Fala Produtor
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Leandro Fabiani Rondonópolis - MT 28/10/2008 23:00
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Luis inacio da silva Rio das Outras - RJ 28/10/2008 23:00
Parabens ao dep. Heinze em ter essa preocupação com o produtor, pois é importante proteger os nossos produtos... Gostaria tambem que o nobre deputado e os da bancada "ruralista" (se é que ainda existe) nos proteja é deste governo mentiroso, arrogante, e que usa toda a força deste País, que nós construimos, para agora nos destruir. Chegou a hora dos Senhores Deputados provarem para nós, produtores, que os Senhores não são corruptos, não são vendidos e não negociam em causa propria. É a hora de mostrar trabalho... Não somos nós, produtores, que temos que deixar de trabalhar para ir a Brasilia protestar. São os Senhores nossos representantes ai na Capital, que tem que fazer barulho, que tem a obrigação de sensibilizar seus colegas a ajudar em um movimento para salvar a AGRICULTURA BRASILEIRA, que tanto já fez e faz pelo Brasil. Precisamos de uma demonstração séria da parte dos Senhores deputados e senadores, e que isso se traduza em algo concreto e não em propaganda enganosa como essa MP432 (ridicula). Se isso não ocorrer, eu pelo menos terei certeza que vocês não passam de um bando de corruptos e que só pensam em enriqueceràa custa de nosso voto e de nossa ingenuidade.
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Ruy Aparecido Barbosa Gomes Posse - GO 28/10/2008 23:00
João Batista, sou produtor de soja no oeste da Bahia e gostaria de saber quem vai honrar as negociações de soja a 16 US$/o buschell??. Os agricultores americanos travaram esse valor para suas safras seguintes, pois eles tem essas ferramentas de comercialização a futuro -- coisas que, infelizmente, nós aqui estamos penando.... Muitos se esquecem que daqui há uns meses teremos que nos alimentar.
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Gonçalo dos Reis Salgueiro Batatais - SP 28/10/2008 23:00
João Batista, penso que qualquer produto agricola possa ser vendido por até R$ 0,01 (um centavo), desde que os custos de produção estejam abaixo deste valor para poder propiciar margem de segurança... sem lucro ninguém sobrevive. Não precisamos de crédito e sim de política agrícola. Este setor é sem dúvida o mais prejudicado, pois não se pode apropriar custos e muito pouco agregar valor. Precisamos nos organizar para mudar esta realidade. Estou escrevendo pela primeira vez, e não é apenas para que muitas pessoas leiam. Somente ler e esquer não vale a pena. Isto é um apelo. Gostaria que através deste canal de comunicação, este apelo chegasse até a CNA e ao Ministro (não ministério) da Agricultura. Se não fizermos alguma coisa forte agora, no futuro a maior parte das terras produtivas brasileiras estarão no poder de multinacionais. É preciso defender os interesses com unhas e dentes primeiro dos conterrâneos - o que não vemos. Grato.
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José Walter de Oliveira Sacramento - MG 28/10/2008 23:00
João Batista: Leio todos os dias os comentários dos companheiros e fica claro que, o que falta para nós é uma liderança nacional que fale pelos agricultores, enos dê orientação juridica. E os produtores,s quando lesados por bancos (com a obrigação de adquirir produtos), que os acionem juridicamente, porque isso de obrigação de "operação casada" é um crime. Ai o produtor alega se o fizer, amanhã ele estará fora do banco como cliente e consequentemente do mercado. Por isso ninguém faz nada, por receio, e por isto eles, os bancos, dão em cima para vender seus produtos, goela abaixo.
Aqui teve um caso de um produtor que pegou dinheiro com uma Trading em dolar e na hora de comprar o adubo "obrigaram-no" a comprar da empresa de fertilizante do grupo, o que saiu no dia US$ 230,00 mais caro a tonelada totalizando US$ 61.180 a mais (igual a R$ 134.000,00), o que seria suficiente para conduzir todas as etapas da lavoura, como oleo diesel, funcionários e manutenção. Agora imagina, iniciar uma safra dificil e duvidosa com um prejuízo deste, como encontra ânimo? Em anos anteriores era livre comprar o adubo onde estivesse com o preço melhor, então leia-se que a crise até nisto atingiu o homem do campo.
Enquanto o produtor não se unir estará sujeito e exposto a todas as manipulações do mercado.
Saudações e vamos em frente.
