Análise da DATAGRO mostra bom desempenho dos principais indicadores financeiros dos sojicultores brasileiros em 2020

Publicado em 29/01/2021 11:34
Expectativa positiva para a produtividade combinada com preços outra vez elevados, sugerem que a renda dos produtores avance pela 15ª safra consecutiva em 2021

O bom desempenho da renda do setor soja do Brasil em 2020 é explicado pela boa atuação dos três principais indicadores da saúde financeira dos produtores, que são os preços médios praticados, lucratividade bruta e rentabilidade como opção financeira, aponta a última análise semanal de grãos da Consultoria DATAGRO.

A performance positiva dos indicadores somada ao clima no geral positivo e mercado sólido, garantiu mais um ano de ganhos dominantes em 2020, o 14º consecutivo, sustentando o forte ciclo de consolidação do setor iniciado em 2007.
O indicador mais visível de todos, o comportamento dos preços, atuou positivamente. Durante todos os 12 meses de 2020, os preços ficaram acima das médias do ano anterior. As melhores épocas para venda aconteceram entre setembro e dezembro, com pico do ano em novembro. Por essa perspectiva, segurar o produto foi a melhor opção em 2020.
“Para 2021, por enquanto, as previsões apontam para preços médios próximos a 2020, bem acima da média, mas provavelmente abaixo dos picos do ano que passou”, projeta o coordenador de Grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Junior.

O acompanhamento feito pela DATAGRO da lucratividade bruta, segundo grande indicador econômico, que mede a relação entre a receita média obtida e o custo de produção, apresentou mais uma vez os resultados médios positivos para a renda dos produtores. Levando em consideração o custo operacional de produção - custo total menos a remuneração do capital próprio e da terra -, a lucratividade bruta fechou 2020 de novo de forma amplamente positiva, com resultados no geral superiores a 2019.

“Para este ano as previsões apontam para lucratividades novamente bem positivas na média, mas com chances de ficarem abaixo de 2020, uma vez que tivemos novas altas nos custos de produção. No entanto, temos expectativa de produtividades maiores e tendência de preços médios de novo elevados”, destaca França Junior.

Por último, a análise da rentabilidade da soja como ativo financeiro, que a exemplo de 2018, 2015, 2012 e 2010, foi interessante para os produtores. A variação acumulada em 2020 foi positiva, com o quadro melhorando durante o ano em função dos preços no 2º semestre terem ficado muito acima dos preços do 1º semestre.

Na média brasileira, o produtor que optou por segurar o produto e vendê-lo apenas no final do ano, pensando na soja como um ativo financeiro, teve uma rentabilidade real positiva de 65,35% em 2020, já descontada a inflação de 5,64% (índice IPC da Fipe), desempenho superior a todas as demais opções de investimentos.

Cenário segue positivo para 2021

Mesmo com maiores custos de produção, a expectativa positiva para a produtividade combinada com preços outra vez elevados, sugere que a renda dos produtores avance pela 15ª safra consecutiva em 2021. A DATAGRO mantém a projeção da safra 2020/21 de soja do Brasil em 135,6 milhões de toneladas, 6,6% acima dos 127,2 mi de t do ano passado.

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Fonte:
DATAGRO

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