Fala Produtor

  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 04/02/2009 23:00

    João Batista, como disse a nossa amiga Elisabeth Barbosa, a comissão para se fazer uma radiografia da verdadeira divida dos cafeicultores é séria e tem o apoio incondicional do nosso ministro da agricultura. Mas, como vamos resolver a questão do SIGILO BANCÁRIO???

    EU, POR EXEMPLO, SILVIO MARCOS ALTRÃO NISIZAKI, TENHO DIVIDAS JUNTO AO BANCO DO BRASIL:

    CPR (RECURSO OBRIGATÓRIO), CUSTEIO (FUNCAFÉ), e acredito que estas dividas não serão um problema para esta comissão ter acesso a elas. MAS E AQUELAS DIVIDAS (PAPAGAIO, CDC, CUSTÓDIA DE CHEQUE ETC.) COMO QUE A COMISSÃO VAI CHEGAR ATÉ ELAS??? OS BANCOS NÃO PERMITIRÃO??? DEVIDO AO SIGILO BANCÁRIO, OS BANCOS VÃO EXIGIR DESSA COMISSÃO QUE APRESENTEM UMA PERMISSÃO INDIVIDUAL DE CADA PRODUTOR. E AÍ, COMO RESOLVER ESTE PROBLEMA???

    2.o) - CORREMOS O RISCO DE ESTA COMISSÃO CHEGAR NOS BANCOS, E SAIR CONCLUINDO QUE SOMOS MALANDROS, BLEFADORES... E SABE POR QUE JOÃO? SIMPLES: É QUE TODAS AS VEZES QUE VAMOS A UM BANCO PEGAR UM CUSTEIO (FUNCAFÉ), CPR, SOMOS OBRIGADOS A FAZER A TAL TROCA DE FAVORES COM OS BANCOS... SOMOS OBRIGADOS A COMPRAR SEGUROS DE VIDA PARA NOSSAS FAMÍLIAS, SEGURO PARA CARROS, TITULOS DE CAPITALIZAÇÃO, TITULOS DE PREVIDÊNCIA, CONSÓRCIOS ETC... OU SEJA, SEMPRE DEIXAMOS DE 5 A 10 % DOS NOSSOS CUSTEIOS APLICADOS NOS PRÓPRIOS BANCOS, E COM UMA CONDIÇÃO: QUE ESTE DINHEIRO FIQUE APLICADO POR LONGO TEMPO.

    UM EXEMPLO PRATICO SÃO OS TITULOS DE CAPITALIZAÇÃO E PREVIDENCIA, OS QUAIS VC PODE ATÉ TIRAR O DINHEIRO ANTES, MAS TERIA QUE PAGAR UM IMPOSTO DE MAIS DE 18%, OU SEJA SE VC DEIXOU R$ 10.000,00, E SE QUISER SACAR ANTES,(POIS ESTE DINHEIIRO É SEU PARA USAR NA LAVOURA VC TEM QUE DEIXAR R$ 1.800,00 PARA O BANCO OU PARA O GOVERNO).

    BOM, JOÃO, LEVANTEI MAIS UMA LEBRE SOBRE OS PROBLEMAS QUE A COMISSÃO VAI ENFRENTAR, POIS ELES SÓ TERÃO ACESSO ÀS DIVIDAS OFICIAIS (RO, FUNCAFÉ). JÁ AS PESSOAIS, OS BANCOS NÃO DEIXARÃO POR CAUSA DO SIGILO BANCÁRIO. COMO RESOLVER ISSO???

    SE FOR DEPENDEER DE TER AUTORIZAÇÃO DE CADA PRODUTOR TALVEZ MEUS NETOS VEJAM O FIM DESTA COMISSÃO...

    E OUTRA: QUERO DEIXAR CLARO QUE TEMOS PRODUTORES, COMO EU, QUE ESTÃO EM DIA COM SUAS DIVIDAS OFICIAIS, MAS COM A CONTA PESSOAL ESTOURADA DEVIDO AO NÃO PAGAMENTO DE PAPAGAIOS, CDCS, ETC... ENTRETANTO, TENHO DINHEIRO PARADO NA FORMA DE TITULOS DE CAPITALIZAÇÃO, PREVIDÊNCIAS, ETC QUE NÃO PODEMOS SACAR.

    ASSIM SOMOS DEVEDORES PAGANDO JUROS DE MAIS DE 9% AO MES, COM UM DINHEIRO PARADO RECEBENDO 0.8% AO MES DE JUROS.