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Anderson Gonçalves de Souza Posse - GO 27/10/2008 23:00
Venda casada legalizada pelo Presidente Lula -- Quando assinou o plano safra 2008-2009, o presidente Lula legalizou a venda casada, ou seja, passou a ser obrigatório a contratação do seguro agrícola, que não funciona. Explico: Todo Custeio agrícola safra 2008-2009 (ou mesmo pré-custeio para a safra 2008-2009 realizado antes de junho), possui em suas cláusulas a adesão ao seguro agrícola, que, para a maioria dos Estados do Brasil, não funciona para nada.
O seguro agrícola custa, aproximadamente, 3,5% para o produtor rural, já descontando o subsídio federal, e cobre, no Estado da Bahia, a produção de 18 sacas de soja por hectare. Deste modo o produtor que acionar o sinistro terá muita dor-de-cabeça para provar que produziu menos que essa quantia, além de ter que provar com notas todos os seus gastos (que devem estar ao redor de R$ 1.500,00/ha), e para receber a diferença do que colheu até a produtividade de 18 sacas de soja por hectare, completando uma renda de R$ 720,00/ha se a sua produção for vendida por R$ 40,00/saca, e a seguradora admitir este mesmo preço para o pagamento da diferença.
Que maravilha hein!!!!! Cobre-se assim 48% do custo de produção.
Há alguns anos pensava-se em cobrir os custos do produtor com o seguro agrícola, e a evolução natural seria o seguro agrícola cobrir e garantir a renda para o produtor brasileiro. Mas ninguém se preocupa com isso... afinal a melhor matéria na mídia para o governo é que já se arrecadou alguns milhões com prêmios de seguros empurrados ao produtor deste País.
Abraços a todos produtores sofredores deste país ingrato!!
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Eduardo Pesenti Foz do Iguaçu - PR 27/10/2008 23:00
Pra vc ver João Batista, vc fala que a China quebra contratos, que a Russia quebra contratos, agora são as Cooperativas e Industrias do Oeste Catarinense e Paranaense que compraram milho safrinha do Paraguai antes da baixa e agoram se recusam a receber os grãos querendo quebrar contratos. No ano passado o Paraguai exportou para estas mesmas industrias e cooperativas o milho que no inicio da colheita estavam em um preço e chegando perto das entregas estavam com preços muito superiores e em nenhum momento se cancelou contratos.. Caso se tenha duvidas desta denuncia é só conferir com os corretores da região.
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Paulo César Cano da Silva Sacramento - MG 27/10/2008 23:00
Meu Caro João Batista, vendo está ultima reportagem na 1º Edição sobre crédito agricola, não se esqueça que além da dificuldade do crédito, quando se consegue esses recursos, os Bancos também fazem você comprar produtos do banco como Ouro Cap, Seguro de Vida, além de outros produtos.. E com isso chega até 10% do valor do crédito. Só para você ter uma idéia, se você fizer um Ouro Cap de R$1000,00, em três anos ele te dá um lucro de R$41,00 ou seja 4.1% em três anos.
Um Abraço
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Telmo Heinen Formosa - GO 27/10/2008 23:00
Apesar de sempre negado (o presidente Lula ainda dizia: "Crise? Que crise? Pergunta para o Bush!"), de medida em medida, já temos 22 - entre elas DUAS Medidas Provisórias [442 e 443]. Portanto, "O Pacote do governo existe e tem duas MPs poderosas...".
Na minha opinião no entanto, ela [a crise] será o grande "bode expiatório" de tudo que já estava por acontecer: a) Venda de milhões de carros financiados em 60, 72 e 84 meses - constituiam um crescimento "ôco"; b) Não acreditar que os altos preços das commodities agricolas eram uma exuberância irracional; c) Não se lembraram que a partir de 2008 teríamos a vigência plena do Acordo da Basiléia; d) Tudo começou com aquele papo de que os biocombustives estavam deslocando a produção de alimentos. Lentamente os preços recuarão porque estavam artificialmente altos e esta queda será pela maioria atribuida à CRISE americana. A diminuição do crédito em função do rigor da classificação de risco... quem vai levar a culpa? A crise dos EUA...
Por falar em CRISE, na linguagem "mandarim" a palavra CRISE é representada pela junção de dois (2) outros ideogramas. Problema + Oportunidade.
E assim caminha a abestalhada humanidade. No Mês que vem certamente o assunto predominante será outro...
O ESTADO DE S. PAULO - SP
O presidente Lula liga os pacotes dos governos anteriores a medidas para prejudicar trabalhadores
A obsessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em diferenciar o seu governo da gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso atingiu o paroxismo na atual crise financeira internacional e produziu duas atitudes políticas que marcam todos os pronunciamentos públicos. O governo insiste que não baixou e não vai baixar nenhum pacote - só "medidas pontuais, e tantas quantas forem necessárias". A outra compulsão, a de negar a gravidade da crise e compará-la ao efeito de uma "marolinha" já foi abandonada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), mas o presidente Lula só confessa o temor da recessão em encontros reservados.
