Fala Produtor
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Giovani Giotti Luis Eduardo Magalhães - BA 20/01/2009 23:00
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Marcos Benhur T. Grespan Balsas - MA 20/01/2009 23:00
Boa tarde. Na materia do dia 20/01/09 de titulo: Recuperação Judicial Ampara Produtores em MT hÁ no rodapÉ uma opção para clicar e conhecer as leis que regulamentam esta ação, porem eu nao estou conseguindo abrir a pagina. Gostaria, se possivel, que me mandassem esta materia por email. Muito obrigado
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Arthur Augustin da Silveira Rondonópolis - MT 20/01/2009 23:00
João Batista, peço encarecidamente que a Desirée Brandt faça a previsão alongada para a região de Alto Garças, Guiratinga e Pedra Preta (Serra da Petrovina) no estado de Mato Grosso. Esta região começou a colher a soja e precisa saber se planta milho safrinha de acordo com as previsões de chuvas.
Obrigado!
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Renato Ferreira Dourados - MS 20/01/2009 23:00
Olá João Batista e agricultores do meu Brasil!!! Safrinha no MS se perde com seca e não com geada!!! (leia abaixo). Estamos caminhando para a decisão da safrinha de milho em nosso estado, e continuo reafirmando para todos que pretendem fazê-la: diminua a área, assim escolhendo a melhor terra, fazer investimento razoável, e sem sombra de dúvida TEMER a seca ao invés de geada.
O que acontece na maioria das vezes é que o agricultor se emociona com o barulho das máquinas e estende o plantio até fim de março, que na nossa região fará o milho florescer em junho/julho. O da época de junho será castigado pela seca(historico de 10 anos, na maioria faltou chuva); e se mesmo assim ele conseguir escapar, resta a geada para o mesmo.
ENTÃO PESSOAL !!! CUIDEM-SE (sem levar em consideração o preço do momento não ser atrativo) NÃO É APENAS O CUSTO DE PRODUÇÃO QUE ESTÁ EM JOGO E SIM O NOSSO PATRIMÔNIO.!!
Renato Ferreira
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Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 20/01/2009 23:00
João Batista, será que o Joelmir Betting, ou o Boris Casoy ou o sr. João Carlos Saad poderiam nos explicar melhor, publicamente, como o Grupo Votorantim conseguiu o "milagre" de vender, rapidamente, parte do seu Banco para o Governo -BB (ou seja "o povo") - cuja carteira, suspeita-se, que seja composta em boa parte por ativos podres (financiamentos anteriores de automóveis com possíveis bem maiores inadimplências futuras e ainda desvalorizações das garantias, também sendo o setor com sabidas maiores dificuldades de se contratar novos financiamentos) e ainda conseguiu a "proeza" imediata de pegar mais dinheiro no BNDES e, passados apenas 10 dias, conseguir comprar boa parte da gigante Aracruz Celulose (ativos bons e com ótimas tendências negociais, sobretudo externas ) ?
Também, seria bom dizer porque outras agroindústrias e cooperativas, sobretudo as de pequeno e médio porte, têm extremas dificuldades atuais de conseguirem créditos - e apenas para capital de giro e com todas as garantias necessárias - nos Bancos, vez que os limites de crédito destas foram suspensos ou rebaixados e por isto só lhes restam reduzir as operações, as vendas, as exportações e, ainda por isto, quase com certeza, terem de mandar muita gente, infelizmente, para o olho da rua proximamente ?
SOCORRO !!! GOVERNO !!!.
A MAIORIA AINDA ACREDITA MUITO NO GOVERNO LULA, MAS OU O GOVERNO CONTROLA E MANDA, REALMENTE, NOS BANCOS NESTE MOMENTO DIFICIL OU ....
Prof. Clímaco Cézar
AGROVISION - Brasília
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Luciano Pompilio Brescansin Anaurilandia - MS 20/01/2009 23:00
João Batista, peça à Desirée Brandt, da omar Meteorologia, a previsão estendida (90 dias) para Anaurilandia, região sudeste de MS. Desde já grato pela atenção.