    ALERTEM ESTA COMISSÃO, POIS É CAPAZ DE AO INVÉS DE MOSTRAREM QUE ESTAMOS QUEBRADOS, VÃO FALAR QUE ESTAMOS DESVIANDO É DINHEIRO. AI SIM, VAMOS SER CHAMADOS DE CALOTEIROSSSSSSSSSS....

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 04/02/2009 23:00

    O REAL X VIRTUAL!!!!!!!!!

    Ola amigos cafeicultores de todo o Brasil, ontem foi um prazer ouvir a entrevista com o Sr. Otto la de cooxupe, saudades dos bons tempos em Sr. Otto.

    Bom, não querendo dar pitaco em idéias alheias, mas como estas idéias tem o objetivo de slavar nossa cafeicultura é poreciso lembrar o Sr. Otto que este tipo de plano em retirar do mercado um determinado numero de sacas de café é muito bom, como o Sr. mesmo disse pegarmos um dinheiro para financiar esta retençaõ para que o produtor não venda seu cafe abaixo do custo de produção.

    Sr. Otto, não sei ai em cooxupe mas aqui no cerrado ja estamos fazendo isso a muito tempo, pegando dinheiro do funcafé e retendo nosso produto na esperança de pelo menos vende-lo a um preço que pague o nosso custo. Entretanto, o mercado sabe que este café existe, e sabe tambem que uma hora teremos que vender, pois não aguentamos a pressão por muito tempo, cobradores em nossa porta todos os dias.

    Sr. Otto desculpe se estiver subestimando sua idéia, mas ai vai alguns argumentos que colocarão este plano por agua a baixo.

    1- Não adianta fazer um plano para mantermos ou retirarmos do mercado apenas alguns milhões de sacas, la fora os compradores tambem tem seu estoque e possuem outras fontes (colombia, vietna etc) de café para se sustentar por um bom tempo, e sabe que o produtor esta endividado e não vai aguentar por muito tempo segurar o cafe, ESSE CAFE E REAL E VAI APARECER EM ALGUM MOMENTO!!!!!!

    2- O produtor não esta retendo o café para conseguir melhores preços e sobrar dinheiro, ele que melhores preços para pagar as dividas atuais (da safra), pois as dividas passadas (alongamentos , finam,es etc) ele esta vendendo adiantado seu café que ainda nem florou na forma de CPR (café virtual) para pagar os juros destas dividas. Vejam bem eu disse os Juros, POIS PAGAR O CAPITAL NEM PENSAR, POIS AI TERIA QUE VENDER TODA A SAFRA VIRTUAL E O QUE SOBRARIA DE REAL PARA ELE PAGAR A DIVIDA ATUAL (DIVIDA PARA TRANSFORMAR O VIRTUAL EM REAL).

    3- Assim Sr. Otto eu não sei ai no sul de minas, mas aqui no cerrado nossas cargas de dividas são tão grandes, que temos que reter o cafe real para pagar as dividas atuais, e depois vender o virtual (próxima safra) para pagar os Juros das dividas passadas.

    4- Isso tudo Sr. Otto nos leva a crer que não temos mais café para investir em novas lavouras, em maquinários, técnologias , por muito tempo (no minimo 20 anos) se tudo der certo, pois com preços próximos do custo de produção e com o tamanho de nossas dividas passadas nunca teremos cafe real para este tipo de operação que o Sr. deseja fazer, sabe por que?????

    NOS CAFEICULTORES ESTAMOS GLOBALIZADOS: SOMOS DEVEDORES REAIS E VIRTUAIS!!!!!!

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  • José Walter de Oliveira Sacramento - MG 03/02/2009 23:00

    João Batista, a cada dia seu programa das 8 horas está melhor... Ontem ouvi aquele senhor de Itambé (PR) falando sobre a quebra da soja no Paraná. A situação com aquela quantidade de grãos ardidos é realmente terrivel, só que administravel, porque grande parte das empresas que atua na soja são mais sérias.

    Agora no milho, JB, a situação beira a uma grande sacagem, um roubo descarado. Descontam de tudo o que chega no inicio da colheita, quando a umidade ainda está alta... nessas ocasiões ocorrem mais de 20% de desconto, principalmente nas impurezas... e o tal de milho ardido está permitindo uma grossa ladroagem..

    O que é milho ardido?. É uma deficiência que ocorre no grão, e o classificador - geralmente o funcionario mais emburrado e desclassificado do setor - separa 100 gramas de milho e tira aqueles que ele julga ser defeituoso. Aí pesa de novo a parte boa e tira a percentagem. O produtor atento (como eu acho que sou), fico em cima e impede o "desconto". De 42 mil sacos de milho colhidos não tive nenhum grão descontado. No mesmo armazem, colegas meus tiveram em torno de 8 a 10% de desconto por causa dos "ardidos".

