretudo na BM&F.
Espero ter colaborado e agradeço a este site, e ao JB e equipe, pela enorme audIência.
Prof. Clímaco Cézar
www.agrovision-df.com
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Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR 07/02/2008 23:00
Um sub do sub secretário do Ministério da Fazenda já avisou hoje que não vai ter prorrogação das dívidas antigas porque nós agricultores estamos ganhando demais este ano. Bem, não podemos negar que os preços internacionais estão excelentes, mas transformados em Reais não é aquela maravilha. Mais uma vez plantamos com uma taxa de câmbio e colhemos com outra menor.
Estava na cara que o governo iria fazer esta manobra. Desde quando ele adiou o anúncio das medidas no ano passado , este " esquema " estava desenhado.
Pois bem, pergunto aos ministros envolvidos: Palavra empenhada vale alguma coisa para vocês?
Aos deputados da bancada ruralista: esta palhaçada vai ficar barata assim? Não seria a hora de dar o troco na CPI dos cartões ?
Nem vou falar sobre a CNA. Parece que morreu junto com o Ernesto .
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Waldir Sversutti Maringá - PR 07/02/2008 23:00
Endividamento rural.
Conta a história que Pedro Malazarte chorava cada vez que trocavam o Rei. Quando os amigos lhe diziam que o rei que saia tinha sido um péssimo governante, um déspota, um tirano, ele respondia: Mas o que vem será ainda pior, por isso eu choro.
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Assim tem sido ao longo dos tempos aqui no Brasil, em relação ao campo e à agricultura. Cada presidente que entra, encontra o seu meio de retirar da agricultura a sua renda, deixando o produtor escravizado com a falta de alternativas. Tem diante de si a seguinte situação: Estão aí os três maiores fatores de produção, a terra, que lhe custa muitos sacrifícios manter, tem o sol e a chuva como dádiva de Deus e de graça durante o ano todo, ao contrário dos US e Europa que tem têm clima de 6 meses impróprios para a agricultura, tem ainda o perigo eminente de desapropriação de sua propriedade se baixar os índices de produtividade e ainda, se não fazer que ela cumpra a função social que lhe foi atribuída por alguns sábios, isso tudo independentemente de sua situação financeira.
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Então o que lhe resta ??? Resta plantar novamente, as vezes plantar simplesmente, acumulando dívidas ao longo dos anos e anos, apesar dos artifícios sorrateiros e constantes de gente engravatada dos gabinetes do poder e das cidades, que ficam a maquinar o tempo todo como confiscar-lhe a renda, sim, a renda do campo, com leis arteiras, para fazer o bem bom das cidades, compras e viagens baratas no exterior.
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Conforme preceitua a Lei Agrícola a renda do campo deveria ser compatível com a renda de quaisquer outras atividades, mas não vem sendo assim, o que está acontecendo desde o governo Collor, FHC e Lula, são o crescimento exacerbado de dívidas já excessivamente oneradas, sejam com juros incompatíveis com a atividade, sejam com garfadas como foi os índices ilegais debitados em suas contas de financiamento em março e abril de 1.990, em nome do plano Collor, reconhecidamente julgadas ilegais pelo STJ , última instancia e ainda não retiradas pelo BB, permanecendo ate hoje nas contas da Securitização e do Plano Pesa de muita gente, seja ainda também pela manipulação do cambio nos tempos de Gustavo Franco/Malan/FHC e agora, com mais prejuízos ainda, pelo governo Lula/Meirelles.
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Se a inflação do Plano Real, a mínima pelo IPCA, foi de 218%, o dólar não teria que estar no mínimo a R$ 3,18, para repor na sua cotação os aumentos de custos medidos pela inflação ? Como disse Maria da Conceição Tavares : “”Essa gangorra JUROS X CAMBIO está desequilibrada há muito tempo “” Se o presidente viu e ouviu, não teve coragem para mexer nesse vespeiro ....que é o imexível BC/Copom.
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Essa manipulação foi conseguida com as altas taxas de juros reais pagas pelo governo Lula em continuação da política de juros escorchantes. de FHC, como ele mesmo classificou, provavelmente recomendada pelo FMI e os sábios do mercado financeiro, esse mesmo que tem Lei para protegê-lo dos ”” crimes contra o sistema financeiro “” mas não tem leis para puni-lo em seus abusos contra o sistema produtivo, seja agropecuário ou industrial, com os altos spredes cobrados nos empréstimos e mais abusivamente ainda, nas tarifas bancárias cobradas hoje.
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Com relação as tarifas é incompreensível que o BC tenha feito essa intervenção somente no final do ano passado, fixando algumas regras para a sua cobrança, que entrarão em vigor,....”apenas”...em 30-04-08. ou seja, até lá podem os bancos continuarem a esfolarem o povo, abusando do direito implicitamente concedido pelo BC até aqui, ao compactuar com esses abusos praticados pelos bancos .
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Waldir Sversutti
BRASIL, A BOLA DA VEZ ?
Para horror dos profetas do caos, o editor da Money Week, Merryn Somerset, publicou no Sunday Times artigo defendendo que os pequenos investidores britânicos coloquem o seu suado dinheirinho no Brasil. “Por que Brasil? Porque o país tem duas coisas que faltam ao resto do mundo - reservas de terras férteis e uma abundância de água. Esses dois fatores combinados transformaram o Brasil no maior forncedor mundial de açucar, café, carnes bovina e de frango (embora não nos moldes de produção natural defendidos pelo chef Jamie Oliver). (…) Ao mesmo tempo, ao contrário de nós, o Brasil está na febre dos biocombustíveis, é um dos maiores produtores de ferro e tem grandes depósitos de urânio, niquel, ouro, plantina e, descobriu-se recentemente, petróleo. Vai demorar para o país retirar esse óleo do fundo do mar, mas se a reservas forem tão grandes quanto se imagina, o Brasil poderá entrar na liga de exportadores, junto com o Oriente Médio e a Venezuela. (…). Finalmente há a estabilidade política: (o vetereno investidor) Jim Slate me descreveu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sendo ao mesmo tempo ‘pragmático’ e ‘popular’”. Meryn Somerset não está sozinho nessa aposta que tanto contraria muitos analistas brasileiros.
O Valor informa que o Brasil virou prioridade para os fundos de private equity (carteiras especializadas em comprar participação de empresas). Uma pesquisa da KPMG feita este mês com gestores e investidores destes fundos mostra que o país é a primeira opção de investimento quando se pensa em América Latina para 42% dos entrevistados, bem à frente do México, com 34%.