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Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 19/01/2009 23:00
Senhores cafeicultores de todo o Brasil, e caro amigo João Batista: essa história de vamos por partes, como esta propondo o nosso amigo Carlos Melles não vai dar certo, e ainda vai acabar criando mais problemas.
Lembram do famoso criminoso Jack Estripador??!!, ele ia por partes, e no final todos sabem qual foi o resultado.....
João Batista, não podemos aceitar esta conversa de fazer as coisas por partes, pois entramos em uma luta onde agora é tudo ou é nada.
Estamos necessitando de uma solução definitiva para nossas dividas, estamos necessitando de preços mínimos verdadeiros que cubram nosso custo de produção, estamos necessitando de uma política de renda, estamos necessitando que o governo faça uma retirada de um milhão de sacas do mercado para promover um choque de oferta,e precisamos que nossas dividas sejam reescalonadas (todas, não somente Funcafe).
IMAGINE AMIGO JOÃO BATISTA E CARLOS MELLES, SE ACEITARMOS MEIAS PROPOSTAS, E FICARMOS NA ExPECTATIVA DE NOVAS PROPOSTAS PARA MAIS ADIANTE:
1- UM DIA DEPOIS DE ANUNCIADA MEIA SOLUÇÃO PARA A CAFEICULTURA, O MERCADO VAI NOS MASSACRAR. O MERCADO HA DUAS SEMANAS ESTA MANTENDO SEU POSICIONAMENTO NOS PREÇOS DE CAFÉ COM A EXPECTATIVA QUE O GOVERNO RETIRE CAFÉS DO MERCADO. SE ISSO NÃO ACONTECER TENTEM IMAGINAR O QUE VAI ACONTECER COM AS BOLSAS.
2- MESMO QUE O GOVERNO ANUNCIE A RETIRADA DE CAFÉS COMO UMA MEDIDA PARA AJUDAR O CAFEICULTOR, MAS NÃO RENEGOCIAR SUAS DIVIDAS QUE JÁ ESTÃO VENCIDAS, O MERCADO VAI DA MESMA FORMA MASSACRAR O PRODUTOR, POIS SABE QUE ESTE PRECISARÁ VENDER SEU PRODUTO.
SENHORES, ESTAMOS ENTRANDO NUMA CAMPANHA QUE NÃO TEM VOLTA, E NÃO TEM MEIAS DECISÕES. OU FORÇAMOS O GOVERNO A ACEITAR TODAS AS MEDIDAS OU ESTAMOS MORTOS. E SE ESTE GOVERNO NÃO ACEITAR O PLANO DA CAFEICULTURA COMO UM TODO, NÓS TAMBEM NÃO DEVEMOS ACEITAR PELA METADE, POIS ESTAREMOS ASSINANDO NOSSO ATESTADO DE OBITO. A MELHOR RESPOSTA SERÁ VIRAR AS COSTAS, REUNIRMOS COM AS LIDERANÇAS E NOSSOS PREFEITOS E DECRETARMOS NOSSA FALÊNCIA.
FAÇO AQUI UM APELO EM NOME DE TODOS OS CAFEICULTORES DO BRASIL, SENHOR CARLLOS MELLES, E LIDERANÇAS: NÃO ACEITEM MEIAS MEDIDAS POIS VCS SERÃO RESPONSÁVEIS PELA MAIOR CATASTROFE NO MERCADO DE CAFÉ. O MERCADO ESTÁ DE OLHO GORDO ESPERANDO NOSSA DERROTA JUNTO AO GOVERNO PARA ACABAR DE NOS ARREBENTAR. NÃO ASSUMAM ESTA RESPONSÁBILIDADE, SEJAM INTELIGENTES, OU É TUDO OU É NADA.