    O mais escandaloso é que o milho ardido que descontaram acaba não sendo separado, e fica junto com o milho bom no mesmo silo. Depois todo o milho ardido ou não acaba vendido e o dinheiro fica integralmente para o dono do armazem. Entendeu o golpe??... De mim eles não tiram mais nada, mas.....

    Abraços

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  • rosana reis de paula Muzambinho - MG 03/02/2009 23:00

    Olá gostaria de saber porque vcs. nao tem nenhum noticiario sobre silvicultura, pois hoje é um grande agronegocio como outro qualquer.

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 03/02/2009 23:00

    para quem tiver novas idéias ou criticas por favor . [email protected]

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 03/02/2009 23:00

    João, vc. foi muito feliz em cobrar do Gilson Ximenes provas do desemprego causado pela crise na cafeicultura. Isso é importante pois todo mundo fala, mas ninguem mostra nada de concreto. Assim, tive uma idéia, e vcs. lideranças nos ajudem (pois chegou a hora de vcs. nos ajudarem e não ao contrario). Digo isso (desculpem-me), pois pela forma com que Brasilia tratou vcs., eles não estão acreditando que nós, cafeicultores, estamos falando a mesma lingua de vcs. Então, por favor, deixem-nos ajudá-los, ajudando-nos.

    Vamos começar esta semana uma campanha para que cada sindicato ou associação de cidades produtoras de café no Sul de Minas, Cerrado, Zona da Mata, Espirito Santo, São Paulo, comecem a fazer um levantamento do desemprego causado pela crise do café, e o quanto de café foi erradicado nestes municipios nos ultimos 10 anos.

    Como fazer isso??? Simples, cada representante de cada cidade vai ate à Prefeitura e façam esse levantamento junto às secretárias de ação social, e secretária da agricultura.

    Outra forma rapida é entrarmos em contato com os contadores destas cidades e fazermos uma pesquisa de quantas carteiras de empregados ligados à cafeicultura foram dado baixas nos ultimos anos.

    VAMOS NOS DOCUMENTAR, EU JA COMECEI A FAZER ISSO.

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 03/02/2009 23:00

    "VERDADEIROS ARTISTAS" - Sim, amigos cafeicultores, pelo que andam comentando de nossa classe nos ultimos anos podemos nos considerar artistas de ultima grandeza, merecedores de indicação para o OSCAR!!!!!

    Vejam bem, quando fizerem o primeiro alongamento de nossas dividas (funcafé) cujo dinheiro é nosso (cafeicultor), fomos taxados pela midia (os desentendidos do assunto) e pela opinião publica como espertalhões (malandros), que conseguiram enganar o governo e utilizar o dinheiro público sem devolver aos cofres da nação. Mal sabem estas pessoas que este dinheiro é nosso, do cafeicultor..., por isso se estamos dando prejuizo é para nós mesmos.

    Passados alguns anos do alongamento, continuamos a ter prejuizos e reclamar junto ao governo que tomassem uma atitude em relação à cafeicultura, pois todos os custos aumentavam (mão-de-obra, exigencias ambientais, adubos, juros, diesel etc... (vide tabela publicada pelo João Batista), mas nos chamaram de chorões, de bezerros desmamados que só sabem chorar e reclamar.

    Hoje, mesmo com a bomba estourando na cafeicultura, lá em Brasilia, segundo o Telmo (obrigado irmão pelo apoio) estão dizendo que estamos blefando. Ou seja, perdemos a vergonha na cara e paramos de chorar, viramos agora safados, cinicos, que estão mentindo sobre uma situação inexistente para tirar dinheiro ou proveito do governo.

    Então, fazendo um resumo, somos espertalhões (malandros), chorões, mentirosos e por minha conta colocarei outra caracteristica: somos masoquistas. Pois, se temos dinheiro ou estamos ganhado dinheiro com o café, como dizem la em Brasilia, temos que realmente ser masoquistas para pagar o banco do brasil e deixarmos de pagar o supermercado, posto de gasolina, farmacia, empregados, escola etc...

    Gostamos realmente de sofrer, pois se alguem que está lendo esta mensagem ja viu algum gerente de banco ir até a sua casa fazer uma cobrança é um milagre, mas a vergonha de termos o dono da venda, farmacia etc cobrando em nossas casas ocorre todos os dias.

    Realmente, para aguentar isso temos que ser masoquistas!!!!!!!!