A prática de baixar pacotes anticrise e editar planos de combate à inflação marcou os governos José Sarney (1985-1990), Fernando Collor (1990-1992), Itamar (1992-1994) e FHC (1995-2002). Em 17 anos - do governo Sarney da transição democrática ao último ano do segundo mandato de Fernando Henrique -, o Brasil foi moldado pelos Planos Cruzado, Verão, Bresser, Collor e Real, além de pacotes para enfrentar, entre outras, as crises do México (1994-1995), da Ásia (1997-1998), da Rússia (1998) e da Argentina (2001-2002).
Ainda que a contragosto político, o governo Lula também já tem o seu pacote para combater a "crise do subprime", ou, como prefere dizer o presidente, para enfrentar os efeitos do "cassino financeiro dos ricos". De meados de setembro até a semana passada, Planalto, Fazenda e Banco Central assinaram e baixaram um arsenal de medidas que inclui duas supermedidas provisórias (442 e 443), três resoluções, um decreto e dezenas de outras providências a granel para liberar compulsório dos bancos, dinheiro para financiar a agricultura e as exportações e leilões de dólares para segurar o câmbio.
Ao todo, 22 decisões foram pontualmente focadas na crise, quase a metade do total de medidas adotadas em 1998, na crise da Ásia, quando o governo FHC baixou o Pacote 51 - batizado com o número total de providências divulgadas.
As medidas provisórias do governo Lula não deixam dúvida sobre a magnitude da crise e a dose do remédio a aplicar: a MP 442 transformou o BC em um hospital aparelhado para socorrer bancos com toda a liberdade e todos os instrumentos emergenciais necessários - tudo bancado pelo Tesouro Nacional e com menos vigilância do Congresso do que o Proer do governo FHC. A MP 443 dá poderes ao Banco do Brasil e à Caixa para comprar o que for necessário e for um bom negócio em matéria de bancos, financeiras e carteiras previdenciárias até o limite da estatização.
Os sinais da crise deste ano começaram a aparecer entre 2004 e 2006. Em abril de 2007, com a exposição dos papéis podres do mercado americano de hipotecas imobiliárias e as primeiras concordatas (New Century Financial), o cenário ganhou contornos de crise bancária sistêmica.
Com a quebra do banco de investimentos Bear Stearns (julho de 2007) e o resgate das gigantes hipotecárias dos EUA, a Freddie Mac e a Fannie Mae, e a falência do Lehman Brothers, em setembro passado, o sistema bancário travou. Um dia depois da concordata do Lehman, o presidente Lula ainda dizia: "Crise? Que crise? Pergunta para o Bush!".
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Waldir Sversutti Maringá - PR 27/10/2008 23:00
DIPLOMA DE ASNO - Segundo a imprensa noticiou, as empresas Sadia, Aracruz e Votorantim especularam com a moeda americana e se deram muito mal. Também pudera, não aprenderam com Cacciola ! Em pleno século 21 seguiram o exemplo do italiano e especularam na contra mão ! Difícil de acreditar que ainda existem “dirigentes financeiros“ que não enxergam um palmo na frente do nariz e estejam à frente de empresas com esse poder de operações no mercado.
Diferentemente de Cacciola, que não tinha lastro para especular vendendo dólar a R$ 1,23, quando os fatos indicavam que, apesar de Gustavo Franco e FHC dizerem que não haveria máxi, o mercado indicava que a mesa de operações do BC seria estuprada e foi, essas empresas devem ter operado com garantias e provavelmente terão que honrar as coberturas negativas que suas operações exigirem, para que as instituições que bancaram essas loucuras não venham jogar os prejuízos no colo da viúva, como aconteceu com o BC em fev/1999.
Com o dólar defasado em m/m 50% em relação ao valor que deveria estar hoje (R$ 3,30), a “brilhante e burra” idéia de se protegerem vendendo posições em dólares parece uma piada de extremo mau gosto. Por acaso não tomaram conhecimento do intenso clamor dos produtores rurais e exportadores reclamando dessa política mal cheirosa de confisco cambial branco para fazer caridade com a população às custas do sacrifício dessa laboriosa classe. Não se deram conta e nem desconfiaram que a malandragem poderia não se sustentar. Uma barbaridade ! Como pode ?
