Fala Produtor

  • Vanderlei G. Gomes Poliseli Arapongas - PR 24/09/2008 00:00

    Prezado Joao Batista, acho que o noticias agricolas poderia disponibilizar no site um resumo sobre as dividas agricolas, seus prazos para protocolos e ate alguns modelos de cartas, enfim uma ajuda, pois na verdade os bancos não sabem direito o que fazer porque muitos deles dizem que ainda nao receberam nada, pois muitos agricultores que eu converso não sabem ao certo os prazos para protocolarem suas cartas, e até em que local, como no caso das dividas ativas; se é direto na procuradoria que só tem em algumas cidades, pois houve muitas mudanças e estamos confusos. Esperamos contar com a sua ajuda. Um abraço

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  • Elaine Batista de Oliveira Cacaulândia - RO 23/09/2008 00:00

    João Batista, assisto aos seus programas todos os dias. Ontem você falou sobre o preço do leite que está sofrendo uma grande defasagem... olha, nós aqui em Rondônia estamos vivendo uma verdadeira comédia... A Fetagro, junto com os laticinios, fizeram várias reuniões e não chegaram a nenhuma conclusão... simplesmente declararam greve ao setor leiteiro. O mais interessante é que eles não se reuniram com a classe produtora de leite. E de lá prá cá a situação só piorou... Estão nos matando pois, como sempre, não temos vez, nem voz. Por isso, João Batista, lembre-se de nós, de Rondônia. Informe sobre o que está acontecendo aqui conosco. Obrigado.

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  • Vítor Wilher Rio de Janeiro - RJ 23/09/2008 00:00

    Entenda a Crise Americana do Subprime.

    Títulos “prime” quer dizer, de primeira. Subprime significa “segunda categoria” (Não podia dar outra...)

    É assim ó:

    O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decidiu que ia vender cachaça “na caderneta” aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

    Porque decidiu vender a crédito, ele pôde aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (A diferença é o sobre-preço que os pinguços pagam pelo crédito).

    O gerente do Banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

    Uns seis zécutivos de Bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis deste Banco, e os transformam em CDB, CCB, CDO, CDL, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

    Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, LME, NYSE, CBOT cujo lastro inicial todo mundo desconhece (As tais cadernetas do seu Biu).

    Esses derivativos estavam sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

    Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência.

    E toda a cadeia envolvida nestes papéis, se lascou (“sifu”).

    Explicação didática sobre os títulos "subprime" (2)

    Bill comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Bill passou a valer 1,1 milhão de dólares. Aí, um banco perguntou pro Bill se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares.

    Com os 800.000 dólares. Bill, vendo que imóveis não paravam de valorizar, comprou 3 casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares que Bill recebeu do banco, ele comprometeu: comprou carro novo (alemão) pra ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou uma TV de plasma de 636 polegadas, 43 notebooks e 1634 cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Bill, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.

    Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Bill tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham liquidez

    O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil....parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Bill pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Bill percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre.

    Milhões tiveram a mesma idéia do Bill. Tinha casa pra vender como nunca.

    Bill foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais(+) as prestações dos carros, as das cuecas, dos notebooks, da tv de plasma e do cartão de crédito.

    Aí as casas que o Bill comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que neste momento Bill achava que já teria revendido as 3 casas mas, ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Bill havia pago. Bill se danou. Começou a não pagar aos bancos, as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Bill.

    Bill optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Bill entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Bill quebrou. Ele e sua família pararam de consumir.

    Milhões de Bills deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Bills em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Bills esses títulos começaram a virar pó.

    Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos.

    Os imóveis eram as garantias dos empréstimos mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel, preço que despencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não havia compradores.

    Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Bills atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou.

    Com a inadimplência dos milhões de Bills, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Bills pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado.

    O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.

    O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão.

    O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas. Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado, insolvente.

    No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que esperar na próxima segunda-feira.

    O que começou com o Bill hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo poderá dizer o que vai acontecer...