    Bom, senhores deputados, e outros da mesma opinião, se vcs acham que a forma de medir nosso endividamento é o pagamento de dividas junto ao Banco do Brasil, acho que vcs deveriam dar uma espiada em nossas contas em bancos particulares, cooperativas, agiotas, financeiras etc. A unica forma de nos matermos durante todos estes anos cuidando de nossas lavouras foi realmente sendo um artista, abrindo contas em outros bancos para cobrir o BB, abrindo contas em cooperativas de crédito para pagar o BB, trocando cheque na praça para pagar o BB, fazendo papagaio, cdc, custódia no proprio BB para pagar o BB.

    Sim se analisar nossas contas no BB, grande parte dos cafeicultores estão em dia, mas a qual custo????

    Antes tinhamos vergonha de mostrar, mas agora chegou a hora de perdermos esta vergonha, pois ja perdemos tudo inclusive o nosso nome na praça, e mostrarmos a nossa situação.

    Esta comissão que decidiram fazer para analisar o verdadeiro endividamento do setor cafeeiro deve entrar de sola nas cooperativas, nas financeiras, nas linhas de crédito pessoais dos bancos e rapidinho vcs terão o resultado. Não se assustem, pois vai ser espantoso!!!

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  • Cristiano Valeri Ribeirão do Sul - SP 03/02/2009 23:00

    Caros amigos agricultores. Sou de uma família de pequenos agricultores e em toda minha vida nunca vi uma situação como essa. Fomos estimulados a aumentar a produção e expandir as exportações. Acreditando no jargão político de que o "BRASIL É O CELEIRO DO MUNDO" permanecemos junto ao campo acreditando em um futuro promissor na agricultura.

    Infelizmente o que vemos atualmente é um completo descaso com a agricultura, somos marginalizados pelo sistema financeiro e pelo mercado, não temos o mínimo respaldo, nosso custo de produção é exorbitante, comparado ao preço final de nossos produtos. Como resultado final, as pequenas propriedades estão sendo anexadas aos grandes produtores, num movimento neo-colonialista repugnante e opressivo, debaixo dos olhos de todos. Alguns setores da sociedade nem ao menos sabem que estamos sendo obrigados a produzir sem obter o mínimo para o nosso sustento. E alguns ainda nos condenam, inocentemente, porque diariamente estão sendo cativados e estimulados a agir conforme o sistema financeiro capitalista, corrosivo e predador.

    Meu relato certamente é uma gota de água num enorme oceano, porém é sincero e como eu acredito que muitos estão na mesma situação, sentindo-se inúteis e de mão atadas a tanto descaso. Reitero minhas considerações, estamos presenciando um neo-colonialismo, as pequenas propriedades vão desaparecer, pessoas vão perder suas atividades e cair no mercado informal de trabalho!

    Desculpem-me a sinceridade e a emotividade do relato.

    Obrigado.

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  • Marcio de Oliveira e Silva Carmo do Paranaíba - MG 03/02/2009 23:00

    ONDE ESTÁ A CRISE? OS MERCADOS LÁ FORA ESTÃO SEM DINHEIRO? NO MES DE JANEIRO O BRASIL EXPORTOU 1.300.000 MIL TONELADAS DE MILHO, O MELHOR MES DAS EXPORTAÇOES BRASILEIRAS DA HISTÓRIA... DE ONDE SAIU ESTE MILHO? A CONAB FEZ PREVISAO DE QUE 600 MIL TONELADAS SERIAM EXPORTADAS E AGORA ELA ERROU... SERÁ QUE ESTÁ ACERTANDO NOS ESTOQUES REMANESCENTES? SE AUMENTARAM AS EXPORTAÇOES...

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  • Luciano D. Junqueira Monte Alegre de Minas - MG 03/02/2009 23:00

    Olá amigos do Terraviva. João Batista, o preço do petróleo vem caindo - de Julho a Dezembro (2008) com queda de 70% no mercado internacional - porem os preços dos combustiveis estão sendo mantidos altos no mercado brasileiro porque é uma politica do governo e da Petrobras..., isso é um tremendo absurdo em tempos de DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA.

    O presidente LULA pede em discurso mais ousadia aos seus ministros, mas num governo de tantos impostos para a agricultura fica a duvida: ja que sua popularidade bate recorde, e essa popularidade depende do publico, porque eles não pesquisam a população do interior, das regiões agrícolas??. Sou prestador de serviços agrícola, sou dependente da agricultura e empregador tambem, mas fazendo umas contas aqui de impostos para o governo e gastos com combustível, o valor do capital empregado torna inviavel prestar serviços de colheita.