MELHOR SAIR DE BRASILIA SEM NADA, MAS COM A VERGONHA NA CARA E A CORAGEM DE ASSUMIRMOS QUE NÃO VAMOS PAGAR NOSSAS CONTAS (FALENCIA) ENQUANTO OS PREÇOS NÃO FOREM REMUNERADORES, DO QUE NOS ENTREGAR DE BANDEIJA PARA O MERCADO.
PEÇO ISSO EM NOME DE TODOS OS CAFEICULTORES.
POR FAVOR, JOÃO BATISTA E AMIGOS DOS NOTICIAS AGRICOLAS, NÃO DEIXEM ISSO ACONTECER, POIS AI SIM ESTAREMOS MORTOS, E TUDO QUE TENTAMOS FAZER DURANTE ESTAS DUAS SEMANAS SÓ SERVIRAM PARA NOS PREJUDICAR. E TODOS TERÃO SUA PARCELA DE CULPA. E AINDA POR CIMA SERÃO NOSSAS LIDERANÇAS MASSACRADAS POR ESTE 3 ESCALÃO, QUE APROVEITARÃO O RESULTADO DAS MEIAS MEDIDAS , PARA DESMORALISAR O NOSSO CARO SILAS, GIMENES, BERTONE , MELLES ETC
SEJAMOS INTELIGENTES
OU É TUDO OU É NADA.
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roberto mazali pacaembu - SP 19/01/2009 23:00
Gostaria de saber onde voces coletam o preco do boi gordo diariamente, porque nos frigorificos que eu ligo o preço é sempre menor? Hoje, por exemplo, o preco no Friboi é de R$ 80,00 com 30 dias livre, em São Paulo e no MS é de R$ 73,00 livre do funrural com 30 dias. Aí foi publicado R$ 84,00 em SP e R$ 77,00 no MS. A coisa está mais feia!
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José Carlos Lermen Luis Eduardo Magalhães - BA 19/01/2009 23:00
João Batista, sou produtor rural na região oeste da bahia e gostaria de saber quais as expectativas de mercado da soja e do milho para esse ano. Agradeço a atenção.
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Mário José Milani e Silva Cacoal - RS 19/01/2009 23:00
João Batista, fato preocupante é a divergencia gritante entre as informações dos agricultores, no que se refere aos efeitos e a extensão da seca, e aquelas trazidas pelos orgãos oficiais que minimizam as consequencias da estiagem sobre a produção final. Como alertou recentemente um dos produtores, tal campanha de desinformação talvez vise propriciar maiores ganhos para os atravessadores e, na sequencia, ser reconhecido no fechamento das contas a significativa quebra de produção (em especial da soja e do milho), quando os produtores não terão mais nada para entregar. A repercussão das safras do Brasil e Argentina nos Estados Unidos é evidentemente superior àquela percebida pelas autoridades brasileiras do setor. Explique o que está ocorrendo.
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Roberto Bressan São Domingos - SC 18/01/2009 23:00
João Batista parabéns pelo seu programa Noticías Agricolas... você esclarece muitas dúvidas que nós, agricultores, temos. Abração.
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Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 18/01/2009 23:00
" NÃO SE FAZ UM BOM OMELETE , SEM QUEBRAR OS OVOS".
Bom caros amigos produtores de café de todo o Brasil, venho hoje na condição de um quase ex-cafeicultor, dizer algumas verdades, mas antes disso quero corrigir algumas declarações que o nosso amigo Carlos Melles disse hoje à tarde em entrevista ao João Batista.
1- Cara Deputado: a cafeicultura não esta há 3 samanas na agonia; ela ja veem em agonia há mais de 8 anos. Felizmente ou infelizmente como para um enfermo, está chegando a hora de descansarmos. Sim, muitos ja ouviram estas palavras, "coitado, não morreu descansou". Fiquem tranquilos ai em Brasilia, pois a nossa agonia como cafeicultores está acabando, vamos descansar...
