Fala Produtor

  • Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 07/10/2008 00:00

    Gostaria de saber como säo operados os contratos de opçöes na BM&F/Bovespa, pois estamos mais uma vez vendo os preços derreterem e a imensa maioria dos agricultores (na qual eu me incluo) estão sem a proteçäo de seus preços para a próxima safra. Até há pouco tempo tínhamos preços de soja e milho nas alturas, mas com este tipo de contrato pouco divulgado, o preço passou e muitos ficaram apenas assistindo. No mercado futuro, as chamadas de margens para ajuste diário eram muito altas por causa da grande volatilidade. E, nesse caso, a maioria dos produtores brasileiros, já descapitalizados, näo teriam caixa para bancar ajustes e ajustar posiçöes negativas, caso fosse necessário. Aí vai uma opiniäo: Por que o Banco do Brasil näo habilita corretoras credenciadas na BM&F para que, trabalhando em conjunto, possam divulgar este mecanismo menos complexo e mais seguro de proteçäo de preços, evitando assim renegociaçöes, atrasos e dores de cabeça na hora de liberar finaciamentos?

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 07/10/2008 00:00

    Prezado Wilson, minha resposta é intuitiva. Mesmo que caia bastante em Chicago, aqui permanecerá acima da paridade ou seja, mais alto do que em Paranaguá para exportação. O resto da variação ocorrerá em função da variação cambial. Lembre-se no entanto que haverá um dia em novembro/dezembro a partir do qual as indústrias páram para manutenção e só reabrem na outra safra. A cada dia que passa os vendedores de soja que restam, não vendem barato. Att, Telmo.

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  • Wilson Roberto Dagnoni Londrina - PR 07/10/2008 00:00

    Olá Telmo, eu sei que você não tem bola de cristal, mas sei que você tem muita experiência no ramo. Gostaria de saber sua opinião sobre o preço da soja epara o final de novembro, me dê um parametro. Abraço

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 07/10/2008 00:00

    Ola boa tarde amigos do noticiaas agricolas, aqui e Silvio Marcos Altrão Nisizaki, Coromandel-MG, estamos muito interessados na entrevista do Sr. João Abrão, sobre a prorrogação das CPRs de café.<br />

    Por favor Sr. João se puder nos mandar por email [email protected], as normas para podermos auxiliar nossos cafeicultores junto aos bancos, para que estes entendam e aguardem as normativas para prorrogação das dividas<br />

    obrigado

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  • Luis inacio da silva Rio das Outras - RJ 07/10/2008 00:00

    Nós agricultores temos, diante desse novo tempo em que vivemos, mudar a nossa postura. Não podemos mais apenas chorar e reclamar, é ridiculo. Nós somos o fiel da balança, vamos produzir e produzir bem. Não há nada que possa atrapalhar uma boa produtividade, se não for possivel plantar toda a área plante o que for conveniente para poder tratar bem e não se iluda. Dinheiro tomado de banco jamais irá trazer prosperidade. E lembrem-se do mais importante: Bolsa de Valores é pra picareta .Agricultor que é agricultor não pode especular com o dinheiro. Nosso dinheiro não é pra isso. Todos que estimulam o agricultor a se enfiar na bm&f tem na verdade outros interesses...

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 07/10/2008 00:00

    Prezada Lília, como foi que deixaram isto acontecer? Vender agora ou não depende do preço em que se encontra. Você não citou... É sabido a alguns meses de que haveria muita sobra de milho no Brasil nesta safra 2007/08 por uma razão muito simples. A maioria das noticias de que falta comida no mundo são meias verdades e para mim, mentiras inteiras. Basta saber fazer contas. Vou enviar um levantamento mundial de milho, trigo e soja - os estoques variam um pouco, como sempre variaram... Está previsto sobrar no Brasil, 14 milhoes de t ou mais uma vez que não estamos exportando nada. Em Chicago ontem o preço fechou a 11.00 dólares/sc para milho já embarcado no Navio em Paranaguá. E deve cair mais... todavia nosso preço interno poderá sofrer reação conforme a sua localização, procura por fábricas de ração etc... Portanto, como proceder? Utilize as informações e raciocine com base em sua região. Att, Telmo.

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  • Lilia Cristina Alves Peixoto Mineiros - GO 07/10/2008 00:00

    Caro Telmo Heinen, estamos desesperados com o preço do milho. Temos um pouco e gostaríamos de vender, eu só queria saber se vai ter melhora no preço e quando devemos vender...Tudo subiu e o preço de venda do milho caiu muito. Como devo proceder....Tenho que esperar ou as coisas vão piorar.

