Futuros do milho fecham semana acumulando perda de 2% na B3
A sexta-feira (04) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3) e acumularam desvalorizações semanais, encerrando o dia flutuando na faixa entre R$ 85,70 e R$ 92,43.
O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 85,70 com perda de 0,46%, o janeiro/23 valeu R$ 89,04 com desvalorização de 0,93%, o março/23 foi negociado por R$ 92,43 com queda de 0,44% e o maio/23 teve valor de R$ 92,10 com baixa de 0,50%.
Na comparação semanal, os contratos do milho brasileiro acumularam desvalorizações de 0,81% para o novembro/22, de 2,37% para o janeiro/23, de 1,95% para o março/23 e de 1,92% para o maio/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (28).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está vendo Chicago começando a declinar um pouco e o dólar em baixa também pressiona.
“Então, o produtor tem que ir fazendo as relações de troca, que estão em momentos bons e aproveitando os picos de dólar, já que os insumos todos do produtor são em dólar”, aconselha Brandalizze.
Na visão do sócio-diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, a reta final de 2022 pode trazer novas oportunidades de comercialização para o milho brasileiro, com boas margens aos produtores. Entre os pontos positivos citados, está a volta das indústrias nacionais ao mercado após o término de seus estoques constituídos na boca da colheita e antes da chegada das festas de final de ano.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve uma jornada negativa neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Pato Branco/PR. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Maracaju/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Porto Paranaguá/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “após a queda do dólar e desvalorização do milho no mercado internacional, o cereal volta a recuar e ser comercializado na média de R$ 84,50/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Para a SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho registrou fraco movimento nos negócios na primeira semana de novembro. Segundo a consultoria, o entrave foi causado pelo bloqueio de rodovias federais registrado desde a noite do último domingo (30) após as eleições presidenciais. “Somado a isso, o feriado de quarta-feira (2) reduziu ainda mais o ritmo de comercialização, deixando os compradores praticamente ausentes do mercado”.
A consultoria Tarken, também faz leitura semelhante. “Nos últimos dias, além do resultado das eleições que impactam diretamente os movimentos do mercado do grão, as manifestações e bloqueios nas estradas por todo país criaram alertas na rotina e estratégias do produtor, que precisou se organizar diante desse cenário”, diz Mahany Martins, analista Tarken.
Os consultores da SAFRAS acrescentam que, “o ritmo de negócios da exportação, que foi o grande destaque de outubro, também se mostrou prejudicado na primeira semana de novembro. Além dos bloqueios nas rodovias, a forte volatilidade cambial acabou favorecendo um declínio na paridade de exportação nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP), prejudicando o andamento dos embarques”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro, que ficaram perto da estabilidade no acumulado semanal.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,81 com alta de 1,75 pontos, o março/22 valeu US$ 6,86 com elevação de 2,00 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 6,86 com ganho de 2,00 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,82 com valorização de 2,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (03), de 0,29% para o dezembro/22, de 0,29% para o março/23, de 0,29% para o maio/23 e de 0,44% para o julho/23.
Já na comparação semanal, os contratos do milho norte-americano acumularam altas de 0,15% para o dezembro/22 e de 0,29% para o julho/23, além de estabilidade para o março/23 e para o maio/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (28).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho seguiram uma forte força no setor de commodities com a desvalorização do dólar, em teoria, tornando os grãos dos Estados Unidos mais competitivos globalmente.
“O petróleo está em alta e o dólar está muito mais baixo, então isso está ajudando tudo. É a energia e a mistura do óleo com o diesel”, disse à Reuters, Sherman Newlin, analista da Risk Management Commodities.
A publicação ainda destaca que, as perspectivas de a China aliviar algumas de suas restrições ao COVID-19 apoiaram a soja e outros mercados, apesar da falta de mudanças anunciadas. A China é o maior importador de soja do mundo.
“Existem rumores de que a China poderia mudar sua política de Covid e se abrir novamente, então está pensando que talvez possamos vender mais alguns grãos para a China dessa maneira”, disse Newlin.
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