Agora, a agonia vai começar para aqueles que dependem do café para trabalhar.
a- o empregado fixo e sua familia: aqui em minha propriedade são 3 famílias que estão comigo há mais de 20 anos. Total de 10 pessoas.
b - trabalhadores temporários. Não contratei ninguem para serviço de capina (todos os anos eram 3), desbrota (mais 3).
c- colhedores: como minha propriedade é pequena, sempre colhemos na mão, contratamos a média de 20 pessoas durante os meses de junho, julho, agosto, setembro. O mais engraçado que são baianos que vem para cá no mes de maio para aproveitar a arranca de feijão, ja fazem isso há mais de 7 anos e sempre os mesmos. Já somos amigos, nossa propriedade sempre foi um porto seguro para eles, pois ja chegam com pouso certo. No final da tarde tomamos aquela pinga, batemos bons papos, e nunca tivemos problemas.
O mais importante, é que eles preferem vir para a colheita de café do que ir para o corte de cana, mesmo ganhando menos pois dizem que o trabalho aqui é mais humano.
d- O caminhoneiro este ano só veio uma vez na fazenda trazer o adubo, antes eram 3 viagens no minimo.
e- parei de trabalhar com a assistencia das cooperativas, pois devo e não consigo pagar, assim melhor ter vergonha na cara e não abusar. Coitado do agronomo, nem sabe mais o que fazer.
f- Aquelas lojas aqui da cidade, tipo Pernambucanas, que vendem de tudo um pouco, principalmente para o pessoal que trabalha lá na roça, estão parados nas portas esperando o fregues chegar, quando.....
g- O chapa acostumado a fazer um "pega" e ganhar um bico, esse coitado, esta com os dedos calejados de jogar dominó no banco da praça, onde esperam os serviços.
h- Os vendedores das firmas, cooperativas, inventam serviço para não ficar parado. Aqui mesmo, fazem de tudo, faxinam, servem café, mas vender o que????/
Bom, se continua,r passo a noite aqui.
2- Deputado Carlos, outro equivoco é acreditar que o Presidente Lula sabe de alguma coisa da cafeicultura. Não sejamos inocentes; o presidente só sabe aquilo que lhe convém, lembram do Mensalão (NÃO SEI, NÃO VI), PELO AMOR DE DEUS SEJAMOS REALISTAS.
3- Outro equivoco é achar que o problema é o terceiro escalão, NÃO, O PROBLEMA É O GOVERNO TODO, ELES ESTÃO SEM DINHEIRO E SABEM QUE A CAFEICULTURA COMO O AGRONEGÓCIO COMO UM TODO VAI EXPLODIR. ELES NÃO FIZERAM A LIÇÃO DE CASA COM AS FIRMAS DE ADUBO, A REFORMA TRIBUTÁRIA, REFORMA TRABALHISTA, E AGORA TODOS ESTES CUSTOS VÃO EXPLODIR, E ELES (GOVERNO) NÃO TEM COMO ESTANCAR ESTA HEMORRAGIA
4- Outro equivoco é achar que o problema para se tomar uma decisão sobre a dividas do café seja a questão dos custos de produção. Senhor Deputado, foi o próprio governo através da Conab que em juhlo de 2008 disse que o custo girava em torno de 270,00 naquela época. Como, acreditar neste governo que não acredita nem naquilo que eles fazem.
E preço minimo para quê???, se não respeitam.
5 - A unica coisa realmente que o senhor Deputado Carlos Meles disse e que realmente e verdadeira, é que o desemprego no campo é silencioso. Agora cabe a nós darmos som a este desemprego.
