Soja inverte o sinal apoiada na alta forte do óleo e fecha em alta na Bolsa de Chicago nesta 2ª
O mercado da soja amenizou as baixas, inverteu o sinal e fechou o pregão desta segunda-feira (28) com leves altas entre os primeiros vencimentos na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa subiram de 0,75 a 1,25 ponto nos principais vencimentos, levando o maio a US$ 10,51 por bushel. Já o setembro fechou o dia perdendo 1,25 ponto, sendo cotado a US$ 10,31.
"Sem novidades nesta abertura da semana, mercado de soja teve leves variações na Bolsa de Chicago, enquanto derivados operavam em caminhos distintos, com altas no óleo e quedas no farelo", informou a Pátria Agronegócios em seu informe diário de mercado.
Os pequenos ganhos que foram registrados pelo grão refletiram altas fortes de mais de 1% entre os preços do óleo, que foram também se intensificando ao longo da sessão. "Os futuros do óleo voltaram a subir, tirando a soja das mínimas do dia. Todos estão de olho na pressão sobre a EPA para o aumento dos mandatórios e das mudanças no programa 45z", explica a Agrinvest Commodities. "Se a EPA acatar as mudanças propostas pela Farm First Act, vai faltar óleo nos EUA".
Na outra ponta, os futuros do farelo de soja recuaram quase 8% e acabaram limitando um ganho mais expressivo entre as cotações do grão. Além disso, os preços do milho e, principalmente, do trigo caíram forte, com este último perdendo mais de 2%, ajudando a pressionar a soja em grão na CBOT.
A segunda-feira foi negativa no cenário macroeconômico, o que acaba sendo mais um limitador das cotações. As tensões provocadas pela guerra comercial continuam bastante intensas, os mercados e os investidores muito inseguros, deixando as commodities e migrando para ativos mais seguros. Os futuros do petróleo - tanto brent, quanto WTI perderam mais de 1,5% nesta segunda-feira.
MERCADO BRASILEIRO
No mercado brasileiro, a semana começou com um ritmo um pouco mais lento de negócios, com o dólar tirando parte da força dos preços no mercado nacional. A moeda americana vai caminhando para terminhar o pregão desta segunda-feira ainda abaixo dos R$ 5,70, o que pressiona as cotações por aqui.
Assim, embora mais contidos, os negócios vão girando, como relata o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, mas "o produtor está recebendo menos do que na semana passada, bem menos do que duas semanas atrás, porque há uma corrida de vendas. Há dívidas vencendo na virada do mês e o produtor precisando de caixa. E nisso ele não tem muita alternativa", diz.
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Brandalizze explica ainda que há uma parcela de produtores que estão mais capitalizados e "que podem esperar o cavalinho encilhado do meio do ano, o cavalinho encilhado de agosto, porque quando sair o acordo (China-EUA), certamente, no acordo, vai sair giro de negócios americano e vai dar um fôleog para Chicafo. Dando fôlego para Chicago, com todas essas barbeiragens que temos visto da economia e do governo brasileiro, vai também puxar o dólar e é enssa hora que vai cavalinho encilhado"
Esta é uma semana, naturalmente, de pouco fôlego, prêmios mais baixos, e não é hora para aqueles que não precisam vender.
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