Fala Produtor

  • Adenildo Izaac de Souza Soares Salvador - BA 26/09/2008 00:00

    Prezado: Achei interessante a conversa do produtor Flávio, que é petista. Tomara que ele, do mesmo Partido do Presidente da República, o convença de que o Brasil é uma País essencilamente agrícola (celeiro da humanidade) e aguarda que o Banco do Brasil destrave a questão do investimento e custeio e informe a afetiva dívida daquele que está obrigado a aderir às condições até o dia 30/09.

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  • Anderson Gonçalves de Souza Posse - GO 26/09/2008 00:00

    URGENTE!!!!

    O que fazer João Batista!!!!!

    Quando os bancos de máquinas exigem garantia real para prorrogação e nossas garantias estão 100% no banco do brasil.?????

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  • Elaine Batista de Oliveira Cacaulândia - RO 26/09/2008 00:00

    Olá João Batista, fiquei muito feliz por você ter nos dado toda credibilidade pois nos aqui em RO, somos esquecidos do mundo como produtores,como pessoas que lutam e tem muita persistencia, pois a midia so lembra de nos como destruidores da Amazonia.Hoje criaram ate um site eu protesto para acabar de nos ver no chão.Fico muito feliz que o CANAL TERRA VIVA me ouviu. Olha se quiser falar comigo hoje por telefone não ira conseguir pois ontem a noite aqui deu um forte temporal e arrancou a nossa antena de celular.So gostaria que voce continuasse lembrando de nos pois eu poderia te falar como esta a situacao e aprofundasse no assunto pois para entregarmos o nosso produto tivemos que procurar apoio judicial,pois virou um campo de guerra ,entornaram tanques leite,cercaram motoristas com armas nas estradas foi polemico. Mais chega ja falei demais voces sao poderosos na midia venham fazer uma linda reportagem aqui. Um grande abraço

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  • Waldir Sversutti Maringá - PR 26/09/2008 00:00

    O Sr Ezio Antonio Seabra de Uberaba, postou um comentário neste espaço no dia 22 ultimo quando disse “acho que a vaca vai para o brejo e não vai sair nunca mais”

    Sr Ezio: A vaca já está atolada no brejo faz muito tempo e não há a menor dúvida que ela irá continuará berrando mas não sairá tão cedo. Ainda assim, há que se continuar plantando, para manter os índices de produtividade, para se livrarem do fantasma MST/Via Campesina, para se livrarem das execuções dos bancos, porém com muito cuidado, cálculos, imaginação, diversificação de culturas e acerto na hora de vender a produção (aqui o maior perigo) ...o que não está acontecendo, infelizmente.

    Os governantes acharam graça e não sentiram reação dos agricultores quando fizeram as “ garfadas “ dos últimos governos, que descrevo abaixo, um por um, já do conhecimento de todos, mas nunca é demais lembrar: Ela cansou de ir para o brejo, por isso atolou:

    GOVERNO COLOR

    1 - Foi para o brejo no governo Collor, quando a então Ministra Sra. Zélia, de sinistra memória, mandou que os então presidentes do BB e da Caixa continuassem a debitar o IPC do mês anterior, carregado da inflação alta do governo Sarney (84% na casa própria e 74,6% no Crédito Rural) e que já não eram mais os índices que corrigiam a poupança (IRP) previstos nos contratos dos financiamentos, pois Collor havia mudado o critério de remuneração da poupança para o BTNF, aplicado diariamente no IRP que onerava os contratos, cujos débitos dobraram de uma hora para outra. Para quem recorreu à justiça o STJ substituiu esses índices, quem não recorreu dançou... está atolado junto com a vaca até hoje.

    GOVERNO TAMPÃO ITAMAR

    2 – Foi para o brejo quando o Itamar teve o “topete” de vetar parte do artigo 16 da Lei que criou o Plano Real, a duras penas negociado com a bancada ruralista, para corrigir os débitos pré existentes pela variação que fosse determinada para os preços mínimos daí em diante. Ele vetou esse artigo e os bancos mandaram ver aplicando a taxa da poupança que adotara a “ louca “ da TR, embutida nos débitos de quem fez a securitização e o Plano Pesa. O Congresso derrubou o veto um ano depois, mas quem necessitou assinar o Plano Pesa teve que aceitar a correção pela poupança, então carregada da ma®dita TR, que na época era muito acima da inflação, usado como instrumento de arrocho monetário.