Proponho a fazer o contrario do que o deputado quer: ao invés de irmos a Brasilia, vamos sair dai, vamos criar vergonha na cara, parem de pedir esmolas, parem de passar por tolos, é uma vergonha ver um homem da idade do senhor Gilson Ximenes passar por esta situação. Linderanças, além de nos chamar de caloteiros, mau- pagadores, chorões, agora estão nos chamando de mentirosos. Desculpe o palavriado, mas estamos parecendo raparigas em beira de estrada, vendendo nosso corpo a troco de esmola. LIDERANÇAS, SAIAMOS DE BRASILIA DE CABEÇA ERGUIDA, VOLTEMOS PARA NOSSAS TERRAS E AI SIM MOSTRAREMOS PARA ESSE GOVERNO COM QUEM ELES MEXERAM. VAMOS MOSTRAR O QUE REALMENTE É DESEMPREGO,
VAMOS PARAR AGORA.
CONVOCO AQUI AS COOPERATIVAS DE CAFEICULTORES DE TODO O BRASIL, QUE SEUS PRESIDENTES TOMEM SUA POSIÇÃO AO LADO DO CAFEICULTOR, NÃO PRECISAMOS MAIS DE PRESIDENTES DE COOPERATIVAS PARA FAZER DIPLOMACIA, O TEMPO DE DIPLOMACIA ACABOU HOJE, OU AS COOPERATIVAS ESTÃO AO LADO DE SEUS COOPERADOS, OU ESTÃO AO LADO DO MERCADO QUE NOS SANGRA HA MAIS DE 10 ANOS LUCRANDO COM NOSSO SUOR.
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Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 18/01/2009 23:00
LEIAM ENTREVISTA COM O ECONOMISTA SUL-COREANO, HA-JOON CHANG, PROFESSOR DE CAMBRIDGE. ELE NOS MOSTRA QUE A NOSSA ELEVADA TAXA DE JUROS – DEFENDIDA POR ALGUNS TEIMOSOS - ESTÁ SUFOCANDO O PAÍS E TORNANDO TUDO MUITO DIFICIL PARA O AGRONEGÓCIO, ENQUANTO OS BANCOS GANHAM MUITO DINHEIRO. (publicado no site da CONAB) -
Existem países na África e em algumas partes da Ásia que realmente não sabem o que fazer, mas o Brasil não é uma nação pequena e pobre que não tem recursos.
O Brasil construiu uma base industrial gigante, tem empresas de porte global em setores como o aeroespacial, o de álcool, o de petróleo, o de engenharia civil. O maior problema do país tem sido do lado da demanda, uma dificuldade criada pela política monetária excessivamente conservadora, com elevada taxa de juros e enorme superávit primário.
Entendo o porquê de ela ter sido adotada no começo.
Havia a hiperinflação, e o espaço para decisões econômicas racionais era pouco. Mas o país está fazendo isso tudo há tempo demais. O fato de uma política ter sido correta em 1996 não significa que ainda é em 2009.
Quem sofreu com a hiperinflação depois se torna excessivamente cauteloso, é compreensível. A Alemanha e Taiwan tiveram tal experiência.
Mas o Brasil levou essa política longe demais. Se a taxa de juros de um país é alta demais, ninguém quer empreender, pois ter um negócio significa lidar com questões trabalhistas, de distribuição... É mais fácil comprar um título público.
Então, as empresas se tornam conservadoras, não tomam nenhum empréstimo para investir, para incrementar sua atividade. As companhias brasileiras são as menos alavancadas do mundo - não que o endividamento seja necessariamente bom, mas ser a última em tomada de crédito mostra que tem algo errado.
Na realidade, o Brasil não criou empresas novas nos últimos 10 ou 20 anos, enquanto os demais países seguem avançando rápido.
Dez anos atrás, a China não era nada. Era grande, mas nem chegava perto do Brasil. Agora, compete com o país em muitos mercados. Eu fico realmente com raiva, porque o Brasil está desperdiçando o grande potencial que possui. É de cortar o coração que esteja voluntariamente se atrasando. Do jeito que é feito, o controle da inflação mata o crescimento.
BANCOS CENTRAIS INDEPENDENTES –
Os Bancos Centrais não devem ser independentes. Trata-se de uma instituição tão importante, precisa prestar contas. Dada a sua natureza, o banco central tende a favorecer o crescimento do sistema financeiro. Os seus executivos não estão deliberadamente aniquilando os outros setores, mas são naturalmente influenciados por outros banqueiros, com os quais se encontram regularmente.
