Dívida Pública Federal encerra 2014 em R$ 2,296 trilhões
A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 8,15% em 2014 e encerrou o ano em R$ 2,296 trilhões. Apesar da alta, o valor está dentro das faixas do Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida para o ano passado, que previam encerramento entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11), pelo Tesouro Nacional. Ainda segundo o Tesouro, a dívida pública externa apresentou o crescimento mais expressivo em 2014, de 18,6%, passando de R$ 94,68 bilhões para R$ 112,3 bilhões, em função da valorização do dólar. Na moeda americana, a elevação foi menor, de 4,6%.
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No Estadão: Os saques nas cadernetas e o aperto das famílias
Os saques líquidos nas contas de poupança atingiram R$ 5,5 bilhões em janeiro, dos quais R$ 4,4 bilhões saíram dos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que aplica a quase totalidade dos recursos em habitação. O expressivo volume sacado - maior para um mês de janeiro desde 1995 - não tem impacto imediato sobre a oferta de crédito imobiliário, pois há sobra de recursos no sistema. Mas cabe avaliar o que determinou os saques e se estes tendem a prosseguir nos próximos meses.
A primeira hipótese é de que o aumento da taxa básica de juros empurrou os aplicadores em caderneta para os fundos DI, que rendem mais do que a poupança quando as taxas de administração são módicas. Mas a explicação não se sustenta: em janeiro, entraram nos fundos DI apenas R$ 1,7 bilhão, segundo a Anbima. Quando muito, houve pequeno deslocamento de aplicações, insuficiente para justificar os saques.
A segunda hipótese - e, provavelmente, a mais relevante - é de que se acentuou o grau de aperto das famílias, além do efeito sazonal comum no início do ano. Em janeiro de 2014, quando o desaquecimento econômico já era presente, houve um saldo líquido de depósitos nas cadernetas de R$ 1,7 bilhão.
Os depósitos de poupança mostraram, até 2014, enorme resistência - o saldo líquido (depósitos menos retiradas) foi de quase R$ 24 bilhões no SBPE, mesmo considerando que, em 2013, houve um saldo líquido de R$ 54,2 bilhões.
O que se indaga é se janeiro, quando os saques superaram em quase R$ 2 bilhões a remuneração, basta para indicar a mudança mais profunda. É no que acredita o presidente da associação dos executivos financeiros (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira: "Este ano será muito difícil para as famílias".
De fato, uma combinação de fatores negativos pressiona o orçamento das famílias. Em janeiro, por exemplo, subiram 6,91% as despesas com educação da classe média, com renda entre 10 e 39 salários mínimos, segundo o índice de custo de vida da Ordem dos Economistas do Brasil. A pressão continuará, com altas extraordinárias das contas de luz e dos combustíveis. A queda no Índice de Confiança do Consumidor medida pela Fecomercio-SP seria um fator de estímulo à poupança. Mas novos depósitos dependem de haver sobras. Parece predominar, assim, a imposição de pagar as contas, mesmo que para isso as famílias tenham de sacrificar reservas.
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