    João Batista, você que é o porta-voz dos produtores e trabalhadores rurais, peça a todos produtores e trabalhdores que esqueçam suas diferenças e se unam por uma coalizão como forma de exigir do governo medidas urgentes para a agricultura, pois, como o velho ditado diz "ONDE TIRA E NÃO PÕE, ACABA". O produtor está reclamando até tarde demais, pois o desemprego é grande... eu tenho medo das consequências, pois a maioria dos trabalhadores rurais tem baixa ou nenhuma escolaridade, e o mercado é exigente... na cidade não tem emprego pra eles, e ai vem o problema maior que ninguem do governo e a população urbana não está enxergando... a popularidade do dito cujo ainda está em alta, mas quando todos perceberem, ele já estará aposentado de novo, recebendo duas aposentadorias gordas. Obrigado!

    Ass. Luciano, trabalhador para pagar impostos mordomias e regalias dos governates...

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 03/02/2009 23:00

    Amigos do Noticias Agrícolas.

    Segue importante artigo de um grande amigo economista – com muitos anos de experiência Internacional - mas que, infelizmente, ainda não pode identificar-se.

    A IMPORTANCIA DE TERMOS UMA TRADING COMPANY NACIONAL COOPERATIVA OU ESTATAL

    O Governo Brasileiro pretende apoiar o comércio exterior através do incentivo às exportações e não mais através de políticas restritivas às importações. Redução de impostos e elevação do crédito já estão sendo propostas pelo Ministério da Fazenda e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

    Contudo, esse apoio não pode se restringir, apenas, às políticas fiscal e monetária. Há necessidade de ações mais estratégicas, que envolvam, por exemplo, a nossa velha proposta de criação de uma trading company brasileira, especializada em agribusiness, sobretudo de cooperativas sérias e já com resultados.

    Todos já conhecem, o papel estratégio exercido pelas multinacionais no comércio exterior. Entre 60% e 80% do comércio exterior é, hoje, realizado intragrupo ou intrafirma, ou seja, é realizado entre as matrizes e filiais das empresas multinacionais.

    Assim, a filial brasileira da VolksWagen, por exemplo, alavanca as exportações de sua matriz alemã através da importação de peças, motores, tecnologia etc..

    Por outro lado, a filial brasileira da Volkswagen influencia, também, a política de comércio exterior do Brasil a favor da Alemanha (exemplo recente foi a suspensão das restrições às importações brasileiras, após pressão de diversas empresas importadoras).

    Além disso, desde que o Estado (Banco do Brasil) começou a se retirar do financiamento agrícola (pela errônea política neoliberal adotada desde FHC e, infelizmente, ainda não alterada no Governo Lula, pela forte pressão e presença do PMDB), esse espaço passou a ser ocupado por um oligopólio de quatro trading companies multinacionais (BUNGE, CARGILL, ADM e DREYFUS) e que até a safra anterior controlavam mais da metade (em torno de 60%) do financiamento da safra de grãos brasileira.

    Não temos nada contra empresas multinacionais. Contudo, a atual crise econômica internacional demonstrou o erro estratégico de o País permitir que o setor onde detém as maiores vantagens comparativas (o agronegócio) seja dominado por oligopólio de empresas multinacionais.

    Quando a crise se acirrou em setembro de 2008 e a liquidez internacional piorou, as trading companies suspenderam, rapidamente, o financiamento da safra agrícola, levando o campo a uma enorme crise, vez que o BB - por conta própria e pelo desgoverno - por seu lado, burocratizou, retardou e suspendeu/reduziu o limite de crédito das pequenas e médias empresas e cooperativas e ainda elevou os “spreads” (até o momento nada foi solucionado e mesmo com o Governo implorando).

    Nosso País já possui uma grande trading company (PETROBRÁS), que atua no setor de petróleo e derivados; uma gigantesca trading company (VALE), que atua no setor de minérios; e nenhuma trading company desse porte, para atuar no setor onde o Brasil é mais competitivo, o agronegócio (se o BB ainda tivesse a CACEX tudo seria muito mais fácil para os produtores rurais e suas cooperativas e agroindústrias).

    Se o Brasil possuísse, por exemplo, uma esmagadora de soja na China, não havendo perda financeira, essa empresa poderia dar prioridade à compra de grãos de soja brasileira (ou de farelo ou óleo), alavancando nossas exportações.

    Hoje, nossa soja é comprada pela filial da Cargill na China, por exemplo, somente depois de uma criteriosa avaliação sobre as vantagens da empresa comprar soja americana.