Sou contra a independência; porém, se ela é concedida, é preciso dar também os objetivos corretos. Na prática, tem sido um pouco diferente nos últimos anos, mas o mandato do Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] diz explicitamente que a instituição deve cuidar da estabilidade de preços no contexto de crescimento e geração de empregos. O Brasil está pagando um preço muito alto pelo trauma da inflação -é como um cidadão que vivia feliz e, depois de ser assaltado na rua, tranca-se em casa e não quer sair mais. Agora é a hora de seguir em frente, especialmente se os outros países estão baixando os juros. Pode-se reduzir o superávit primário para zero. Neste momento de crise, é difícil para as nações ricas apontar o dedo para o Brasil e falar "Oh, essas medidas estão erradas, você é mau", porque o Brasil se encontra em posição muito melhor que a delas. Esta é a grande chance. Se o país perder a atual oportunidade, quando vai diminuir os juros? Daqui a três ou quatro anos, quando os outros países voltarem a subir suas taxas, será tarde.
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Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 18/01/2009 23:00
Amigos --
Pela importância para o agronegócio, segue artigo de autoria de minha sócia - especializada em responsabilidade social e Governança Corporativa de Empresas e também aposentada do BB. Nossos produtores rurais vêm sendo premidos por falta de uma politica de governança corporativa, real, em algumas grandes empresas, grandes bancos, pequenas e médias agroindustrias, cooperativas e a maioria das trading que ainda não conseguiram separar a ganância da parceria efetiva e transparente. Com isto, mais a nossa histórica dificuldade de associarmo-nos, somos cada vez mais fracos e tomadores de preços e nunca seus formadores.
Prof. Clímaco Cézar
www.agrovision.com.br
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GOVERNANÇA CORPORATIVA: O HOMEM E A ATITUDE
A crise tão propalada está aí para quem quiser ver. Muitos ainda não
a admitem por influencia de discursos otimistas, ou simplesmente por não ter chegado em seus bolsos.
As indagações sobre como aconteceu este efeito dominó intriga até as cabeças mais iluminadas. Não que desconhecessem a grande
probabilidade deste risco se materializar, mas pela rapidez com que aconteceu e sua abrangência.
Especialistas em Análise de Mercado e Riscos examinaram e reviram suas
planilhas e ainda não chegaram a grande conclusão de que está faltando um Vetor de peso, essencial para compor seus cálculos: o Ser Humano.
O Ser Humano e sua relação com o Dinheiro.
Este é o responsável por tudo. É ele quem decide se vai ou não cumprir
as regras, normas, leis; é de onde saem Atitudes de deliberações sobre
qual estratégia será adotada; é quem diz qual será o número a ser
digitado para compor os resultados, qual relatório será utilizado, se
os riscos devem ou não ser publicados.
Cabe ao Ser humano, o homem,o centro do Universo, a decisão de ser
ético ou não. É nele que se encontra o presente e o futuro da
humanidade.
Hoje é inconcebível pensarmos em Gestão sem Tecnologia. É ela que nos fornece relatórios e complexos cálculos, resultados de inusitadas
matrizes, combinações e simulações fantásticas, em que nos embasamos
para tomar decisões. Mas junto com a tão importante Tecnologia está quem a faz funcionar com informações, dados e programas, e,
principalmente Atitudes.
Muitas vezes por ganância (ter mais só para si), o Homem não exita em
violar suas convicções, manipulando o poder que possui para modificar
resultados.
Quando analisamos as Melhores Práticas da Governança Corporativa
encontramos os melhores dos mundos em Gestão.
Se realmente for praticada, isto é, se o(s) responsável(eis) humano decidir ser totalmente sincero (Ética é Sinceridade), e tomar a ATITUDE de construir todas as estratégias e desempenho das companhias com total honestidade e transparência, simplesmente não existirá Crise por
ausência de credibilidade.
