DA REDAÇÃO: Anvisa encontra micotoxina que afeta o crescimento humano no trigo brasileiro

Publicado em 01/09/2011 14:05 e atualizado em 01/09/2011 18:14
Trigo: produtores terão até 11 de fevereiro de 2012 para eliminar microtoxina nociva à saúde, segundo portaria da Anvisa. Fungo se profilera com a umidade, e penetra na planta durante a floração. Para homem, o microorganismo acumula-se no fígado e afeta crescimento.
Portaria da Anvisa divulga constatação de níveis de micotoxinas (toxinas de fungos) no trigo brasileiro. A giberela é um fungo do complexo Fusarium e, no caso do trigo, o deoxinevalenol é um subproduto com efeito tóxico, que se acumula no fígado e se liga a enzimas precursoras de hormônios do crescimento de seres humanos e animais. Com ele, tanto o crescimento de massa corporal, como de altura podem ser prejudicados.

Portanto, a partir de fevereiro, o Brasil deve se adequar à legislação já vigente em outros países para evitar níveis nocivos dessa micotoxina no cereal. Representantes de moinhos foram alertados sobre o assunto durante reunião na Expointer.

O pesquisador da Embrapa José Maurício Fernandes explica que os produtores podem evitar essa contaminação do momento da floração até o período de enchimento dos grãos. Isso porque, quando há umidade ao redor da espiga e a temperatura é favorável, o fungo germina e penetra nos tecidos da planta.

Além disso, existe um conjunto de medidas que podem ser tomadas. Um exemplo: se determinado estande for afetado pela umidade, deve ser separado dos que não foram.

Já os lotes contaminados podem ser recuperados com uma limpeza rigorosa, que elimine os grãos mais leves, que são geralmente os mais contaminados. Quanto àqueles grãos em níveis de contaminação inaceitáveis para consumo humano podem ser aproveitados em ração para ruminantes.

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Por:
João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte:
Notícias Agrícolas

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