Daqui para frente é bom as Universidades criarem também uma nova categoria de diplomas para distinguirem os executivos que colocarem em xeque o bom nome e as finanças de empresas, como as acima citadas, com especulações perigosas: “ DIPLOMA DE BURRO “
Outra empresas terão muitos prejuízos com cambio: As importadoras e distribuidoras de fertilizantes. É pouco provável, como recomendaria a prudência por exemplos recentes, que essas empresas tenham feito hedge A D Q U I R I N D O dólares para se protegerem das dívidas em dólares contraídas ao importarem os fertilizantes desta safra. Acho que suas margens de lucros nas operações de mistura e distribuição desta safra se esvairão com essa nova cotação, caso essa moeda não baixe até seus vencimentos.
waldirsversutti.blogspot.com
www.imobiliariarural.net
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Renato Ferreira Dourados - MS 26/10/2008 23:00
O nosso defeito é ser trabalhador.
Amigos produtores !!!
Caiam na real, vamos parar de aumentar área, de comprar equipamentos desnecessários, deixar de plantar em terras mais fracas, e colocarmos o nosso suor em cima de terra mais melhores, e mais rentáveis.
Vamos parar de sustentar Vendedores, corretores, atravessadores, e de um modo geral
PARASITAS DO AGRONEGÓCIO com o nosso suór.
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Anderson Gonçalves de Souza Posse - GO 26/10/2008 23:00
INDIGNAÇÃO TOTAL
VEJAM: “O economista da LCA, Fernando Sampaio, explica que o problema só afetou diretamente, por enquanto, as empresas que realizaram operações financeiras "muito arriscadas" relacionadas a câmbio, como Sadia, Aracruz e Votorantim.”
"Qualquer governo tem a responsabilidade de zelar pelas expectativas. Remar contra o pessimismo é papel do governo em qualquer lugar", afirmou.
Mesmo avaliando que a situação não é das melhores, principalmente para empresas que têm suas vendas baseadas em crédito - como a idústria automobilística, setor de construção etc - ele acredita que cabe ao empresário ter jogo de cintura para não deixar que o medo acabe tirando sua empresa do mercado.
Fonte: Redação Terra
Não sou contra a ajuda do governo, contudo contra a ajuda apenas quando as Empresas que especularam com ações arriscadas relacionadas ao Câmbio e não ajuda aos AGRICULTORES que não especularam nada, e foram vítimas de 3 anos consecutivos de valorização do real e com isso nos colocando no endividamento que estamos hoje. Como se destina mais de 50 bilhões de dólares para ajudar especulações e quem produz não tem o mesmo tratamento, não adianta dizerem que houve renegociação de 75 bilhões de reais, porque foi tudo um imenso engano. A renegociação não ajudou ninguém que passa por dificuldades da crise agrícola gerada nos 3 anos de valorização do real.
Um grande Abraço!!
PS: Lideranças dos produtores!! GRITEM!!!!! Por favor nos represente!
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Telmo Heinen Formosa - GO 26/10/2008 23:00
Crise – vamos tirar o “s” desta palavra.... e usar o verbo! (Vejam as duas ultimas páginas abaixo, sem falta...)
Como é que a Agricultura foi tão rápido do Céu para o Inferno? Simples de responder: O aludido céu era F A L S O , puro abobalhamento midiático! Ilusionismo!
Crise – seminário tendências consultoria – onde estamos e para onde vamos – SP dia 24.10.08
Estágios da crise – cenário internacional – Marcio Nakane:
1. sub-prime
2. contaminação resultados bancos EUA e União Européia
3. abalo mercado de crédito – diminuição sensível do fluxo de capitais ao Brasil faz o câmbio disparar
4. impacto na economia real
5. economias dos países emergentes começando a apresentar problemas acentuados ( Rússia, Islândia,África do sul etc.. )
6. tamanho impacto da crise nos emergentes depende do grau de recessão nos EUA e União Européia.
7. crescimento mundial em desaceleração ou recessão vau afetar o PIB Brasileiro
8. Bancos Europeus vão ser muito afetados também pela exposição a riscos que tiveram no mercado derivativos e economias emergentes.
Estágios da crise – cenário doméstico:
1. previsão tendências:
a. Cenário básico – crescimento PIB de 3,2 % em 2009 (ante os 5,4 de 2008) e em 2010 PIB retoma crescimento anterior a crise – tendências é mais otimista que outros cenaristas pois olha para os fatores que sustentam o crescimento do país está calcado no aumento da relação crédito/pib , mercado interno e índice de emprego , não havendo tendência de deterioração destes fundamentos .
b. Cenário Pessimista – crescimento do PIB em apenas 2,5% em 2009- Probabilidade de ocorrência do cenário pessimista aumentou , porém não existem sinais de derretimento da economia real mundo e no país.
