Fala Produtor

  • Paulo Henrique Santos Lunardelli - PR 16/01/2009 23:00

    Amigo João Batista e senhores do agronegocio. Gostei das palavras e do pensamento do amigo Renato, de Dourados (MS). Leiam suas colocações, agricultores do Brasil, e abram os olhos... estamos engolindo gato ensacado muitas das vezes até de empresas que se dizem nossas parceiras!!! um abraço, Paulo Henrique Lunardelli (PR).

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  • Milton da Silva Terra Roxa - PR 16/01/2009 23:00

    AO PROGRAMA NOTICIAS AGRICOLAS - João Batista, gostaria de parabenizar seu programa por ser o único programa da televisão brasileira que mostra a realidade do agricultor. João, quero relatar a situação que estou vivendo com minha familia: sou agricultor desde criança; com 7 anos de idade já ia prá roça com meus irmaos e meu pai em Pacaembu, interior paulista, onde vivemos ate os 14 anos. Daí meu pai veio morar no Paraná, aqui em TERRA ROXA, onde vivemos até hoje.

    João, sempre vivemos do trabalhando na lavoura; Na década de 80 eu e meus irmãos conseguimos comprar 90 alqueires de terra, tudo picadinho... meu pai tinha comprado 5 alqueires, depois fomos arrendando mais terras, plantando areas maiores e comprando terras dos vizinhos, num ano comprava 5 alqueires de um, no outro ano comprava 10, e assim foi até o ano de 1994, qdo. chegamos a ter uma area de 90 alqueires, com 2 colheitadeiras, mais 3 caminhões e 5 tratores.

    Com 60 vacas de leite holandesas, leiteria instalada, e com uma ótima produção, tanto no leite como nos grãos, eu e meus irmãos trabalhamos de cedo à noite. Mas de 1994 pra cá começaram as dificuldades. Atualmente não conseguimos comprar mais nada, mas ate 2004 ainda vinha mantendo as parcelas do finame todas pagas até 2004.

    Mas na safra 2004/2005 tivemos aqui em TERRA ROXA uma estiagem muito grande, que tirou parte de nossa colheita. E com os preços baixos, mais o câmbio desvalorizado e o alto custo dos insumos, começamos a entrar em dificuldades, não conseguindo pagar os custeios nem os investimentos que tinhamos na época.

    Olha, João, agora não sei mais o que fazer. Esta safra está comprometida com a atual estiagem, e o Banco do Brasil já está nos cobrando judicialmente. Acabei contratando uma assessoria jurídica de Maringá, a Lybor, para fazer minha defesa, mas não sei o que vai acontecer... como nós temos um finame de um trator que comprei em 2004, teria que ter pago os 40% em dezembro para prorrogar o restante da dívida, mas não consegui dinheiro. E agora, com esta estiagem, não sei como vão ficar estas parcelas de investimentos que estão vencendo. E as que vencem este ano??? como vamos resolver esta situação???

    Será que ainda vamos conseguir continuar plantando os 90 alqueires que conseguimos com muito esforço e trabalho??? Só nos restam 45, e o banco está querendo toma-los.

    Ainda por cima tem as pessoas da cidade, desinformadas, que nos chamam de caloteiros e malandros...

    Eu penso que só teremos solução para os problemas do endividamento quando tivermos um governo sério, que valoriza a produção de alimentos e que implante um seguro que, de fato, cubra os custos de produção e garante uma renda para o produtor continuar vivendo. Não este seguro que cobre 70% da divida no banco mas deixa produtor com dívida na cooperativa, no posto de gasolina, no supermercado, na farmacia, e assim por diante...

    Ai de nós se vier outro problema na póxima safra?!! Aí o produtor desaparece de vez...

    Olha, João, eu estou com medo de perder todo o patrimonio que herdei do meu pai e o que conseguimos juntos com meus irmãos... João, precisamos mudar esta situação... precisamos brigar por renda, por um seguro que realmente cubra os custos e deixe uma margem para a sobrevivencia do produtor, e precisamos tambem que o governo indenize as áreas que serão transformadas em reserva florestal. Não é justo que nós, do campo, tenhamos que abandonar parte de nossa area e ainda plantar arvores, para que as pessoas da cidade continuem poluindo...

    Precisamos nos unir e apoiar a senadora Kátia Abreu, na CNA, e contar com sua força ai no canal Terraviva e ir em frente... acredito muito na minha vontade de vencer, tenho muita fé em DEUS, que vai os abrir um caminho, e aí vamos dar a volta por cima.