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  • Pedro Vidotto Cruzeiro do Sul - PR 03/10/2008 00:00

    João Batista, por quê a Globo anuncia uma super-safra de grãos de 146 mihões de toneladas, mas não diz nada quanto custa para se produzir essas 146 milhões de toneladas??? João, pergunte ao pessoal da Globo se eles sabem quanto custa uma tonelada de adubo?? Será que eles sabem que em 2007 compramos uma tonelada de adubo com 20 sacas de soja, mas que hoje precisamos de 45 sacas para comprar a mesma tonelada de adubo?? Aproveite para perguntar também se eles se sabem que o custo de produção subiu em torno de 50% neste ano??? Isto eles não dizem, porque se dissessem não engrandeceriam a notícia, não é mesmo??!!!

    João, diga a eles se sabem que o milho custa 17 Reais para se produzir, e que o máximo que conseguimos na venda são 18 Reais... Enfim, quem não sabe nada de agricultura seria bom tambem que não dissesse nada. Obrigado.

    abraços.

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA 03/10/2008 00:00

    João Batista, tenho acompanhado nos últimos três anos muitos conselhos de analistas sobre o que fazer para obter renda na agricultura. Planto soja no Maranhão, a 300 Km do Porto de Itaqui, e por isso estaria numa posição privilegiada. Além disso, o clima aqui em Brejo, Baixo Parnaiba maranhense, veio se comportando bem durante este periodo. Enfim, seguindo os conselhos, no primeiro ano travei o preço quando achei que estava bom, mas o câmbio se deteriorou... continuei travando no outro ano, o cambio derreteu; o preço subiu mais, e ninguem mais quis travar... Agora, neste plantio, os custos subiram e os preços derretem. Acho que, finalmente, achei a solução para o dilema: vou convocar todos os agricultores deste Pais a utilizar os recursos que tenham para comprar soja, em seguida deflagar uma paralisação do plantio, e, com isso, provocar um grande aumento nos preços. E aí é só faturar em cima dos especuladores... Só assim pagaremos nossas contas. O que você acha ?

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  • Jackson Luis Birck Cerro Largo - RS 03/10/2008 00:00

    Olá João e amigos produtores de todo o Brasil, nós, produtores do Rio Grande do Sul estamos muito indignados com o preço do leite que estamos recebendo há mais de três meses, pois há produtores que recebem menos de R$0,30 centavos por litro produzido, sendo que estamos tendo um custo de produção em torno de R$ 0,45 a R$ 0,55 por litro todos os dias. Nós só queremos receber o valor justo pelo leite produzido com tanto suor e sacrificio todos os dias - faça sol ou faça chuva e ainda de segunda a segunda... e é assim que somos tratados: com preços baixos.

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  • Romelio Riediger Diamantino - MT 03/10/2008 00:00

    Olá! João Batista, eu queria fazer uma sugestão dos economistas do Banco Central: por quê o governo não pega as dividas dos agricultores e as transforma em títulos públicos??? Colocando-as no mercado de longo prazo, os especuladores iriam comprar estes títulos, não é mesmo?? Já que a crise não afeta o Brasil, como diz o Mantega, e que o mundo está de olho no Brasil, então essa seria uma forma de eles investirem aqui. Ah! ia me esquecendo: eles só querem saber de ganhar com nosso juro, que é altíssimo e da nossa Amazônia. Acorda governo, o Brasil precisa quebrar para acordar!!!. Obrigado. (João, eu queria a previsão do tempo para os 90 dias aqui para Diamantino-MT)..

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  • Alisson de Assis Dias Paracatu - MG 02/10/2008 00:00

    João Batista, os produtores aqui da região de Paracatu-MG estão na equivocados com os rumos da agricultura brasileira. Vejo isso diariamente porque tenho uma corretora de cereais e alguns produtores da nossa região já estão aderindo à idéia de arrendarem suas terras para usinas de alcool que aqui se instalaram recentemente. Ou seja, daqui a pouco vou ter que mudar-me para outra região onde ainda se produz grãos porque por aqui não teremos mais milho, arroz, soja etc. (PS.: gostaria de parabenizar as informaçaões transmitidas pela a Desirêe Brandt sobre a previsão da metereologia para Paracatu). Abraços.

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  • Sirley Cunha (PEDAGOGA) Curitibanos - SC 02/10/2008 00:00

    Olá! Gostaria de saber se alguém tem algum modelo de carta para estarmos protocolando junto ao banco... pois não temos condições de pagar nem a porcentagem que eles querem para prorrogar as dívidas... pois se não recebermos crédito nem plantar podemos...(Obrigado!)

