Em semana marcada por reduções do USDA, milho acumula alta de 5% em Chicago

Publicado em 12/08/2022 16:40
B3 recua nesta 6ªfeira, mas fecha semana altista

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A sexta-feira (12) chega ao fim com os preços futuros do milho consolidando movimentações negativas após passar a maior parte do pregão no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 88,70 e R$ 94,40 e fecharam uma semana  

O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 88,70 com perda de 0,56%, o novembro/22 valeu R$ 91,60 com baixa de 0,22%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 93,91 com queda de 0,28% e o março/23 teve valor de R$ 94,40 com desvalorização de 0,74%. 

Já na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam ganhos de 1,62% para o setembro/22, de 2,33% para o novembro/22, de 1,57% para o janeiro/23 e de 1,23% para o março/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (05). 

variação semanal milho b3

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze,  a Bolsa Brasileira recuou nesta sexta-feira porque está muito vinculada ao dólar, que também teve um dia de desvalorização que atuou para pressionar. 

“Mesmo assim seguimos na faixa entre R$ 85,00 e R$ 90,00 nos portos, com chances de R$ 92,00 para dezembro/janeiro, apenas R$ 1,00 por saca abaixo das posições de ontem”, pontua Brandalizze. 

O fator positivo para o mercado nacional, especialmente olhando para as exportações, é que a China deve acelerar a liberação para importação do milho brasileiro em meio à guerra na Ucrânia e as tensões do país com o Estados Unidos e iniciar as compras no Brasil ainda em 2022. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca do milho teve um último dia da semana altista, com valorizações verificadas em Castro/PR, Dourados/MS, Machado/MG e Porto Paranaguá/PR pelo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, que não encontrou desvalorizações em nenhuma das praças. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira  

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no Brasil, os prêmios de exportação do milho vêm se mantendo firmes, apesar do avanço da colheita da segunda safra, ajudando a sustentar a saca próxima dos R$ 82,00 em Campinas/SP”.   

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho voltou a apresentar um ritmo calmo na comercialização nesta semana. “Com a oferta melhor controlada, as cotações se sustentaram e até avançaram em parte das principais regiões produtoras. O período de maior pressão com entrada da safrinha passou e os vendedores dosam a oferta, o que garante suporte aos preços. No geral, não houve grandes modificações nos valores do cereal”. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) abriu o último dia da semana esperando as divulgações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), recuou logo após as publicações, mas fechou o pregão de sexta-feira adicionando novos avanços para os preços internacionais do milho futuro, que registraram ganhos semanais. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,39 com elevação de 10,50 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,42 com valorização de 14,50 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,49 com alta de 14,50 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,51 com ganho de 14,00 pontos. 

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (11), de 1,59% para o setembro/22, de 2,39% para o dezembro/22, de 2,37% para o março/23 e de 2,20% para o maio/23. 

Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam valorização de 4,75% para o setembro/22, de 5,25% para o dezembro/22, de 5,02% para o março/23 e de 4,66% para o maio/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (05). 

variação semanal milho cbot

Segundo informações os contratos futuros de milho subiram nesta sexta-feira em Chicago após os novos reportes do USDA e de começar o dia em seu menor nível desde 11 de julho. 

A publicação destaca que, a produção de milho dos EUA está prevista para ser menor do que se pensava anteriormente, já que o clima adverso durante períodos críticos de desenvolvimento limitou o potencial de colheita, principalmente no Sul. 

“Os comerciantes estavam procurando reduções no milho e na soja. Então, foi mais uma surpresa de baixa para a soja do que de alta para o milho”, disse Craig Turner, corretor sênior da Daniels Trading. 

Para o milho, o USDA veio alinhado com o que o mercado esperava, reduzindo seus números para a safra 2022/23. A produtividade do cereal caiu de 185,15 para 183,48 sacas por hectare, levando a produção de 368,45 para 364,74 milhões de toneladas. Os estoques finais também foram corrigidos e passaram a ser estimados em 35,26 milhões de toneladas, contra o número de julho de 37,34 milhões de toneladas. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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