Quebra de produção na China refreou crise nos suínos e será o impulso em 2019; aves compensaram embargo da UE

Publicado em 27/12/2018 07:05
Ricardo Santin - Diretor Executivo ABPA
Peste suína africana na China ajudou a escoar, no 2º/s, excesso de oferta que ficou no BR com a perda de venda à Rússia, e até deverá demanda mais frango e outras carnes, mas também abre um momento sensível para o País quanto à abertura de painel na OMC pelas medidas antidumping impostas ao frango. Até fevereiro deverá sair a decisão de não houver acordo. Fechamento do mercado europeu foi compensado por outros mercados.

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Quebra de produção na China refreou crise nos suínos e será o driver em 2019; aves compensou embargo da UE

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A peste suína na africana na China ajudou a escoar a produção de suínos no Brasil que se refletiu em uma melhora nas referências de preços. No entanto, o setor de aves acabou compensando com outros mercados após os embargos da União Europeia.

Segundo o Diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, esse ano foi muito atribulado para o setor da suinocultura e avicultura devido ao embargo da Rússia e a greve dos caminhoneiros. "O Brasil tem 40% dos seus mercados no passado iam para a Rússia que toda essa mercadoria foi destinada ao mercado interno gerando uma perda de preço”, afirma.

Isso fez com que o mercado nacional vivenciasse uma turbulência, tendo em vista que em maio de 2018 aconteceu a greve dos caminhoneiros que ocasionou uma série de prejuízos. “A greve levou o setor a diminuir a produção de aves em 1,7% e menos 5% de suínos. Por isso, chegamos ao fim do ano com números que não são de crescimentos”, comenta.

Peste Suína

Até o momento, 10% da produção chinesa está comprometida que representa mais de 5 milhões de toneladas. “Os levantamentos que a associação fez na China destaca que o país vai precisar de quatro milhões de toneladas de carne suína. Porém, não tem essa produção disponível no mundo para suprir essa lacuna”, diz.

A China vai precisar importar a produção de carne suína do Brasil e dos Estados Unidos, na qual pode amenizar a situação da Guerra Comercial em virtude do país precisar dessa demanda. “Os chineses precisam de toda a carne americana e brasileira que for disponível”, relata.

2019

A tendência para o próximo ano é que o mercado interno vai ter a concorrência de dois grandes importadores, a China e a Rússia que vai precisar aumentar o número de fornecedores para diminuir o preço do produto no país. “Nós estamos prevendo um crescimento na casa dos 2% a 3%, tendo em vista que é um número conservador. Pois se a China realmente precisar de muita carne vamos ter que fazer um reforço para crescer mais ainda”, destaca.

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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