2. análise das recentes medidas brasileiras para lidar com a crise:
a. medida provisória 443 – permissão para BB e Cef adquirir bancos privados:
i. existe algum banco privado com problema técnico que justifique esta permissão? Acreditam que não e se existisse o governo deveria fazer o que está sendo feito nos EUA e União Européia, isto é aumentar o seguro depósitos nos bancos.
ii. qual a motivação então? Aumentar a participação do setor público neste setor. Acreditam que sim , em função do viés político deste governo.
b. medida provisória 443 – permissão para Cef criar a CEF –Participações: A permissão para a CEF adquirir ou participar de empresas da construção civil é vista com antipatia pois existirá conflito de interesse , visto a CEF ser o maior financiador de crédito imobiliário do país e na hora de aprovar créditos poderia privilegiar imóveis destas empresas. Entendem que o BNDES é que deveria ser fortalecido para esta função através do BNDES PAR.
c. Giro de 10 bilhões para empresas independente do setor – entendem que esta função deveria ficar com o BB e CEF, portanto está havendo uma inversão de papéis.
i. Condições da linha de Crédito segundo Cláudio Bernardo:
1. prazo 12 meses
2. Selic + 1,1 aa + spread agente repassador para pequenas e médias empresas e Selic + 1,6%aa + spread do repassador para grandes empresas.
3. Setores que mais serão afetados pela crise no Brasil:
a. Aquelas que dependem mais de duas vendas para os EUA e Europa, bem como China no caso de commodities.
b. Empresas pequenas vão sofrer mais pela dificuldade de acesso a crédito ( aversão a risco de crédito pelos bancos neste momento e pela maior seletividade)
4. Cenário do dólar:
a. 1,95 no final de 2008
b. 1,90 no final de 2009
5. Empoçamento da liquidez nos grandes bancos- grandes bancos brasileiros estão muito líquidos e ao invés de emprestarem aos pequenos no interbancários preferem aplicar em títulos federais e operar de maneira seletiva no crédito.
Dinâmica Mundial segundo Samuel da Tendências consultoria
1. Antes da crise do sub-prime o mundo estava sob a égide de um fenômeno único de crescimento, mais importante inclusive que a revolução industrial. Isto acontecia devido a capacidade Chinesa de poupar cavalarmente 45% do seu PIB, poupança esta muito superior a capacidade chinesa de implementar investimentos produtivos nesta mesma proporção, gerando um enorme superávit que estava sendo aproveitado pelos EUA para financiar seus investimentos produtivos.Este ciclo está no fim? Quem sabe? A tendência é que perdure por no mínimo mais 10 anos, devendo ser retomado após o término da fase mais aguda da crise em andamento.Este ciclo provocou Queda de juros e aumento da commodities em função do acréscimo da demanda.
2. Causas da crise atual: A crise do sub-prime não foi causada pelo fenômeno acima e sim por elevada irresponsabilidade de emprestar para quem não tinha condições de pagar, embalada por apoio de coalizão política nos EUA e ganância dos criativos bancos de investimentos de Wall Streat através do refinanciamento múltiplo via derivativos. A crise continua e está se acentuando pois afetou os balanços dos bancos que por sua vez provocou crise de crédito.
3. Como a crise cruzou o equador? Via transações correntes que contaminam os demais países. A saída de capitais do Brasil foi muito superior a esperada, tendo sido muito influenciada pela quebra do Lehman Brothers que deu início a derrocada das bolsas mundiais.Antes desta crise, nos últimos 24 meses, as empresas brasileiras usavam 80 bilhões de linhas do exterior para se financiar. Estas linhas secaram e agora as empresas tem que se virar no mercado interno, o que está provocando aumento significativo dos spreads bancários.
4. Apesar de toda crise a china deve crescer 7% em 2009 no pior cenário, porém isto não é suficiente para recuperar 100% dos preços das commodities.