    GOVERNO FHC

    3 – Foi para o brejo quando FHC, Malan e Gustavo Franco manobraram o quanto puderam para conter a cotação do dólar, mantida até 02/1.999 na faixa mentirosa de R$ 1,23. Nessa época, só teve o Cacciola que acreditava no que diziam FHC e Franco; que não haveria máxi desvalorização, pois foi um dos poucos que apostaram (na contra-mão do que indicavam os fatos) vendendo dólar futuro a R$ 1,23. Realmente não houve máxi decretada por eles; para acabar com a mentira (da baixa cotação do dólar) o mercado se encarregou de “estuprá-la”. Portanto o Sr FHC, Malan e Gustavo Franco levaram a vaca para o brejo mais uma vez, deixando-a atolada por 4 anos, até que no inicio de seu segundo mandato, (1999) aconteceu o estouro, quando a moeda americana atingiu cotações exageradas perto de R$ 2,00 e depois quase R$ 4,00, muito além da reposição da inflação decorrida até então (mm 80%) em razão das desconfianças e da certeza da vitória do Lula. O mercado se enganou barbaridade... achavam que Lula era uma assombração. Quando descobriram o medo dele em conter os juros e que era da turma do “paz e amor” refestelaram-se.

    GOVERNO LULA

    4 – Fez a agricultura, os agricultores e a vaca irem mais uma vez para o brejo quando buscou um banqueiro do PSDB para continuar tudo como antes, privilegiando o mercado financeiro, sem a mínima preocupação com a renda dos agricultores, pois sabiam que eles não são unidos e ficarão satisfeitos e bonzinhos se lhes prorrogarem constantemente suas dívidas.

    Não deixarão a vaca sair do brejo nunca, a política do Robin Hood vai continuar até sangrar ... A prova disso veio quando a cotação do dólar ultrapassou R$ 1,90 há poucos dias e o BC ameaçou jogar pesado ... ou seja vender dólares para segurar a cotação. Nem foi preciso. E ainda: Estão dificultando o financiamento dos custeios, a montanha de dinheiro divulgada não chega ao campo.

    Esperar alguma coisa favorável deste governo, sentado à beira do caminho que a vaca trilhou para ir ao brejo, é perda de tempo. Então vamos ao que interessa: A ultima safra de soja com preços bons no período de 5 anos que se iniciou nesta safra 07/08, é esta que virá, 2008/2009, isto pq em 31-03-2009 após ser divulgado o relatório de intenção de plantio americano, já sem a expectativa de ocorrência de novos eventos climáticos, e diante da normalização e ausência dos fatores que descrevo abaixo, ela se ajustará para um período de mais 3 anos de vacas magras, como foi em 2005/2006/2007, e ficará na BERLINDA ( ou no brejo) à espera de novo fenômeno climático nos EUA, que só voltará a ocorrer no ano de 2.013. :

    a ) O aumento de consumo, que fez os preços da soja subirem acima de US$ 10,00 por bushel, será normalizado frente ao aumento da produção no Brasil e nos demais paises, estabilizando a cotação nesses níveis daqui para frente, obrigando custos e insumos a se ajustarem (para baixo)

    b ) O preço do barril de petróleo, cuja disparada de cotação fez o bushel da soja atingir US$ 13,00 dólares, certamente voltará a níveis menos perversos deixando de pressionar os preços da soja para cima.....

    c) A vitória política obtida com a exaustiva ação dos agricultores argentinos peitando e vencendo a decisão irracional da presidenta Argentina ao aumentar-lhes as “ retenciones “ (impostos), certamente aumentará a produção, pq o cambio é muito favorável. Aquela atitude tinha feito o preço do bushel chegar a US$ 16,oo dólares nos primeiros dias de março, quando todos teríamos que ter vendido,não só a soja deste ano, mas tb a do ano que vem e a dos vizinhos. Era um preço inimaginável para mim.