    “O mesmo ocorre com o café na Europa e Ásia (onde há um forte bloqueio de preços e de acesso ao varejo final, praticado pelas grandes torrefadoras/distribuidoras locais, sendo que o café verde sai do Brasil para a Alemanha em média por US$ 2,00/kg e é re-exportado para países vizinhos por US$ 12,00/kg de torrado e moído, ou seja, no mínimo 4 vezes mais, consideradas as perdas de processamento e custos de distribuição). Na carne bovina também ocorre o mesmo, graças ao conhecido bloqueio dos atacadistas e intermediadores da Bélgica (a maior parte é desembarcada no porto de Ghent, onde impera o chamado “cartel de Ghent”), sendo que na U.E. o preço da alcatra, por exemplo, é cerca de US$ 30,00/kg no varejo e, no Brasil, o valor pago pela arroba liquida (15 kg) equivale em média a apenas US$ 2,00/kg, ou seja, cerca de 10 vezes menos, consideradas as perdas, processamentos, fretes e a elevadíssima intermediação final (o frigorífico brasileiro fica com os subprodutos, cerca de 40% de peso bruto, e não remunera o pecuarista por isto). No Japão, ainda não acessado por nós, a picanha chega a valer US$ 70,00/kg no varejo. Na carne suína e em muitos outros alimentos ocorre da mesma forma e, infelizmente, também por não termos uma trading nacional cooperativa ou estatal, não conseguimos de nenhuma forma alcançar o varejo deles (exceto um pouco em aves) e eles mandam no varejo totalmente nosso, onde as multis apenas européias detém cerca de 60% (Casino/Pão-de-Açucar + Carrefour) e sem falar no Wall-Mart e outras de países vizinhos.”

    O próprio Governo Chinês prefere, muitas vezes, comprar a soja americana, como forma de compensar seu superávit comercial com os EUA. E como nossas exportações de grãos são, em sua maioria, F.O.B., o Brasil continua a ser "Comprado", sem ter uma política consistente de comércio exterior para o agronegócio (os EUA possuem um órgão, especificamente, para cuidar da exportação agrícola), setor responsável por 100% do superávit da Balança Comercial Brasileira em 2007 e 2008, “mas que tende a furar em 2009 exatamente por falta de apoio e de uma visão míope e até preconceituosa“.

    “Assim, não se trata de uma proposta de re-estatizar a economia, mas nestes momentos difíceis seria muito importante para nosso País ter uma “TRADING COMPANY NACIONAL COOPERATIVA OU ESTATAL”.

    “Na verdade, nós a tínhamos, mas por erros neoliberais – ainda incrivelmente não revistos – ela foi eliminada, à titulo de redução da máquina estatal e todos, hoje, saímos perdendo. No futuro - após o pleno amadurecimento econômico e cooperativo/associativo dos produtores rurais do País, em especial os familiares - talvez ela poderia até ser incorporada a empresas nacionais, mas neste momento que ela faz muita falta, isto faz.

    “Como ela teria muito créditos externos - muito baratos e à inteira disposição - inclusive pelos embarques de muitos produtos, grãos e alimentos, ela também seria fundamental nas importações, processamentos e vendas de fertilizantes e outros insumos (inclusive para trocas com os produtores sem riscos de quedas dos preços) e, sobretudo, na geração de recursos antecipados para os produtores rurais produzirem e trabalharem, tudo devidamente protegido por “hedge“ e seguros rurais, prévios, feitos por tal trading nacional.

    Por outro lado, o Brasil – com tais elevados volumes de vendas- passaria a ser “vendido” e não “comprado” e não se submeteria às pressões de recuos de preços dos cartéis e as barreiras dos demais países, como as atuais. Na verdade, precisamos entender que o mundo não só quer comprar – como muito precisa - do nosso barato e sagrado grão e alimento processado e somente nós ainda não percebemos isto. Temos o poder de “greyskull” nas mãos, mas, infelizmente, não estamos sabendo usá-lo e, pior, estamos matando lentamente e de forma unida a nossa “galinha dos ovos de ouro” - os produtores rurais - e desempregando, mal tratando e humilhando nossos trabalhadores rurais.”

    “Com tanto, constante e progressivo, pacote de maldades, eles estão desencorajados, desesperançosos e não conseguem, sequer, se unirem (inclusive suas lideranças e os políticos seus representantes). É bom lembrar que, por muito menos os produtores argentinos fizeram todo o estardalhaço e pararam o País. Apenas no jornalismo sério e investigativo conseguem enxergar parceiros e uma possível luz de esperança. Por isto, a posse da Kátia Abreu na CNA – boa parte sustentada pela mídia, sobretudo neste site - continua sendo a esperança de todos.”