    Já passamos por outras crises e DEUS sempre nos ajudou a supera-las; e agora tambem vamos vencer...

    TERRA ROXA, 17 DE JANEIRO DE 2009, MILTON DA SILVA, AGRICULTOR.

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  • adegildo moreira lima presidente medici - SC 16/01/2009 23:00

    João Batista, no Estado de Rondônia existe uma região que compreende os municipios de Cerejeiras, Corumbiara e Chupinguaia dotada de terras férteis em área de transição entre o cerrado e a mata onde abriu-se uma promissora fronteira agricola e onde a soja apresenta medias de produtividade superiores a do pais totalizando atualmente 90.000 hectares de plantio de soja nesta safra, com excelente desenvolvimento das lavouras. Tal região tem despertado o interesse de pequenos agricultores do sudoeste do Parana e Noroeste do Rio Grande do Sul que, para fugirem das secas e ampliarem suas areas de plantio, buscam uma nova oportunidade. A safra é escoada pelo porto de Porto Velho e como ninguem menciona tal situação resolvi inserir tal região nas analises sobre a safra 2008/09. Continue lutando por nós, produtores rurais.

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  • Elecir Trevisan Capanema - PR 16/01/2009 23:00

    É pena que o "Deral" do Paraná não nos ensina a plantar soja, já que nas estimativas deles com quase 60 dias de sol a perda é de apenas 8%. Deve ser a soja convencional do Requião, que tambem nas estimativas deles ocupa quase 60% da área de plantio do Paraná.

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  • Cooperativa de Agronegócios do RS Ltda São Borja - RS 15/01/2009 23:00

    Participamos dia 14/01/09 do programa Notícias Agrícolas, 2a. edição (na seção "fala produtor", no horário das 20 hs, com o apresentador João Batista Olivi), e conforme combinamos estamos informando como poderemos ajudar na solução dos problemas do agronegócio brasileiro. Como estabelecemos uma cooperativa para reduzir os nossos custos e melhorar a nossa performance na comercialização dos nossos produtos, temos absoluta certeza de que o modelo de gestão que operamos é uma bela ferramenta que dispõe o produtor para enfrentar os oligopólios de fornecimento de insumos, bem como as agroindústrias compradoras, além de beneficiar-se dos recursos do crédito rural oficial. A nossa cooperativa tem gestão terceirizada em todas as áreas (técnica, comercial, jurídica, contábil e operacional), portanto o nosso modelo é inédito. A empresa M&M administra a nossa cooperativa. Esta empresa forma uma cooperativa em 90 dias, contando o prazo desde a reunião de motivação até a constituição jurídica nas juntas comerciais específicas. A nossa motivação dá-se porque este modêlo é simples, transparente, e o produtor sabe antecipadamente o que vai custar o funcionamento do seu negócio no ato de cada operação. Portanto, caro João, estamos à disposição para qualquer informação pelo tel: 055-3430-4272 ou pelo nosso e-mail [email protected]., na cidade de São Borja no RGS.

    Um forte abraço

    Sergio Malgarim

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  • josé Luiz Sanchez Vilar Bandeirantes - PR 15/01/2009 23:00

    João Batista, Gostaria de passar uma sugestão para o Fórum de Agronegócios que vocês estão planejando: É que nós produtores temos um só tipo de moeda - grãos -, e então eu pergunto: Por que as cooperativas e as empresas que vendem insumos não comercializam seus produtos nessa nossa moeda? Se tivermos que pagar em grãos e as cooperativas tiverem que receber em grãos tenho certeza que os preços das mercadorias nunca mais desceriam e só iriam subir. Isso não resolveria os problemas dos agricultores do Brasil??? Abraço e parabens pelo programa.

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  • Giovani Giotti Luis Eduardo Magalhães - BA 15/01/2009 23:00

    Olá amigos encontrei um video no youtube que todos com certeza vão gostar de ver! Trata-se de um lindo discurso do Dep. Jair Bolsonaro sobre o pessoal da esquerda, vale a pena ver.

    É só copiar o endereço e coloca-lo no campo do endereço:

    www.youtube.com/watch?v=AlFBhyTvRPU

    Um abraço a todos.

    Giovani Giotti

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  • Rafael Rozolin Juara - MT 14/01/2009 23:00

    João Batista, queria saber se voces tem alguma previsão ou análise de mercado para o Arroz, nesta safra deste ano. Este é o primeiro ano que estamos plantando, pois foi uma forma que encontramos para reformar nossas pastagens degradas. Estamos fazendo um experimento em 200 hectares. A nossa regiao é ótima para agricultura, onde o clima e a topografia ajudam muito. Só estamos ansiosos com relação ao preço, por isso precisamos saber como vai se comportar o mercado.