    Quem segurou até agora, (acho que poucos) alguns dias mais não farão a diferença. Na minha opinião a fraca intensidade do fenômeno La Nina ocorrida no final do plantio americano, atrasando o término e os replantios, devido as inundações no Mississipi, poderão resultar em colheita menor que a esperada, cujos números serão divulgados só no último minuto, da última hora, do último dia do encerramento da colheita, em outubro. Caso isso se confirme haverá uma pequena melhora nos preços atuais.

    waldirsversutti.blogspot.com

    [email protected]

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  • Renato Ferreira Dourados - MS 26/09/2008 00:00

    É com muita satisfação que parabenizo a reportagem de João Batista com o petista e produtor rural Flávio Faedo.

    É isso mesmo Flávio !!! Temos que manter a qualidade na produção de nossos gãos e carnes, sem esquecer do compromisso sócio-ambiental, e muito bem citado a parte da reportagem onde cita o descaso com o seguro, e certas polítiticas agrícolas.

    Nós que sofremos todos os tipos de planos (Cruzado, Funaro, Collor, etc) ainda temos que colocar nosso patrimônio no sol e na chuva, sem saber se ele voltará, e muito mais, saber se dará lucro.

    Esta provado de uma vez por todas que a militância e radicalismo generalizado, só fazem mal para qualquer segmento.

    Não podemos ser drásticos e mente fechada, existem relevâncias que devem ser consideradas.

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 26/09/2008 00:00

    Amigos do Noticias Agricolas.

    Pedindo desculpas por tanto incomodá-los, gostaria aqui de parabenizar, publicamente, o produtor rural petista de Rio Verde, Flávio Faedo, pelas suas posições e, perfeito, e correto, engajamento politico. Aliás, esta necessidade de união e de participação política foi a que escrevi em meu artigo da seman anterior. Parabéns, também, ao João Batista e Equipe pela correta, e necessária, isençáo partidária e pelos incentivos à união dos produtores e aos seus maiores, e fundamentais, engajamentos politicos e em qualquer partido. A frase é velha, mas a necessidade continua a mesma: " Unidos, venceremos".

    Prof. Clímaco Cézar

    AGROVISION - Brasília

    www.agrovisions.com.br

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  • Roland Assunção Franco Nova Xavantina - MT 25/09/2008 00:00

    Gostei da entrevista com o produtor Flávio Faedo, integrante do PT em Rio Verde-GO, acho que ele pode dar uma outra visão aos radicais do partido e mudar essas ideias comunistas antiquados e ultrapassados da produção rural no Brasil.

    Gostaria de pedir previsões de chuvas para Nova Xavantina-MT neste periodo 2008/2009. obrigado

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  • Juliano Hermes Missal - PR 25/09/2008 00:00

    Ola João Batista sou produtor rural de Missal PR, cidade próxima de Foz do Iguáçú 90 Km e estou indignado com a situação em que esta nossa agricultura, com o descaso com que este governo esta tratando um setor tão importante para a economia de um pais como o Brasil.

    Estamos enfrentando um paradigma de investir para colher ou investir menos para arriscar menos pois plantamos com o ceu aberto e temos muita fe e somos muito teimosos tambem senão ja teriamos desistido. Um grande abraço.

    E vamos em frente

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  • Luiz Carlos Pasquim Sobrinho Acreuna - GO 25/09/2008 00:00

    João Batista, assisti a sua entrevista com o produtor e cidadão Rioverdense Flávio Faedo, trata-se de um homem trabalhador, honesto e de grande sabedoria. Na minha modesta opinião de produtor, deveriamos fazer como o Flávio, participar mais da vida politica de nossa cidade, de nosso Estado e do Brasil. Fica facil só reclamar, não se candidatar dizendo que isto é coisa de malandro, pois bem, sempre terá eleições e sempre terá mais malandros se candidatando. Vamos repensar nossos conceitos, vamos nos filiar a partidos, inclusive no "PT", para fazer como o Flávio, questionar as pessoas que não dão valor ao agronegócio brasileiro. Ou será que precisaremos de uma guerra no campo?

