Soja sobe levemente em Chicago nesta 4ª, atento ao clima nos EUA, no BR e ao farelo
Os preços da soja inverteram o sinal e passaram a operar em campo positivo na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (4). As altas, por volta de 12h40 (horário de Brasília), variavam entre 3,25 e 3,50 pontos nos vencimentos mais negociados, com o novembro sendo cotado a US$ 10,15 e o março, US$ 10,47 por bushel. No complexo, sobem também os futuros do farelo, os quais recuavam quase 1% mais cedo.
"Os futuros operam sustentados pela piora das condições das lavouras de soja dos EUA e pela expectativa de novas vendas do grão", informaram os analistas de mercado da Pátria Agronegócios em seu reporte diário.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou ontem que o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições caiu de 67% para 65% na última semana, já que o país sofre com tempo mais seco e quente em regiões importantes do Corn Belt.
"Os prognósticos do modelo GFS, atualizado nessa manhã, seguem apontando clima seco para a maior parte do território dos EUA. Chuvas são previstas somente para o litoral do Texas, Louisiana, sul do Mississippi, centro e sul do Alabama e da Georgia, litoral da Carolina do Sul bem como toda a Flórida", informa o Grupo Labhoro. "As notícias fundamentais continuam inalteradas, com previsões de clima seco predominando nos EUA e América do Sul e nenhuma atualização frente aos embates comerciais entre a China e o Canadá".
Segundo explicam analistas e consultores, os mercados já reconhecem os cenários de fundamentos, absorveram as perspectivas de uma oferta robusta vinda dos EUA, um bom comportamento da demanda e agora, aos poucos, vão dividindo suas atenções com o clima na América do Sul, que em mais algumas semanas dá início às suas novas temporadas.
O tempo muito quente e seco no Brasil traz alguns sinais de alerta, porém, ainda é bastante cedo para que haja uma clareza sobre a safra 2024/25. O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) informou, nesta terça em entrevista ao Notícias Agrícolas, que o início da semeadura pode ser um pouco mais lento, justamente em função do clima ainda desfavorável.
Além disso, a demanda mais presente nos EUA também se mantém como um pilar importante de suporte para as cotações da soja em Chicago.
No Brasil, as atneções também se voltam ao comportamento do dólar - que trabalha estável, com leve alta frente ao real - e aos prêmios, que hoje estão cedendo em relação aos indicativos do dia anterior.
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