5. Como enfrentar esta crise:?
a. A crise em curso só acontece a cada 50 ou 100 anos e função do seu tamanho e por ser um fenômeno que não se repete, não existe a mínima possibilidade de criar-se modelos econométricos para prevê-las.Estamos no meio da fase mais aguda que já dura 30 dias e se o mundo conseguir sair desta fase aguda nos próximos 30 dias, o cenário de crescimento de 3,5% em 2009 pode se confirmar.A grande dúvida para 2009 no Brasil é como resolver a falta de financiamento das transações correntes.
b. Política Fiscal do atual governo, ao contrário do que é propalado por alguns não existe farra fiscal, pois a evolução dos gastos públicos em 2008 com salários e custeio tem sido menor que o crescimento do PIB, havendo superávit primário de 4% nos últimos 6 anos.
c. Choque de juros em curso: O Aumento da Selic contamina todo o resto da economia e se não parar o bicho vai pegar, pois conjugado com a crise de crédito para transações correntes, joga todas as taxas para cima, prejudicando a competitividade das empresas brasileiras.
6. Conclusões:
a. PIB deve crescer 3,2% em 2009 e a principal causa é a redução da oferta de crédito e é claro redução demanda /comércio internacional. No PIOR CENÁRIO O PIB CRESCE SOMENTE 2,5%. A probabilidade deste cenário pessimista ocorrer aumentou, pois os EUA e Europa já estão em recessão.
b. Consequentemente a tx de desemprego deve aumentar de 8 para 9 a 10 %.
c. Governo brasileiro não deverá editar medidas protecionistas pois não é recomendável, visto que o mercado não aceita e pode ser tiro no pé.Argentina adotou este caminho e está se dando mal.
d. A gangorra dos últimos anos deve continuar ou seja quando as commodities sobem o dólar cai e vice versa.Neste momento de crise a tendência é de valorização do dólar e queda das commodities.
e. O nível de emprego vai ser afetado fortemente
f. Muitas dúvidas ainda persistem sobre a reconstrução do sistema financeiro mundial - ninguém sabe como vai ficar.
g. O governo brasileiro vai tentar manter financiamentos do PAC para obter efeito anti-cíclico na economia que tem tendência de queda expressiva neste momento e isto tem objetivo de atenuar a crise.
h. A China deve manter sua capacidade de poupança de 40% do PIB e a grande incógnita é se ela vai ter capacidade de reverter esta poupança em investimentos produtivos , inclusive via agregação de mais tecnologia aos seus produtos.
i. O Brasil assim como os EUA que são economias que poupam pouco e por isso são muito dependentes de financiamento externo se não conseguirem reverter a tendência atual de fluxo vão ter na falta de crédito um dos principais fatores da redução do crescimento.
j. A Argentina , então sofrerá muito mais, pois além de tudo está com risco país em 1600 pontos que é nível de Calote ( novo) e é uma questão de tempo para a crise pegar pesado com o país vizinho, que além de tudo não faz investimento produtivo e investimento em infra-estrutura a muito tempo. Quem for muito dependente de vendas para este país deve se cuidar com diminuição do mercado e impagamento devendo cercar-se de garantias .
k. O preço das commodities tende a melhorar em 2009 devido a restrição de oferta mundial, devendo a recuperação ser iniciada no I semestre de 2009. Somente uma nova revolução verde poderá estabilizar os preços das commodities agrícolas. Esta revolução é improvável a curto prazo.O Brasil deve ser grande ganhador com esta tendência até a revolução verde acontecer. A revolução verde prevê a produção de biocombustíveis com produtos não alimentícios conforme teoria da nova revolução verde proposta pelo autor Thomas Friedman - vejam a matéria abaixo da última revista exame:
Um pacote verde ( revolução verde ) para sair da crise ?
16/10/2008
Em novo best-seller, o americano Thomas Friedman propõe que uma corrida tecnológica em busca de energia limpa seria capaz de reerguer os Estados Unidos
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Por Angela Pimenta
A combinação de uma das crises mais agudas de todos os tempos com as eleições presidenciais americanas aqueceu o debate sobre como o desastre atual poderia ter sido evitado. O novo best-seller do jornalista do The New York Times Thomas Friedman coloca lenha nessa discussão. Segundo ele, uma agenda verde teria evitado a atual bancarrota e a desmoralização internacional do país. Em vez de torrar trilhões de dólares na Guerra do Iraque e no mercado imobiliário nos últimos cinco anos, os Estados Unidos deveriam ter investido pesadamente em novas fontes de energia. O livro Hot, Flat and Crowded - Why We Need a Green Revolution and How It Can Renew America ("Quente, plano e congestionado - Por que precisamos de uma revolução verde e como ela pode renovar a América"), recém-lançado nos Estados Unidos, já chegou ao topo das listas de mais vendidos por lá. Na obra, que deverá ser publicada no Brasil em 2009 pela editora Objetiva, Friedman tenta demonstrar que ainda há tempo de iniciar essa revolução verde. Além de livrar o mundo dos efeitos do aquecimento global, essa busca poderia servir como uma versão do século 21 para o New Deal, o conjunto de políticas de estímulo econômico adotadas pelos Estados Unidos durante a Grande Depressão.
