Dados da economia e colheita dos EUA pesam sobre futuros do milho em Chicago nesta 4ªfeira
A quarta-feira (21) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações levemente negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 89,49 e R$ 95,70.
O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 89,49 com queda de 0,22%, o janeiro/23 valeu R$ 93,20 com perda de 0,06%, o março/23 foi negociado por R$ 95,90 com baixa de 0,10% e o maio/23 teve valor de R$ 95,70 com desvalorização de 0,29%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, houve negócios de exportação nos portos durante esta semana na faixa entre R$ 90,00 e R$ 95,00 de setembro/outubro até dezembro/janeiro.
“Segue com negócios e os compradores estão querendo milho”, destaca.
Conforme levantamento realizado pela SAFRAS & Mercado, o line-up da programação de embarques de milho nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 7,516 milhões de toneladas em setembro.
O volume já embarcado no mês atinge 3,975 milhões de toneladas, contra o mesmo período do ano passado, quando o Brasil embarcou 2,855 milhões de toneladas de milho.
Já ara outubro, o line-up projeta embarques do cereal de 1,861 milhão de toneladas.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou muito pouco neste meio de semana. A equipe do Notícias Agrícolas realizou levantamento e controu valorização apenas na praça de Brasília/DF. Já as desvalorizações apareceram somente em São Gabriel do Oeste/MS e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a firmeza dos preços internacionais fortalecendo as exportações brasileiras sustenta o preço do milho na casa dos R$ 84,00/sc em Campinas/SP”.
O reporte diário da Radar Investimento acrescenta ainda que, “o mercado do milho está atento ao quadro de oferta global. Além disso, a volatilidade do câmbio deve refletir nas cotações”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou de maneira negativa para os preços internacionais do milho futuro ao longo de todo o pregão desta quarta-feira.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,85 com desvalorização de 6,50 pontos, o março/23 valeu US$ 6,90 com baixa de 6,50 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,90 com queda de 6,25 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,84 com perda de 6,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última terça-feira (20), de 1,01% para o dezembro/22, de 0,86% para o março/23, de 1,00% para o maio/23 e de 0,87% para o julho/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho caíram, enquanto o dólar saltou com as expectativas de que o Federal Reserve dos Estados Unidos anunciaria um grande aumento da taxa de juros.
“Um dólar mais forte tende a tornar os grãos dos EUA menos competitivos globalmente”, explica Julie Ingwersen da Reuters Chicago.
A publicação destaca que, os mercados de commodities e ações se agitaram enquanto os traders avaliavam como uma recessão poderia prejudicar a demanda por bens.
“A maioria das ações está em território negativo no comércio de recessão, enquanto o trigo está novamente registrando ganhos após sua queda no início da manhã, já que os comerciantes se preocupam com os riscos da Ucrânia”, escreveu o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, em nota a um cliente.
Além disso, o início da colheita de milho e soja nos EUA aumentou a pressão sazonal nesses mercados. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse esta semana que os agricultores colheram 7% da safra de milho e 3% da safra de soja.
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