Imea mantém previsão de produção de soja de MT, tempo seco pode impactar início do plantio
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja 2024/25 de Mato Grosso, principal Estado produtor brasileiro, foi estimada nesta segunda-feira em 44,04 milhões de toneladas, volume inalterado ante previsão de agosto, de acordo com avaliação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que alertou sobre o clima seco previsto para setembro, mês que marca o início do plantio da oleaginosa.
O Imea lembrou que o Ministério da Agricultura antecipou o término do período do vazio sanitário no Estado, que em 2024/25 vai se encerrar no próximo dia 7, permitindo o início dos trabalhos de semeadura a partir daquela data.
O objetivo da antecipação do fim do vazio -- período no qual é proibido o plantio de soja para evitar a propagação do fungo da ferrugem -- é aumentar a "janela" de cultivo das culturas de segunda safra, de milho ou algodão.
"No entanto, as previsões climáticas para os próximos meses apontam chuvas mais tardias e com baixos volumes de precipitações neste início", disse o Imea, em relatório nesta segunda-feira.
"Ao analisar a média dos modelos climáticos, as anomalias de precipitação para setembro projetam volumes abaixo da média histórica em todo o território mato-grossense. Isso pode impactar o ritmo da semeadura no início da safra, caso as chuvas não se normalizem, e também o potencial produtivo das áreas que serão semeadas precocemente, devido à potencial menor umidade do solo."
Diante disso, explicou o órgão ligado aos produtores, a estimativa de produtividade da safra permanece projetada em 57,97 sacas/hectare, o que seria um incremento de 11,15% em relação à safra passada, quando a lavoura de soja atrasou e sofreu perdas de produtividade no início do ciclo por conta do tempo quente e seco.
Se esta produtividade for confirmada, o Mato Grosso teria aumento de 12,78% na safra ante a temporada passada. A área plantada deve crescer apenas 1,47%, segundo o Imea, para 12,66 milhões de hectares.
A consultoria StoneX também citou dificuldades para o plantio neste início, pelo tempo seco, conforme relatório divulgado nesta segunda-feira.
(Por Roberto Samora)
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