Problemas na oferta de glifosato: Posicionamento da Bayer no Brasil
Um comunicado divulgado pela Bayer Internacional na última sexta-feira (11) sobre dificuldades na oferta de glifosato chamou a atenção da cadeia produtiva, levantou questionamentos e preocupação entre os produtores rurais também no Brasil.
A Divisão Agrícola da Bayer no Brasil, ao Notícias Agrícolas, enviou um posicionamento afirmando que "para o mercado brasileiro, a Bayer está trabalhando para reduzir ao máximo possíveis impactos no fornecimento dos produtos da marca Roundup" e reforçou seu papel ao lado dos produtores.
Veja a íntegra:
POSICIONAMENTO DIVISÃO AGRÍCOLA DA BAYER
O mercado de produtos químicos agrícolas em todo o mundo está vivenciando um cenário historicamente desafiador devido à complexidade nos fluxos comerciais globais, à pandemia e a eventos climáticos extremos – incluindo o furacão Ida, nos EUA, em outubro de 2021 – que continuam a pressionar a oferta de produtos.
Em todas essas situações, a Bayer tem trabalhado com seus clientes em todo o mundo para ajudar a gerenciar suprimentos e melhor atender às suas necessidades.
Recentemente, um fornecedor de uma matéria-prima necessária para produzir glifosato sofreu uma falha mecânica que poderá causar impactos em nossa produção global do ingrediente ativo para a fabricação de glifosato. Para o mercado brasileiro, a Bayer está trabalhando para reduzir ao máximo possíveis impactos no fornecimento dos produtos da marca Roundup.
Reforçamos que continuaremos a trabalhar diligentemente com nossos clientes para atender às suas necessidades e ajudá-los a ter uma temporada de sucesso.
Veja o comunicado da Bayer Internacional
"A quem possa interessar
RE: Glifosato/Anúncio de Situação de Força Maior
Estou escrevendo para você hoje para notificá-lo da seguinte situação, que constitui um evento de Força Maior para a Bayer: um de nossos principais fornecedores de matérias-primas sofreu uma falha mecânica em sua fábrica e que leva a uma redução substancial nas taxas de produção. A partir de agora, dada a notificação do fornecedor esperamos que os reparos desta linha de produção levem cerca de três meses.
Como resultado deste evento de Força Maior, a capacidade da Bayer de fornecer seus clientes com glifosato ou produtos contendo glifosato conforme acordado em determinados contratos ou sob ordens de compra aceitas foi impactado. Pedimos desculpas por esse impacto, mas esperamos que você compreenda que esta situação está além do nosso controle razoável.
A Bayer coopera perfeitamente com o referido fornecedor-chave e outros parceiros de
confiança para limitar o impacto ao mínimo possível.
Enquanto trabalhamos para mitigar o déficit e entender melhor a situação e seu impacto em nossos clientes, retornaremos a você com informações adicionais assim que pudermos.
Obrigado por sua compreensão e sua parceria contínua em trabalharmos juntos neste desafio.
Atenciosamente,
Bayer AG
Dr. Udo Schneider
Global Head de Manufatura de Ingrediente Ativo"
Nesta segunda-feira (14), o Notícias Agrícolas ouviu o diretor da LucrodoAgro, Eduardo Lima Porto, que fez questionamentos sobre o comunicado da empresa, em especial sobre o motivo tido como "força maior" ao citar a falha mecânica de um de seus principais fornecedores, já que, como explica o especialista, considerado força maior são situações como catástrofes promovidas por intempéries climáticas ou conflitos bélicos, por exemplo.
"Estamos vendo mais uma situação inédita, que poderia ser chamada até de inovação. O grande produtor mundial de glifosato chamar de força maior uma falha mecânica de um fornecedor", afirma Lima Porto. "Tenho muita dificuldade em entender falha mecânica como uma força maior".
Confira a entrevista completa:
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