    Abraços,

    Vítor Wilher

    (21) 8704-8164

    http://www.vitorwilher.com

    http://www.transeunte.com.br

    "Educai as crianças e não será preciso punir os homens". (Pitágoras)

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  • Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 23/09/2008 00:00

    Nosso presidente é mesmo uma figura singular. Disse no alto de sua experiência economico-finaceira que o governo americano foi demorado em tomar uma atitude para salvar o seu sistema financeiro. Já ele (Lula) é rápido e ágil em resolver problemas, veja no caso das dívidas rurais, levou apenas quatro anos (sem nenhuma pressäo) para elaborar um super pacote de ajuda aos produtores, os quais estäo novamente capitalizados, com todo o recurso para a próxima safra, com garantia institucional de renda(seguro agrícola, hedge da produçäo), além de estradas, portos, ferrovias, tudo no mais perfeito estado. Por isso ao final do seu mandato (que vai deixar saudade para todos os agricultores, principalmente para quem exporta), ele poderia se naturalizar norte-americano e concorrer äs eleiÇöes para presidente por lá. Caso ganhe, pode ele tirar os EUA da crise e deixar aquele miserável país täo moderno e eficiente quanto o nosso.

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  • Rafael Casonatto Lucas do Rio Verde - MT 23/09/2008 00:00

    milho negociados em Lucas do rio verde, prazo 30 dias a 12,50 reais.

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  • Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 23/09/2008 00:00

    MP 432, traduçäo: Menos Produtores 4..., 3....,2....Tomara que näo façam a MP número 10.

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 23/09/2008 00:00

    Caro Luis Fernando: Se subisse para 14,00 resolveria o seu problema? Acho dificil passar disso até lá, a não ser que haja um grande atraso no plantio da soja no MT -- o que indicaria desde já uma safrinha muito menor... e quando o mercado descobrir o milho poderá subir de imediato... Há noticias também de que os matogrossenses estariam trocando a soja precoce por uma mais tardia, que rende mais porém impede uma BOA safrinha de milho. Outra informação: em Goiás muitas pessoas estão devolvendo sementes de milho por absoluta falta de condição de adquirir adubo, etc... já na soja gasta-se menos e é mais fácil comprar insumos a prazo...

    De um modo geral o milho está sobrando no mercado brasileiro. Só de safrinha foi colhido 5,0 milhões de t. a mais do que no ano passado. Tinha 6,0 quando a safra começou e a colheita do verão foi maior em 3,0 milhões. Com a exportação menor, não obstante o aumento no consumo interno, poderemos ter até 14,0 milhões de t de sobra dia 01/02/2009 que é o dia da troca de nome da safra 2007/08. Como se vê são fatores baixistas para o preço. Aqui, ali e acolá os preços podrão subir em função de escassez local ou então porque estavam MUITO baixos, que pode ser o caso da sua região.

    Colheita no Brasil: Mais de 58,0 milhoes de t

    Att, Telmo.

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  • Luis Fernando Schiavo Tangará da Serra - MT 23/09/2008 00:00

    Sr. Telmo, como ficarão os preços do milho para dezembro? o milho realmente esta sobrando no mercado?

    Tenho uma empresa de representação comercial, fiz algumas trocas e tenho um volume de 10,000 sc de milho, aqui na região (chapadão do parecis MT), estão pagando R$ 12 na saca. Você me aconselha a vender agora? tem bastante milho em minha região, não vou ter custo de armazenagem até 02/09 mas se vender hoje posso girar com o dinheiro... Tenho medo de esperar e continuar o mesmo preço!!

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  • Ezio Antonio Seabra Uberaba - MG 22/09/2008 00:00

    João um saco de milho custar 10 reais , um litro de leite custar 0,60 é uma brincadeira, uma cerverja custa 2,80 e este governo só pensa em canananananannananananananananananananananannananaaaaaaa acorda presidente.

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  • Ezio Antonio Seabra Uberaba - MG 22/09/2008 00:00

    João o agricultor é igual mulher do soldado gosta de sofrer o que acontece aqui si acontecesse la nos gringos argentinos , o bicho ja tinha pegado.La tem macho todos os agricultores si juntam e poem para quebrar mai´s é quebrar mesmo , não fica chorando pelos cantos igual nos agricultores brasileiros. O governo si preocupou mais com os problemas dos agricultores argentinos quando teve o panelaço la do que com os nossos problemas ELE TEVE A CARA DE PAU PARA DE IR LA DAR CONSELHO PARA A PRESIDENTA É O FIM DA PICADA JOÃO ONDE VAMOS PARAR E QUE DEUS NOS AJUDE.

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  • Ezio Antonio Seabra Uberaba - MG 22/09/2008 00:00

    João eu sou agricultor e acho que nós estamos todos cavando a nossa sepultura, a cada ano este governo vem fazendo bonito distribuindo cestas básicas com o nosso suor e ninguém faz nada, a não ser você João que nos ajuda e nos defende. João este governo ele só pensa em cana em dar financiamento para usineiros eles vão la pegam todo o dinheiro e nós ficamos chupando manga. Eu nunca vi o presidente falar da soja, do milho, do feijão, do trigo, ele só fala de cana cana cana cana cana cana cana cana cana cana cannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnaaaaaaaaaaaaaaa. Que DEUS NOS AJUDE JOÃO.

