Com risco climático diminuindo, preços do milho no Brasil devem ficar pressionados nos próximos 2 ou 3 meses
Com risco climático diminuindo, preços do milho no Brasil devem ficar pressionados nos próximos 2 ou 3 meses
Os preços futuros do milho tiveram uma sexta-feira de movimentações mistas na Bolsa Brasileira (B3) e acumularam recuos semanais para a maior parte das posições.
Segundo Enilson Nogueira, Analista da Céleres Consultoria, os preços do cereal estão mais atentos aos fatores internos do que aos externos neste momento e ficando mais tranquilo sobre o tamanho da safra brasileira, que vai se direcionando para mais de 100 milhões de toneladas.
Neste cenário, e com os trabalhos de colheita devendo começar na virada de maio para junho, a tendência dos próximos 2 ou 3 meses é de preços de milho pressionados no Brasil, algo que já está acontecendo.
“Há um mês a saca de milho girava entre R$ 50,00 e R$ 55,00 em Lucas do Rio Verde/MT, mas agora está entre R$ 45,00 e R$ 47,00”, aponta Nogueira.
O analista acredita que, o produtor que tiver possibilidade de segurar as vendas neste momento, pode encontrar um cenário mais propício para a comercialização ao longo do segundo semestre de 2025.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
O vencimento maio/25 foi cotado à R$ 77,17 com alta de 0,12%, o julho/25 valeu R$ 68,44 com queda de 0,19%, o setembro/25 foi negociado por R$ 69,89 com elevação de 0,19% e o novembro/25 teve valor de R$ 72,40 com baixa de 0,07%.
No acumulado semanal, os vencimentos do cereal brasileiro registraram perdas de 3,20% para o julho/25, de 1,35% para o setembro/25 e de 1,47% para o novembro/25, além de ganho de 0,55% para o maio/25, com relação ao fechamento da quinta-feira (17).

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho recuou neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações nas praças de Palma Sola/SC, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), a sexta-feira teve movimentações em campo misto e próximas da estabilidade para os preços internacionais do milho futuro, mas manteve o acumulado negativo das cotações ao longo da semana.
Nogueira destaca que, a CBOT segue pressionada pela área da nova safra dos Estados Unidos, que vai se consolidando com crescimento ante a do ano passado, e pelo início acelerado dos trabalhos de plantio, o que é positivo para garantir produtividade.
Ainda segurando os preços, está a demanda, que vem fortalecida com bons números de exportação e expectativa de redução nos estoques internacionais. Apesar disso, o analista acredita que, cada vez mais, o mercado irá seguir o lado da oferta, com as movimentações bastante atreladas ao clima para o desenvolvimento da safra.
O vencimento maio/25 foi cotado à US$ 4,78 com alta de 1,50 pontos, o julho/25 valeu US$ 4,85 com elevação de 1,50 pontos, o setembro/25 foi negociado por US$ 4,45 com perda de 0,75 pontos e o dezembro/25 teve valor de US$ 4,55 com baixa de 0,75 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (24), de 0,31% para o maio/25 e para o julho/25, além de quedas de 0,17% para o setembro/25 e de 0,16% para o dezembro/25.
No acumulado semanal, os vencimentos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 0,73% para o maio/25, de 0,97% par ao julho/25, de 2,78% para o setembro/25 e de 2,20% para o dezembro/25, com relação ao fechamento da quinta-feira (17).

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