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 14/01/2009 23:00

    Amigos do Noticias agricolas.

    DICA DE COMERCIALIZAÇÃO E DE PROTEÇÃO DE PREÇOS NA BM&F (hedge)

    Soja - vejam que a cotação atual da soja para maio/2009 de US$ 20,87 na BM&F poderá significar R$ 43,83/sc (possivel cambio de 2,10) posta porto de Paranagua e cerca de R$ 38,00/sc posta GO, por exemplo. Com base no custo de produção de R$ 27,22/sc, calculado pela CONAB para o mesmo Estado, seria possível já garantir neste momento uma margem minima de quase 40% - um bom negócio - desde que fosse feita a proteção neste momento. Se aquela cotação cair (o que é uma tendência dada a possivel queda progressiva do consumo mundial de carnes, a ampliação das barreiras de acesso e as pressões por importações por preços bem menores tanto da soja e derivados, como das carnes), o produtor receberia ajustes, o valor da venda fisica real cairia, mas aquela BOA margem já estaria fixada. Ao contrário, se, por algum motivo não esperado, a cotação subir ainda mais, o produtor pagaria ajustes, mas o preço na venda fisica real também poderia subir, proporcionalmente, mantendo no minimo aquela margem. Obviamente, por ser bem mais perto do Porto, os produtores de PR, RS,SC e de SP poderão ser mais beneficiados, desde que produzam soja, vez que houve muitas perdas.

    Milho - ao contrário da soja, neste momento, a cotação de R$ 24,10 na BMF para maio/2009 - posto Campinas - não remuneraria em GO e muitos Estados (ao meu ver, somente em alguns locais proximos ao porto e do PR), pois o preço no Estado ficaria entre R$ 18,50 e R$ 20,00/sc (segundo o local e descontado o frete), sendo que o custo calculado pela CONAB foi de R$ 20,39/sc. Assim, neste caso haveria de se esperar a reação dos preços, o que pode ocorrer somente quando a CONAB entrar comprando forte, como se espera. Lembrando que se espera redução da demanda interna no primeiro semestre, com os menores embarques de carnes aguardados.

    Embora, ninguem tenha bola de cristal, o correto seria fazer o hedge imediato da soja e, após, priorizar a sua colheita e venda, pois a margem projetada esta boa.

    É preciso entender que 40% é uma boa margem, pois as margens agrícolas médias flutuam entre 10% e 20%. Assim, é bom não especular achando que os preços vão subir muito mais. Em geral, os produtores perdem muito, sempre achando que os preços vão subir ainda mais.

    No caso do milho, seria bom esperar, a não ser que o custo efetivo tenha sido bem menor do que o calculado pela CONAB (situação dificil, mas não impossível). Para a decisão de plantio de safrinha, o produtor deve fazer o mesmo calculo com a cotação da BMF para dezembro/2009 (não para setembro, como muitos fazem, mês em que há sempre alta pressão de oferta) e segundo os custos atuais, que tendem a ser um pouco menores do que os de setembro de 2008.

    Espero ter ajudado.

    Prof. Clímaco Cézar de Souza

    AGROVISION - Brasilia

    www.agrovisions.com.br

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  • Altemar Kroling Diamantino - MT 14/01/2009 23:00

    João Batista, estava correndo tudo bem em nossa região para termos uma safra boa de soja, mas agora estamos enfrentando uma estiagem acima do normal. Tenho uma plantação de arroz que está morrendo por falta de chuva, pois a ultima chuva foi 23 de dezembro (12 mm) e depois não choveu mais. Até o momento já morreu 50% das plantas.

    E no soja também já temos perdas. Muitas lavouras, em fase final, estão fora de perigo. Mas aquelas que estão no inicio da formação de grãos vão ter quebras, pois está abortando muita vagem devido à falta de chuva. Já tinhamos quebra por falta de tecnologia e agora, com a estiagem, existem regiões com 25 dias sem chuva. Obrigado pelo espaço. ALTEMAR KROLING, vice-presidente do sindicato rural de Diamantino, MT.