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  • Anderson Gonçalves de Souza Posse - GO 02/10/2008 00:00

    Caro João e amigos produtores!!!

    Para a opinião pública tudo está ótimo com a agricultura, mas só quem trabalha no campo é que entende a dificuldade deste ano agrícola.

    Vamos por partes. O que tem saído na mídia são notícias de alto impacto contra a real situação do produtor rural. Vejamos: "O governo resolve 90% do endividamento agrícola, com renegociação de R$ 75 bilhões"; "O governo lança o plano safra 2008-2009 destinando mais de R$ 70 bilhões para o setor"; "O governo antecipa R$ 5 bilhões para crédito do setor agrícola"!!!

    Então tudo está resolvido??!!!! Claro que não!! Para o produtor rural que teve problemas na crise agrícola recente, ou seja, de 2003 a 2007, com problemas climáticos e redução de renda por aviltamento dos preços de produtos agrícolas em função do dólar e outros como aumento do custo de produção, hoje este produtor se encontra descapitalizado e sem crédito. Não adianta e não adiantará uma renegociação de dívida que não leve em conta a capacidade de pagamento do produtor rural, e este plano que aí está, será para poucos, porque poucos teem caixa para bancar 40% dos investimentos, e parcela integral de 2008 dos custeios reescalonados. A grande maioria vai tentar plantar com os poucos recursos que lhes restam.

    Quanto ao crédito destinado para a agricultura???!!! Bom, de maneira nenhuma vou dizer que é ruim!!! Contudo vamos analisar e lembrar como funciona a burocrática obtenção de crédito neste país. O produtor rural ADIMPLENTE, em extinção, encaminha-se ao Banco munido de certidões de suas áreas e outros documentos exigidos, espera-se 45 dias para que aprovem seu limite de crédito, o qual dirá o quanto o agente financeiro irá emprestar e em quais condições, tudo levando em conta o grau de endividamento que se encontra o indivíduo. Depois de tudo acertado e a garantia que será exigida disponibilizada, o produtor então encaminha a proposta de Custeio Agrícola 2008-2009, depois de uns 15 a 30 dias, a cédula estará na mão do produtor para registro, desde que a cúpula autorize, melhor dizendo, aprove o recurso destinado ao custeio. Enfim, no mais rápido e sem nenhum problema, uns 60 dias para se ter os recursos em mãos, no MT já se plantando e na Bahia a 20 dias do plantio. Uma ressalva, para quem já tem limite aprovado e sem restrições!!! O dinheiro ou já saiu ou vai ser muito bem beneficiado com esta decisão do governo.

    Para finalizar!!! O produtor que estava sem crédito por conta de resolver o problema de endividamento, ainda vai continuar sem crédito oficial, pois não tem dinheiro para se habilitar as exigências da lei de renegociação agrícola 11.775 ou MP 432.

    Muito Obrigado pela oportunidade.

    Acredito que todos devemos expor os reais problemas, para que um dia as propagandas sejam verdadeiras para nós produtores que estamos no campo.

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  • Deputado Fed. Luis Carlos Heinze Brasília - DF 01/10/2008 00:00

    Telmo Heinen, de acordo com a normas - resoluções 3.563, 3.575, 3.597, 3.611 e 3.612 - o produtor tem até o dia 15 de outubro para pagar em normalidade a operação de investimento integralmente. Caso tenha interesse em alongar esse débito deverá pagar 40% referente a parcela deste ano. Se o produtor for do Rio Grande do Sul, Mato Grosso ou de algum município dos estados de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul que decretaram estado de emergência reconhecido pelo governo federal em 2004 e 2005, não precisa comprovar incapacidade de pagamento e está limitado a 60% da carteira, não em 40% como você afirmou. Assim, 100% dos produtores dessas regiões podem prorrogar por mais cinco, pois pagando 40% sobram exatamente os 60% do limite. Nas demais regiões do país, o produtor que quiser prazo adicional precisa comprovar incapacidade de pagamento, e se for aceita pagar 40%. Essa negociação está limitada a apenas 10% da carteira.

    Sobre o questionamento do produtor em relação a MP 3.612 o artigo 7º constou pois ela não trata de nenhuma prorrogação de pagamento e sim apenas de adesão. O pagamento dos investimentos está previsto na resolução 3.611 - dia 15 de outubro. Já dos demais programas, que será até o dia 30 de dezembro, consta nas resoluções originais - 3.572, 3.573, 3.574, 3.575, 3.577, 3.578, 3.579 e 3.580. Todos os vencidos mantidos normalmente nessas datas.

    Espero ter ajudado. Qualquer dúvida estou a disposição.

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