Há três anos, Friedman tornou-se mundialmente conhecido com o best-seller O Mundo é Plano, que vendeu cerca de 10 milhões de exemplares ao dissecar o fenômeno da globalização em linguagem acessível ao grande público.
Desde então, tanto em suas colunas de jornal quanto em freqüentes aparições no rádio e na TV americanos, ele tem batido na mesma tecla: a de que seu país enfrenta três desafios hercúleos.
Os dois primeiros - e mais evidentes - são o declínio econômico e o desprestígio internacional. Friedman destaca as tragédias climáticas, como furacões e enchentes causados pelo aquecimento global, como o terceiro problema a ser vencido.
Num planeta cada vez mais quente, plano e superpovoado, Friedman defende que os Estados Unidos - a despeito de todas as suas mazelas, que segundo ele resultam em boa parte de uma atuação desastrosa de George W. Bush - ainda representam a única nação do mundo apta a liderar uma revolução verde. Ele demonstra que o país seria um dos maiores beneficiados com a adoção da causa.
Além de evitar os efeitos catastróficos do aquecimento global, Friedman argumenta que essa bandeira pode mudar padrões indesejados de relações econômicas e geopolíticas ao longo das próximas décadas. Um bom exemplo são os atentados terroristas suicidas perpetrados por militantes fundamentalistas islâmicos. "Quem financia o terrorismo? Recursos vindos de ditaduras petrolíferas como a Arábia Saudita, hoje cada vez mais rica graças ao preço estratosférico do barril pago pelos americanos e o resto do mundo", afirma ele.
Uma mudança tecnológica, que tornasse o petróleo uma coisa do passado, poderia romper esse ciclo. A maior virtude do livro não está no diagnóstico do problema, e sim na agenda proposta por Friedman. Para dar conta de tamanha missão, ele foi buscar respostas com um time estelar de entrevistados, gente como o ex-cientista-chefe do Banco Mundial Robert Watson, o fundador da Microsoft, Bill Gates, o presidente mundial da General Electric, Jeffrey Immelt, e o ex-vice presidente americano Al Gore.
Segundo esse pessoal, para tornar um novo pacote verde possível, o governo americano deveria começar a taxar pesadamente a importação de petróleo, estabelecendo um piso para o barril. Tal política funcionaria assim: o Congresso aprovaria uma lei estabelecendo o preço do barril em 100 dólares. Sempre que a cotação internacional do petróleo caísse abaixo desse patamar, o governo americano cobraria uma sobretaxa - de modo a manter o preço em 100 dólares. A lógica é evitar que os investimentos em novas tecnologias substitutas esfriem no caso do petróleo se tornar mais competitivo. Essa taxa seria rateada entre o consumidor final e também pelos produtores - em forma de impostos de importação. A receita gerada pelo novo sistema, estimada por Friedman em alguns trilhões de dólares ao longo das próximas décadas, seria canalizada para institutos de pesquisa, universidades e empreendedores privados envolvidos com pesquisa de ponta em energia solar, eólica, motores elétricos e biocombustíveis.
Com medidas como essa, segundo Friedman, os Estados Unidos dariam um sinal exemplar ao mercado mundial, incentivando a adoção maciça de fontes limpas de energia e ao mesmo tempo penalizando os combustíveis fósseis, os maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa.
Para Jeffrey Immelt, da GE, é necessário que esse tipo de sinal seja claro e duradouro. "Os grandes investidores não irão fazer uma aposta multibilionária num mercado que dure apenas 15 minutos", afirma o executivo no livro. Num sistema capitalista, diz Friedman, não caberia ao governo decidir quais seriam as novas tecnologias vencedoras. Tal tarefa caberia às próprias lideranças científicas e ao setor produtivo, capazes de selecionar os projetos de novas fontes de energias mais promissores.
Friedman, aliás, condena a distorção gerada pela concessão de subsídios aos produtores de etanol de milho do Meio-Oeste americano. Tais subsídios seguiram critérios políticos - e acabaram afetando negativamente o mercado. No começo do ano, a expansão subsidiada da produção de etanol de milho causou um aumento repentino nas cotações globais do grão. O resultado foi uma gritaria de proporção mundial, que levou multidões às ruas da Indonésia ao México em protesto contra a inflação dos alimentos.