    Vejo com muita esperança as opiniões de produtores, quanto a união da classe, porem um pergunta João Batista, foi você que não convidou o Presidente da maior cooperativa de Goias (COMIGO) para uma entrevista, ou os cooperados estão todos satisfeitos, já pegaram seus créditos junto ao Banco do Brasil, junto a propria cooperativa.

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  • Valério Jorge dos Santos Cristalina - GO 25/09/2008 00:00

    ...realmente a agricultura brasileira chega a um colapso. Os insumos em preços recordes, e o que é ainda pior falta de recursos para bancá-los... agora eu pergunto, mesmo com juros recordes praticados no Brasil, pq essa falta de crédito de estrangeiros? Ou será que a crise Americana, é ainda pior do que estão dizendo, e com isso, eles estão tirando o dinheiro do Brasil para tapar seus buracos?... a coisa ainda pode piorar....

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  • Domingos Ribeiro de Andrade Bom Sucesso - MG 25/09/2008 00:00

    Todos se lembram ou tem informações do final do governo Sarney quando a inflação chegou a 80% ao mês. Naquela época a agropecuária estava se equilibrando graças à anistia das dívidas rurais em 1989 conseguida através de muitos protestos dos agricultores.

    Vejo muita semelhança neste final de governo Lula com o final do governo Sarney, principalmente na inflação dos custos agrícolas. Fertilizantes, mão de obra, combustíveis e outros insumos subiram 600% em relação ao início do plano real contra uma desvalorização de 100% do real.

    O endividamento agrícola está enorme, os juros são altos e as dívidas dos produtores com as multinacionais e revendas estão cada vez maiores.

    Os preços do leite, café, milho, boi, soja, arroz, trigo e cana ficaram muito defasados em relação ao custo.

    Concluo dizendo que o produtor está em um beco sem saída. Estamos carentes de lideranças. Se todos plantarem ou continuarem tratando do seu cafezal ou de sua vaca de leite como de costume não teremos preço e as dívidas só aumentarão. Por outro lado a popularidade do presidente continuará em alta e nós produtores ficaremos com a fama de chorões, agressores do meio ambiente e caloteiros.

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 24/09/2008 00:00

    Caro João,

    Vai um aviso ao pessoal que trabalha em banco, cooperativa e agente financeiro. Muito cuidado ao falar com agricultor, principalmente para fazer cobrança. Tem muito companheiro com a cabeça quente e inclusive já vi alguns com revólver na cinta. Nós sabemos o que acontece quando um rato fica acuado. Vira fera. Então, logo vai ter tragédia no campo, tamanho é o desespero dos agricultores.

    Os culpados já conhecemos e eles é que deveriam levar uma surra.

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 24/09/2008 00:00

    A RECENTE CRISE INTERNACIONAL E O AGRONEGÓCIO – NOVAMENTE, OS PRODUTORES PODEM SER OS MAIORES PREJUDICADOS -

    Sem ser alarmista - mas sério e responsável - segundo os pronunciamentos recentes, e uma série de informações externas e internas recebidas nos últimos dias, são seguintes as principais tendências para a crise mundial e para os seus efeitos no agronegócio brasileiro: Contudo, é importante entender que são tendências, e segundo as conjunturas atuais, e não certezas, pois ninguém tem “bola de cristal” e a economia está agitada e mudando a cada momento.

    a) a crise ainda está no inicio e sua solução pode se estender por até 180 dias (a depender das vontades dos governos e políticos e da inibição e maior controle dos especuladores e dos ditos “analistas de riscos e de investimentos”, que erraram feio);

    b) a tendência é de estender para outros países desenvolvidos, sobretudo da U.E. e Ásia, e mesmo alguns em desenvolvimento (nem tão blindados), prejudicando as finanças, os investimentos, as moedas e, principalmente, ampliando a inflação e reduzindo os consumos, em especial de alimentos;

    c) para recuperar as perdas e controlar a inflação, os Governos e Bancos tendem a ampliar os juros, o que pode, inicialmente, reduzir os investimentos estrangeiros e reduzir o crédito;

    d) uma nova ordem econômica e social mundial pode surgir com fortalecimento dos países em desenvolvimento (BRICA = Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) e que colaborarão para reduzir a fome na África. Aos poucos aumentarão os investimentos produtivos nestes países;

