Café: Bolsa de Nova York avança mais de 200 pts nesta 4ª com financeiro e preocupação com qualidade da safra
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 200 pontos nesta tarde de quarta-feira (29) e estendem os ganhos da sessão anterior ainda repercutindo a melhora no humor dos mercados globais passado o susto da saída do Reino Unido da União Europeia.
Por volta das 12h07, o vencimento julho/16 registrava 141,20 cents/lb com 230 pontos de alta, o setembro/16 anotava 144,25 cents/lb com 365 pontos de avanço. Já o contrato dezembro/16 tinha 146,90 cents/lb com 365 pontos positivos, enquanto o março/17 operava cotado a 149,25 cents/lb com 345 pontos.
"As bolsas para o café operam em alta acompanhando o cenário financeiro global", explicou o analista de mercado a Maros Corretora, Marcus Magalhães. O câmbio, no entanto, também acaba impactando bastante o mercado. Às 11h20, a moeda norte-americana caía 1,59%, a R$ 3,2533. O dólar mais baixo em relação ao real desencoraja as exportações da commodity.
As chuvas deram trégua no cinturão produtivo de café do Brasil. Com isso, a colheita avança nas principais áreas produtoras de forma mais significativa. Dados divulgados hoje pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), a maior cooperativa do mundo, apontam que seus cooperados haviam colhido, até dia 24 de junho 25,65% das lavouras, ante 15,45% no mesmo período do ano passado.
Essas recentes precipitações atrapalharam bastante a qualidade da safra 2016/17, até então vista como uma das melhores dos últimos anos e isso também acaba influenciando nos negócios. "Os produtores que conseguiram colher o café cereja descascado antes das chuvas, o seguram para obter preços melhores", afirma o analista de mercado, Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes.
Apesar da alta externa, os preços no Brasil são puxados pela queda do dólar e os negócios continuam lentos nas praças de comercialização do Brasil. "O mercado interno deverá ter dia lento, com negócios isolados e preços sustentados", afirma Marcus Magalhães.
Na terça-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 493,03 com alta de 0,91%.
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