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  • Paulo Mano Juara - MT 14/01/2009 23:00

    Caro amigo JB, mais uma vez venho pedir-lhe informações sobre um fato muito grave que anda acontecendo na pecuaria, tinhamos problemas em todos os sentidos com os frigorificos, uma eterna guerra de pecuarista x frigorificos... agora não estamos mais tendo para quem vender o boi, a industria da carne parece que foi pega de surpresa com essa crise, diminuindo o credito, diminuindo bois para abate e valorizando a carne. Quando eramos para tar botando a casa em ordem em nossas fazendas, nos reestruturando novamente depois de uma crise da pecuaria. Estamos é com medo de vender o boi e não receber... me parece que nos ultimos 6 meses mais de 30 plantas frigorificas fecharam suas portas no BRASIL, será que eles estavam nadando em financiamento do bnds e na hora da onça beber agua que o gado sumiu e aumentou o preço da @ eles quebraram? Só na minha região são umas 5 plantas fechadas ou atrazando pagamentos. O que será que aconteceu JB ? Vc logicamente é muito mais informado e poderá nos passar alguma noticia sobre o assunto. um abraço, Paulo Mano, juara mt

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  • Keli Cristina da Costa Barruffini Quirinópolis - GO 14/01/2009 23:00

    Boa tarde!<br />

    Gostaria de agradecer a Desirée pela<br />

    sua previsão do tempo em Quirinópolis nos próximos 30 dias.<br />

    Obrigada.<br />

    <br />

    Keli Cristina da Costa Barruffini.

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  • TULIO DENARI SIDROLANDIA - MS 14/01/2009 23:00

    É preocupante a situação dos mutuários do Crédito Rural que não saldaram até 30 de dezembro de 2008 os 40% exigidos pela lei das prorrogações. Embora anunciado que haverá uma nova postergação do prazo, os Bancos já têm ordem de notificar os cartórios sobre as inadimplências.

    Estamos em plena safra, grande parte do MS e da Região Sul encontram-se numa situação de estiagem - se não a mais grave, mas certamente uma das mais graves já ocorridas - e os preços dos produtos estão numa gangorra louca, tanto que muitos municípios decretaram situação de emergência.

    Precisamos pressionar as autoridades para a compreensão desta nova situação, que pega os produtores sem solução da crise anterior, e dentro de uma nova e grave crise.

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  • Renato Ferreira Dourados - MS 14/01/2009 23:00

    Safrinha com exagero é assinatura do atestado de burrice!!! Estou de acordo com Sr. Telmo Heinen - portanto, vamos parar de agir pela emoção e pelo coração de agricultor que somos e parar de sustentar esses parasitas vestidos de vendedores de lojas e multinacionais. Já fui procurado por lojas e me propuzeram uma espécie de atestado de burrice, com os custos apresentados.

    PRODUTORES: esta é a hora de analizar friamente e parar de jogar dinheiro bom (soja) em cima de dinheiro ruim (safrinha), não sacrificar a produtividade com plantio do cedo e variedades precoce, afim de plantar safrinha.

    Vamos escolher a melhor área, plantar apenas na primeira área de soja a ser retirada, colocar tecnologia adequada, fazer rotação de cultura (milheto, aveia, brachiária) assim parar de perder o dinheiro limpo da soja na safrinha duvidosa.

    Acompanhem o racicínio: optando por plantio do cedo e variedade superprecoce é igual a menos 5 a 8 sacas de soja (7 Sc x 40 R$ = 280 R$), pois esta não produzirá menos que a soja da época normal e variedade de ciclo médio;

    Ao plantar a safrinha, esta produzirá em torno de 60 a 70 sacas, com custo de 50 a 60 Sc/hec sobrando ai em torno de 10 a 20 sc/hec ( 15sc x 15R$ (?) = 225R$).

    NÃO SEJAMOS BURROS!!! FAÇAMOS AS CONTAS!!!

    Faço a seguinte proposta: arrendo a minha terra na safrinha, cobro a renda que de qualquer forma (mesmo sendo proprietário isto tem que ser colocado no custo de produção), exijo a mesma tecnologia aplicada que os vendedores de híbridos pregam, e ai, vamos ver se o arrendatário (louco) tira algum lucro?!!

    Se o proprietário está vendo que é inviável, imagina arrendatário pagando renda!!!!???

    Estou saturado!!!!

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  • Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 14/01/2009 23:00

    Caro Joäo, além desta crise imensa que näo faz as cotaçöes reagirem, mesmo com um monte de notícias altistas, na minha opiniäo de produtor rural, isso se deve porque o principal agente propulsor das "explosöes de preço" - o nosso querido especulador - está muito retraído após tantas altas e baixas nas cotaçöes em 2008. Vários bancos e fundos que atuam com derivativos diminuíram sua participaçäo ou quebraram; portanto acho que passaremos um tempo de maior calmaria, sem grandes euforias, vislumbres de altos lucros ou de catástrofes como em 2008.

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