    e) pode haver severa redução do número de bancos no mundo, liderados por alguns poucos bancos da U.E. e da Ásia (no máximo 6) e que estarão mais voltados para investimentos produtivos, sociais e cooperativismos; o BIS (banco central dos bancos centrais) tende a fortalecer, pelos seus acertos em relação aos necessários “Planos de Basiléia” (que agora vê-se que só serviram para os países em desenvolvimento) e o FMI tende a enfraquecer;

    f) quem sabe todos os países desenvolvidos seguirão o bom exemplo da U.E , que recentemente criou um Fundo de US$ 1,0 bilhão para alavancar a produção de alimentos para os países mais pobres (e ainda de agronergia), ou mesmo da Noruega que, recentemente, doou igual US$ 1,0 bilhão para a progressiva recuperação socioeconômica e ambiental da Floresta Amazônica. O produtor rural brasileiro precisa muito é deste tipo de parcerias de longo prazos (até 30 anos) para produzir alimentos e energias para o mundo, mas não quer mais ser espoliado e ainda culpado pelas degradações ambientais (na verdade os pagando pecados de produtores europeus, norte-americanos, e agora chineses, que dizimaram seu solo e ambiente há muitos anos). Certamente, com boa renda liquida garantida por longo prazo (o que ocorreria com vendas diretas aos consumidores finais e compras diretas de insumos e bases químicas dos países fornecedores, inclusive trocando por alimentos), a devastação não ampliará no País, pois há terra sobrando e só o que se precisa é de recursos baratos e em parcerias - benéficas e não especulativas - para ampliar as produtividades, reduzir custos e recuperar os solos (sobretudo as pastagens degradadas);

    g) as commodities agrícolas e minerais – após subirem muito seus preços nos últimos 2 anos e até a 90 dias (exatamente pela bem maior liquidez, o que facilita as especulações de compras) - tendem a recuar seus preços internacionais ainda mais, prejudicando os produtores brasileiros neste momento de pré-plantio e com custos elevadíssimos (ampliação de até 150%); haverá redução do consumo de alimentos e de commodities nos países ricos e em desenvolvimento;

    h) alguns estimam que o petróleo possa recuar para US$ 80,00 e até US$ 60,00/barril em até 02 anos. Já o minério de ferro poderia recuar, perigosamente, para até US$ 35,00/t.;

    i) a economia brasileira, sobretudo a bancária, realmente está bem blindada, mas os produtores rurais não, pois seus preços são totalmente dependentes das Bolsas internacionais, dos consumos e dos preços internacionais de alimentos e, principalmente, do comportamento das agroindústrias fornecedoras e compradoras internas e que hoje já dominam, veladamente, pelo menos 35% do agronegócio brasileiro e, se considerarmos as suas atuações como Bancos e nos crescentes Programas de Integração Rural (também chamados de projetos de Fomento Rural) - inclusive com muitas terras próprias em alguns casos como o de florestas e cana - pode-se estimar uma participação entre 50% e 60% no resultado líquido anual do agronegócio;

    j) alguns analistas entendem que o câmbio possa ampliar, progressivamente, para até R$ 2,50 em 01 ano no Brasil, o que é muito bom para as empresas exportadoras, e em parte para os produtores (podem anular em parte as previstas quedas das cotações nas bolsas de Chicago, Bolsa de Nova Iorque e Bolsa de Dalian);

    k) no Brasil quem comprou insumo mais cedo – como vem sendo amplamente recomendado há anos - se dê por feliz, mas não se esqueça de fazer a proteção de preços, e assim da renda liquida, na BM&F (cotações ainda remuneradoras). Quem ainda não comprou insumos vai vê-los encarecer ainda mais em R$, embora tenham sido importados a cerca de 30 a 60 dias e com câmbio muito barato (até R$ 1,60= US$ 1,00); Aqui, a renda poderá ser francamente negativa (prejuízos). Em 2009, os preços dos fertilizantes podem ampliar ainda mais com o câmbio em alta;