A Governança precisa de lideres que tenham e transmitam respeito pela sua estória de vida e profissional. Onde a integridade e as suas ações sejam reconhecidas simplesmente pela sua presença.
O Conselho de Administração é parte essencial neste processo.
Este é o motivo para que os membros realmente sejam independentes, com
políticas claras, de diversas áreas, comprometidos com a empresa,
dedicados, com rotinas, fluxos de informações objetivas, úteis e
imediatas.
Por exemplo, como os bancos explicarão as perdas com o esquema
fraudulento do investidor Bernard Madoff?. Antes de sair algemado,
pelo FBI, freqüentava regularmente as festas do jet set e era sempre
fotografado com os chefões do mercado financeiro.
Agora vem a conta dos prejuízos provocados aos investidores de grandes bancos. O HSBC
perdeu US$ 1 bilhão, o Royal Bank of Scotland US$ 400 milhões, o BBVA
e o Nomura (Japão) cerca de US$ 300 milhões cada um. O BNP-Paribas
perdeu US$ 408 milhões. Tais prejuízos foram provocados junto a
clientes ou diretamente aos bancos. Geralmente, os bancos afirmam que
analisam cuidadosamente as operações de fundos de terceiros vendidos nas redes de agências/clientes.
É surpreendente que essa fraude tenha acontecido por tanto tempo, talvez durante décadas, enquanto os investidores continuavam investindo mais dinheiro nos fundos de Madoff.
Não existe milagre. Se a rentabilidade das aplicações de Madoff era tão superior a qualquer outra do mercado é lógico que havia algo errado; mas os investidores queriam ganhar mais e mais, e mesmo sabendo bem lá no fundo, com seus cérebros alertando para o perigo, o incontrolável TER mais para si, dominava. Aqui cabe uma citação de Sólon: "Quanto mais se tem mais se quer".
E a pirâmide desabou porque um Homem, cidadão ético, observou a
informação de que a matemática não batia e tomou a Atitude de
denunciá-lo a SEC durante anos e anos (quase dez), pois mesmo com
muitas informações palpáveis, o órgão fiscalizador não considerava
várias provas como concretas.
Também assistimos a mídia publicar desde 2000 que havia a probabilidade de uma Crise desproporcional mundial porque havia algo distorcido no mercado de subprime, mas os responsáveis pela
classificação de riscos continuavam a publicar (mesmo sendo sabedores
da verdade) indicadores otimistas, sem mencionar que utilizavam estes
indicadores para uso próprio em claro conflito de interesse. E
contavam ao mundo que as suas eram as melhores práticas de Governança.
E todos compartilharam na farsa, fingindo que tudo era verdade.
Porque a verdade é que todos ganhavam muito dinheiro com todo este teatro. E no epicentro estava o Homem egoísta conduzindo a vida de outros milhões, que para o ter, ser socialmente aceito e assimilado, aceita perder sua autenticidade, individualidade e saúde.
Acostumamos a viver em um mundo em que o que vale é ganhar a qualquer custo, numa passividade intensa, vivida em submissão ao poder exclusivo do capital
e do poder. Afinal já dizia Russel que nossa inteligência é medida por
quanto ganhamos (infelizmente).
Conforme conceitos de Michael Jensen e William Meckeling - Teoria de Agência, que é base da governança corporativa, é necessário controlar todos os mecanismos de controles recíprocos entre executivos,
conselheiros, auditores, acionistas e reguladores.
Os investidores precisam não confundir meios com fins e a empresa valorizar e acompanhar as estruturas de Governança. Já é comum nas empresas o cargo de Diretor de Governança Corporativa para organizar todo o processo.
Quem só fazia teatro de Governança, no momento que a verdade apareceu, perdeu a credibilidade e valor, e esperamos que seja penalizado pelos
órgãos fiscalizadores competentes,
Com a crise, a Governança Corporativa se expôs e mostrou que só é válida para quem faz o dever de casa e que continua sendo um
excelente sistema de gestão para aqueles que têm a coragem de ter
ATITUDE ética e transparente na direção executiva de suas empresas.