Friedman também se declara contrário às tarifas impostas pelos Estados Unidos à entrada do etanol brasileiro no país - embora não acredite que os biocombustíveis sejam uma alternativa suficiente para a substituição do petróleo em escala global. "Para um país como o Brasil, que tem uma quantidade tremenda de terra e grandes plantações de cana, os biocombustíveis fazem sentido", diz. "O mesmo pode ser verdade para outros países dos trópicos, da África ao Caribe."
Mas no caso de países de clima temperado Friedman sustenta que apenas uma nova geração de biocombustíveis, obtida de plantas não alimentícias e do lixo orgânico, possa se revelar bem-sucedida em larga escala.
Além de abordar a eficácia do etanol brasileiro, Friedman discute a expansão do agronegócio no Centro-Oeste e na Amazônia. Durante uma visita ao Pantanal, que ele descreve como uma Arca de Noé povoada por jacarés, araras-azuis, tucanos e emas, o autor se convenceu de que a região é uma das vítimas da globalização. O jornalista argumenta que o aumento da área plantada de soja na região tem contaminado os rios que alimentam o Pantanal com resíduos de fertilizantes e defensivos agrícolas. Friedman também condena o projeto dos governos brasileiro e peruano para fazer a rodovia Transoceânica, na selva Amazônica, que pretende ligar a capital do Acre, Boa Vista, ao porto de San Luis de Marcona, na costa peruana.
Longe de ser um militante xiita, Friedman advoga que seu pacote verde e a defesa da causa ecológica são a melhor resposta capitalista ao aquecimento global. "Se souber liderar uma genuína revolução verde, os Estados Unidos estarão cumprindo a mais ambiciosa missão já enfrentada pela humanidade em tempos de paz." E, de quebra, vão arrastar o país para fora da crise.
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Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 25/10/2008 23:00
Concordo plenamente com o Telmo no tocante à comercializaçäo. No pico de alta dos insumos tínhamos preços remuneradores nas bolsas de mercadorias. Mas com informaçöes distorcidas dos "semi-deuses da economia" de que os patamares de preços seriam sempre altistas - "por causa disto e daquilo" - achou-se que o céu era o limite. Agora, mais uma vez estamos com a batata quente na mäo. É impressionante como nestas horas somos bombardeados com informações requentadas, fantasiosas e catastróficas. Praticamente nada mudou na oferta e demanda mundial, mas os preços em dólar da soja caíram pela metade.
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Domingos Ribeiro de Andrade Bom Sucesso - MG 25/10/2008 23:00
A produção de alimentos sempre foi prioridade em nosso planeta. Nos últimos anos o governo, envaidecido pelas descobertas de petróleo e pelo bom momento da economia mundial, tratou a agropecuária com total desprezo; com excessão do PRONAF ou de outros programas populistas. De outro lado, a valorização do real e a alta dos insumos tirou a renda dos produtores. Enquanto isso, o governo assiste à alta dos fertilizantes de braços cruzados. Se isso o preocupasse, abriria mão de impostos, implantaria novas fabricas de uréia ou subsidiaria os preços. O preço do óleo diesel subiu mais que o da gasolina. Temos um ministro da agricultura que não fala a mesma lingua do produtor e nossas lideranças estão apáticas.
Observo as opiniões relatadas no site que quanto mais se produz, maior o tombo. De norte a sul, produtores enviam mensagens relatando seus prejuízos.
Agora vem a crise mundial que vai abafar a crise que já estávamos enfrentando. O governo vai continuar omisso e nossas dificuldades aumentarão. Acredito que a partir de 27/10/08, depois do resultado do segundo turno, o governo descerá do muro e a população urbana tomará conhecimento real da crise.
Me sinto um ser microscópico nesta onda dos "bilhões". É impressionante a quantidade de bilhões de dólares que se escuta em cada discurso proferido por governantes, dirigentes e analistas de mercado.
Não me recordo de ter acompanhado situação semelhante nesta em minha simples vida de mortal.
Uns dizem que disponibilizam "bilhões"". Outros dizem que precisam "bilhões". E não acontece nada???.
Será que vocês tem idéia do que significa "UM BILHÃO DE DOLARES"?
Eu não. Acredito que você (mortal como eu) também não. E, pior, suspeito que nem os que falam destes "bilhões" sabem exatamente o que isso significa.
De qualquer maneira acho que a moda pega. Outro dia uma produtor me disse que prevê para este ano colher nos seus 100 hectares o equivalente a 4,3 bilhões de grãos de soja. Considerando o peso de 1000 grãos até acho que ele tem razão.
Tudo é questão de escala.
Leandro Fabiani