    l) felizmente, o PROER muito colaborou para blindar a maioria dos bancos brasileiros (não todos). Hoje há controle muito mais rígido pelo BACEN dos financiamentos, de suas garantias, redescontos etc.. e das adequações às exigências de Basiléia). Contudo, não se pode dizer o mesmo para os produtores rurais na recente e pretensa solução do endividamento agrícola, pois as causas e as “verdades” dele (quedas seqüentes da renda agrícola) continuam vigentes, e em ampliação, embora nada se faça para resolvê-las, e isto desde a Securitização, PESA, PESINHA, RECOOP etc.;

    m) sem entrar no mérito, até porque não concordo muito, alguns economistas desconfiam que o principal objetivo da crise “em curso” seria a garantia de lucros elevadíssimos para os especuladores internacionais, orientados pelos chamados “Chicago boys”. Assim, primeiro eles quebraram as empresas chamadas de “ponto.com“ (empresas de programas de computador); depois, nos últimos 2 anos ganharam muito dinheiro especulando com commodities agrícolas nas bolsas (que só subiam) e agora atacam os bancos de investimentos e de hipotecas (“subprimes”, inicialmente no Japão e Coréia e agora nos EUA), e onde o principal objetivo real seria derrubar ao máximo o valor das ações das principais empresas mundiais, sobretudo de energia, alimentos, minérios etc., para, então, comprarem avidamente nas bolsas e terem elevadíssimos lucros por pelo menos mais uns 5 anos com as valorizações e seus dividendos (será ?). Na visão clássica e operacional de tais “boys”, o único propósito das empresas e corporações privadas é “ganhar o máximo de dinheiro possível para seus acionistas“. Assim, para H. Henderson, ganância, egoísmo, individualismo e “curto-prazismo” foram misturados com liberdade e democracia e elevados à triste condição de filosofia moral. “e pior, aceita por muitos como verdade absoluta” (é óbvio que há exceções, em especial no Brasil).

    “QUE O BRASIL SIRVA DE LIÇÃO PARA O MUNDO, POIS AINDA HÁ TEMPO DE CONSERTARMOS O RUMO DO NOSSO AGRONEGÓCIO: O CELEIRO DO MUNDO”.

    Prof. Clímaco Cezar de Souza

    www.agrovisions.com.br -Brasília (livros-vivos para o agronegócio, sendo grátis os da versão 2006)

    Novo telefone: 61 3963.9052

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  • Luiz Antonio Soave Paracatu - MG 24/09/2008 00:00

    Clima:

    Prezados parceiros, prabens pela programação!

    Estamos precisando saber como será o clima nesta safra de verão, no VÃO do Rio Paracatu, com altitude de 500 a 500m, onde plantamos Soja, Milho Semente e Arroz nesta época.

    Luiz Antonio Soave - Paracatu - MG

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  • Emerson Varolo São Paulo - SP 24/09/2008 00:00

    Prezado João Batista.

    Assisti sua reportagem de hoje sobre o problema na liberação do custeio. De fato o BB dificulta de todas as formas a liberação do custeio. Inventam normais e exigências. Veja mais um absurdo. Plantamos em terras próprias e arrendadas. Para custeio das arrendadas o BB exige que o arrendador abra mão do seu recebimento de arrrente em detrimento do BB (carta de anuência), ou seja, que o arrendatário pode pagar primeiro o BB depois o arrendador. Agora estão exigindo que o arrendador seja cadastrado no BB e para isso exigem CPF, RG, Certidão de casamento e comprovante de renda do arrendador. Absurdo!!!! Pergunto: qual a relação jurídica que o arrendador possui com o BB. É óbvio que nenhuma. Além disso, o proprietário das terras disse que odeia o BB e não vai fornecer nenhum documento e nem fazer cadastro, pois não está tomando nenhum empréstimo do banco e não vai comprovar renda alguma. Pior que ele tem razão, pois não possui relação jurídica alguma com o BB. Exigi do BB a base legal para essa exigência. Se recusam a informar. Pesquisei de todas as formas e não encontrei nada. Infelizmente esse é mais um caso típico da conduta do BB, ou seja, emperrar a liberação até que o produtor desista.

    Abraços

    Emerson

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