Pecuaristas devem ficar atentos aos preços futuros e custos do confinamento para garantir boas margens, aponta Rabobank
O Rabobank divulgou que o preço da arroba registrou valorização de 53% no comparativo de fev./20 a fev./21, porém os valores do bezerro e da ração sofreram forte aumento de 61% e 112%, respectivamente. É importante que os pecuaristas fiquem atentos aos preços do mercado futuro e dos custos do confinamento para ter uma margem atrativa no segundo semestre deste ano.
A oferta de animais para abate ainda está abaixo da demanda nas principais regiões produtoras e os frigoríficos têm sido pressionados a ofertar preços melhores para atender seus compromissos. “A qualidade das pastagens tem melhorado à medida que os níveis de precipitação se recuperam em boa parte das regiões produtoras. Nas próximas semanas as chuvas devem dar espaço para um clima mais seco, o que tende a elevar a oferta de animais e pode trazer um cenário de pressão nos preços do boi gordo”, informou o banco.
No atacado, as cotações do traseiro bovino tiveram um incremento de 45%, reflexo da queda do poder de compra da população que não permitiu aumentos maiores. “A recente confirmação do novo auxílio emergencial e a redução do ICMS para as empresas do Simples Nacional em São Paulo podem ajudar no consumo doméstico”, apontou.
A desvalorização do real e a baixa liquidez no mercado interno tem feito os preços do Boi-China atingirem diferenças de até R$ 20/@ com relação ao indicador do Cepea. “A retomada das compras chinesas após o feriado de ano novo lunar também contribuiu para essa elevação dos preços. Aumento dos embarques de carne bovina e de grãos nas últimas semanas já impactam na disponibilidade e preços do frete marítimo e o movimento deve se intensificar ainda mais no curto prazo”, concluiu.
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