    “Na atual conjuntura internacional, além de procurarem proteger seus mercados e seus produtores rurais, muitos países voltarão a utilizar intensamente as trading estatais, mas no Brasil tudo pode demorar e sequer sermos lidos ou ouvidos”. Contudo, nas últimas semanas, tenho impostado diversas análises, estudos e propostas neste site, e depois, feliz, noto que elas repercutem em todo o Brasil e que o Governo, graças a Deus, já vem tomando algumas medidas que aqui sugerimos.”

    Paciência... e vamos em frente como insiste o JB.

    G.

    Prof. Clímaco Cézar (com inclusões entre parêntesis)

    AGROVISION - Brasilia

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 02/02/2009 23:00

    Bom dia srs. Amigos cafeicultores de todo o Brasil e amigos do Noticias Agricolas, antes de qualquer coisa gostaria de agradecer ao sr.Telmo Heinen sobre seu comentario em relação aos cafeicultores.

    om, amigo João Batista, hoje vi a LUZ NO FIM DO TUNEL, como disse vc há alguns meses atrás.

    A solução para nós cafeicultores é fazermos teste para atores das telenovelas brasileiras, pois, segundo o governo e parte da opinião pública, podemos nos considerar verdadeiros artistas.

    No ano de 2001 quando fomos "agraciados" com os alongamentos, fomos considerados por muitos da midia como os espertalhões que mais uma vez recebiam os beneficios do governo.

    Depois de 2001 nossa renda não aumentou em nada, muito pelo contrario; continuamos a ter prejuizos e já vinhamos avisando ao governo. Entretanto, novamente nos taxaram de chorões, que só sabem reclamar.

    Agora segundo disse nosso amigo Telmo, algumas boquinhas lá em Brasilia dizem que estamos blefando, ou seja, somos mentirosos. Estamos mentindo sobre a nossa situação, ja que não estamos em dia com os Bancos (Banco do Brasil).

    Resumindo, nós cafeicultores somos espertalhões (malandros), chorões, mentirosos, e por minha conta também podemos ser considerados masoquistas, pois, se temos dinheiro e estamos tendo lucro, para quê passar por toda esta vergonha junto aos bancos, cooperativas, revendas, agiotas, supermercados, farmacias etc.??? Somente um grande artista para ter todas estas caracteristicas, poderíamos com certeza trabalhar em novelas e ate filmes com direito a concorrer ao OSCAR.

    Criei uma teoria que pode explicar este tipo de julgamento que os politicos e a opinião pública tem em relação a nós cafeicultores e todos os agricultores do meu Brasil.

    TEORIA: Imaginem o setor industrial ou bancario que nos ultimos anos bateram recordes de faturamento, e que a midia fazia questão de mostrar em horario nobre os grandes feitos financeiros destas empresas como se fosse resultado da politica de um governo dinamico e moderno.

    Entretanto, vem uma crise (marolinha) e lá vão os banqueiros e industriais pedir ajuda ao governo, pois senão terão que parar e o desemprego será maciço. Péssima imagem para o governo, e rapidamente bilhões são liberados para industrias e bancos.

    O povo não é bobo, e se pergunta: Onde está o dinheiro que estas industrias e bancos ganharam nestes anos todos???, com certeza estão chorando para aproveitar da situação.

    Ai quando nós, da agricultura, choramos também, somos tachados de chorões, mas como não recebemos nada do governo, continuamos a chorar e passamos a ser espertalhões, mentirosos e agora também masoquistas.

    João Batista, hoje vc disse tudo para o Ximenes: não adianta falar de 200.000 desempregados se não provarmos.

    VAMOS INICIAR UMA CAMPANHA EM TODA CIDADE PRODUTORA DE CAFÉ, NO SUL DE MINAS, CERRADO, ZONA DA MATA, SÃO PAULO, ESPIRITO SANTO ETC.. O SINDICATO, ASSOCIAÇÃO DE CAFEICULTORES DE CADA CIDADE VAI ATE À PREFEITURA, NA SECRETÁRIA DE AÇÃO SOCIAL, FAZER UM LEVANTAMENTO DE QUANTOS QUE DEPENDEM DA CAFEICULTURA NAQUELA CIDADEE QUE ESTÃO DESEMPREGADOS.

    VAMOS ATE AS SECRETÁRIAS DE AGRICULTURA, E VER O QUANTO DE CAFÉ FOI ERRADICADO.

    VAMOS ATE OS BANCOS DE NOSSA CIDADE E FAZER UM LEVANTAMENTO DAS DIVIDAS DE CAFÉ.