    João, mande um abraço para nós aqui Uberaba, da fazenda Teimosa. É isto mesmo, chama fazenda Teimosa porque estamos teimando. Mas eu cansei, eu acho que não vou teimar este ano, estou com medo. Estou me sentindo acuado, eu acho que a vaca vai para o brejo e não vai sair nunca mais. Que Deus nos ajude.

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  • José Joaquim Francisco de Sousa Guarai - TO 19/09/2008 00:00

    Caro amigo Joao Batista, a tão famosa MP 432 que os nossos representantes da bancada ruralista e a equipe do governo federal, ficaram trabalhando nela quase 2 anos, e nos alimentando de esperança,foi sancionada pelo presidente da republica.Como esta mp 432 nao resolveu nada,nao estria na hora dos nossos representantes começar novamente trabalhar em uma outra medida para 2010? Ja que eles sao muitos lentos, gastaram 2 anos para nao resolver nada,quem sabe sendo ano eleitoral eles conseguem resolver alguma coisa?

    Joao, gostaria de saber se um cliente inadinplente,e que nao tem nada de dinheiro para dar entrada, tem direito a renegociação?

    por favor me responda, pois poderemos ajudar muitos amigos.

    atenciosamente, jose joaquim.

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  • Anderson Gonçalves de Souza Posse - GO 19/09/2008 00:00

    Hoje o dia deveria ser de alívio para os produtores rurais brasileiros. Enfim, a lei que irá resolver os problemas do endividamento saiu!!! Que bom né!!?... Nem tanto, o problema agora só aumentou!!! Agora os produtores terão que arrumar dinheiro para pagar Parcelas de Custeios Reescalonados, Parcelas de FAT Giro Rural (Maioria eram as CPR´s que se alongaram), e ainda, para alguns, 40% das parcelas de investimento de 2008 e, para outros, 100% dessas parcelas. Isso tudo num momento crucial para o plantio da próxima safra, pois ela já tomou grandes recursos dos produtores para compra de insumos, que ficaram muito mais caros, e em alguns casos, até inviabilizando o plantio. Com certeza a opinião pública já nos chama de chorões, afinal foram negociados 75 bilhões de dívidas.

    Acredito que a situação piorou!!! Na prática nada se resolveu. Continuamos sem renda no campo e, para piorar, temos um custo maior das lavouras, estamos sem crédito oficial e redução drástica dos créditos particulares, e uma conta para 2008 que não estamos conseguindo pagar.!!! E acreditem, estou tentando!! Vendendo trator, pulverizador, caminhão. Por falar nisso tenho um caminhão 1113 ano 70!! Quem se interessar me mande e-mail...

    Obrigado pela oportunidade! Abraços!

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  • Gilberto Ferreira Monteiro Junior Uberlândia - MG 19/09/2008 00:00

    Com relação ao projeto que cria selo de qualidade nos trabalhos em lavouras, principalmente na cana, acredito que será uma prática quase impossível de se realizar, pois nenhuma empresa conseguirá atender às exigencias da CLT. E mesmo os trabalhadores não terão interesse em se adequar ao novo método de trabalho, pois eles recebem em função da produção, e com as normas criadas teriam que dedicar parte do tempo aos estudos e ainda teriam diminuída a sua jornada de trabalho. Além disso, as empresas não iriam aumentar a remuneração para que os rendimentos dos trabalhadores continuem no mesmo nível, pois isso demandaria cada vez mais pessoas. Contudo, parece inevitável o avanço crescente da colheita mecanizada, e por essas e outras faço a pergunta que não quer calar: "Onde esses trabalhadores irão empregar sua mão de obra?"

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  • José Eduardo da Fonseca Sismeiro Goioere - PR 19/09/2008 00:00

    João Batista, alguns agricultores da minha cidade estiveram recentemente nos Estados Unidos e constataram que a soja e o milho de lá estão com seu desenvolvimento atrasado devido aos problemas climáticos.Tambem constataram que as cooperativas americanas não dispõem de secadores como as nossas. Devido a esses fatores criou-se uma expectativa qto ao clima, pois a janela de colheita deles é pequena. Gostaria de saber como está a entrada do frio no cinturão de grãos dos Estados Unidos, pois isso pode ser fundamental para os preços aqui no Brasil. Desde já agradeço sua atencão.

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