O momento agora pertence aos executivos que respeitem leis e ao próximo, e produzam resultados confiáveis sem ser a qualquer custo.
Sueli Berselli
Diretora de Governança Corporativa e Novos Negócios -
SBM Consultoria & Associados
Matemática com especialização em Economia - Politica Industrial,
Governança Corporativa. Foi membro do Conselho Deliberativo da PREVI –Fundo de Pensão dos Funcis do Banco do Brasil, membro do Conselho de Administração de diversas empresas de Energia como Bandeirante, CPFL, Serra da Mesa, Celesc, HSM; atualmente vice-presidente do Conselho Fiscal das Aldeias Infantis,membro do Conselho Fiscal da Odontroprev, do Grupo de excelência em Estudos de Governança
Corportiva do CRA-Conselho Regional de Administração de São Paulo.
SBM CONSULTORIA & ASSOCIADOS
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 2.999
(11) 3299-5998 / 7140-7420
www.sbmconsultoria.com.br
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Jurandir Alexandre Lamb Cascavel - PR 18/01/2009 23:00
Joao Batista, começamos a colheita do soja aqui no Oeste do Paraná, e adivinhe o rendimento??: 22 a 30 sacas por hectare, isso conforme o dia de plantio e o nivel de tecnologia. Aí eu fui solicitar o seguro no Banco do Brasil e, para minha surpresa, o perito veio fazer o levantamento da soja e disse que a produção daria para pagar o banco... Que legal!!! vamos poder pagar o banco... E o meu trabalho?? e o colegio das minhas filhas?? e a minha saude?? e o da minha esposa???
Não importa eu produzo alimento para o Pais, se nao tenho renda, o problema é só meu??!! Essa é a ideologia do nosso governo?? e o do Banco do Brasil??!!
TRABALHEI MAIS DE 120 DIAS, PLANTANDO, APLICANDO AGROTOXICOS, CUIDANDO DE SOL A SOL, PARA NAO TER PROBLEMA COM PRAGAS E AS DOENÇAS, E QUANDO A COLHEITA CHEGA E, ENFIM PODERIAMOS TER O GOSTO DE TER RECOMPENSA, UM LUCRO MINIMO PARA DAR UM CONFORTO MELHOR A MIM E A MINHA FAMILIA, O QUE FOI O QUE ESCUTEI?: QUE A PRODUÇÃO DARIA PARA PAGAR O BANCO!!!... E A MINHA VIDA, QUEM VAI PAGAR??????
João Batista, onde está a presidente da CNA, Katia Abreu, que disse que tudo iria ser transparente? Gostaria de vê-la em seu programa para que possamos saber como anda este barco... e diga a ela que sua atitude deveria ser semelhante ao Sindicado das Montadoras de Veiculos: anunciar na grande midia o numero de empregados que o café e o agronegocio gera neste País para que a sociedade conheça a sua importancia e, ao mesmo tempo, comunicar um corte de 5% em razão da falta de renda. E, principalmente, falar a verdade ao povo sobre de quem é a culpa da crise dos agricultores, falar quem é o terceiro escalão do Ministério da Fazenda que esta travando as reivindicaçõe da cafeicultura... aliás, falar que isso não representa a verdade, pois quem é o chefe do 3.o escalão?
Vamos ser mais duros, tirar a tinta da caneta do Rei, pois só assim o povo vai conhecer a verdade, que diga-se de passagem já passou da hora de alguém aparecer com a realidade neste país. O que o Lula conhece da importancia do agronegocio para a nossa economia?? o que ele realmente quer é entregar o País em uma situação insustentavel ao proximo presidente, pois dinheiro existe para as ONGS, MST, UNE e etc, só não vê quem não quer.Um abraço a todos. Giovani Giotti