    VAMOS DOCUMENTAR NOSSA SITUAÇÃO, E COLOCAR NESTE ESPAÇO, PARA PROVAR PARA TODO O BRASIL QUE SOMOS ARTISTAS SIM, MAS NÃO POR SERMOS CHORÕES, MENTIROSOS, ESPERTALHÕES ETC. SOMOS ARTISTAS POR CONSEGUIRMOS SOBREVIVER ATE HOJE EM UMA ATIVIDADE QUE HÁ MAIS DE 8 ANOS VEM NOS DANDO PREJUIZO.

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  • José Augusto Pavan Itapetininga - SP 02/02/2009 23:00

    Gostaria de relatar o descaso com que nos tratam. Somos iludidos e enganados diariamente pelos nossos governantes. Vejam o meu caso: estou pleiteando um trator do "pró-trator" (juros zero), mas tive notícia de que havia se esgotado a quantidade de tratores para nossa cidade, pois o nosso "governo" nos liberou apenas +/- 0,28 tratores para cada município. Resultado: não conheço nenhum felizardo contemplado até o momento por aqui.

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 02/02/2009 23:00

    Já estamos no mês de fevereiro, as aulas estão começando, e o País volta ao normal. Mas cadê nossos representantes, CNA e federações ? será que somente irão se manisfestar após o carnaval? Certamente seus diretores, que tem salário garantido, inclusive 13º. irão para alguma pousada na praia, ou viajar para Miami. É.., porque Miami é o paraíso dos brasileiros nos EUA. Não que seja grande coisa, mas por lá todo mundo fala portunhol, e nossos representantes jecas não falam inglês, não é mesmo???

    O campo vive a pior crise da história, sem demagogia. E nossos bravos representantes fazem o quê?

    Não vi nada até agora... que usem o dinheiro suado que pagamos para eles, através da palhaçada da contribuição sindical (este cabresto que nos é imposto), e venham para a mídia colocar o quadro real para o Brasil. Aqui no Paraná a safra já começou e vai ser ainda menor do que se esperava. Soja que parecia produzir 35 sacas por hectare está produzindo 25 sacas.

    No Mato Grosso se reportam perdas de 15% .

    Enquanto isso, os operadores de mercado ( nome bonito para pilantra de mercado), vem a público com estimativas de perdas bem menores.

    Olha o resultado nos preços: Soja e milho caem diariamente.

    Já que somos obrigados a pagar para ter representante, vamos fazer esta cambada trabalhar.

    Se tiver algum advogado lendo esta mensagem, gostaria de saber se tem algum jeito de contestar uma contribuição compulsória, caso o representante não trabalhe a contento.

    João, tô de bolsa escrotal turgida ( saco cheio) deste povo.

    CADÊ A KÁTIA?????

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  • Valdir Edemar Fries Itambé - PR 02/02/2009 23:00

    JOÃO BATISTA:

    No inicio de janeiro após as chuvas, quando a CONAB/SEAB estimava perdas de 9 a 10 por cento, já sabíamos e o senhor comentou que os técnicos do governo estavam equivocados.

    Hoje de um modo geral no Município de Itambé 15 a 20 por cento das lavouras apresentam perda total de produção, 100 % de perda.

    50 por cento das lavouras apresentam perdas de 70 por cento.

    O restante das lavouras, cerca de 10 a 15 por cento apresentam perdas de 50 por cento.

    Este percentual de perdas, esta avaliado sobre o volume de produção prevista inicialmente.

    Agora com o inicio da colheita, o produto colhido em volume se confirma. Agora com a classificação do produto já colhido a situação se agrava ainda mais para o produtor.

    O produto de uma lavoura dessecada a dez dias e apresentou a seguinte classificação:

    UMIDADE : 24 %

    IMPURESA : 3 %

    ARDIDOS e AVARIDOS : 35 %,

    A tentativa de colheita no dia de hoje se deu devido a previsão de chuva para esta semana no noroeste do Paraná, e se confirmar a ocorrência das chuvas um produto nesta situação acaba de perder o restante da qualidade.

    - Esta é a situação da lavoura, agora imagine a situação do produtor que já vem com o limite de reserva comprometida, sem contar a situação daqueles que esperavam uma boa safra para saldar o déficit de anos anteriores.

    Mas não há de ser nada João, porque se depender dos lideres ambientalistas e socialistas que participaram do FÓRUM SOCIAL MUNDIAL, todo o sistema pode mudar.

    Os ``ruralistas´´ como eles nos denominam, nós vamos poder deixar de trabalhar, de produzir e vamos filosofar, vamos implantar e divulgar novas ideologias, e fundar umas ONGS, e produzir idéias, fica mais fácil receber apoio do governo do que produzir alimento. Pelo menos não tem risco de perda.

    Um abraço a toda equipe TERRA VIVA.

    VALDIR EDEMAR FRIES

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