Brasil precisa diversificar e ampliar exportações à China, diz CNA
A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, afirmou, na quarta (17), que o Brasil precisa diversificar cada vez mais a pauta exportadora de produtos do agro para a China e ampliar a base de empresas que exportam para o mercado asiático.
“O Brasil tem que exportar muito mais soja e carne bovina para a China, mas é importante, também, fazer um esforço para aumentar o volume de produtos que não são tradicionais. A nossa pauta exportadora precisa refletir a diversidade da produção agropecuária do país”, disse Sueme durante a Conferência Internacional “50 anos da relação Brasil-China: cooperação para um mundo sustentável”.
O evento foi realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), em parceria com o National Top Think Tank e o Institute of Latin American Studies da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), na sede da CNA, em Brasília.
No painel “Agronegócio, inovação e transição ecológica”, Sueme Mori destacou que o Brasil é uma potência quando o assunto é produção e exportação de alimentos, mas ainda precisa ampliar o número de empresas exportadoras do agro e promover produtos que não são tradicionais da pauta, como mel e frutas.
“É necessário preparar os empresários rurais brasileiros para entrarem nesse mercado. É um trabalho de longo prazo, que exige atendimento individualizado e atuação conjunta entre governo e setor privado”, afirmou.
A diretora de Relações Internacionais ressaltou que a CNA apoia a internacionalização de novas empresas, por meio do projeto Agro.BR. A iniciativa é realizada em parceria com a Apex-Brasil que busca apoiar os pequenos e médios produtores rurais no acesso ao mercado internacional por meio das exportações e também por outras vias como o e-commerce.
A diplomata na embaixada do Brasil em Pequim, Letícia Frazão Leme, falou sobre a política de autossuficiência alimentar da China e como ela pode afetar a relação com o Brasil.
Já para o professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Marcos Jank, a China continua sendo um importante destino das exportações brasileiras, uma parceria estratégica que precisa de transparência e previsibilidade.
No debate, o assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin, explanou sobre a potencialidade do Brasil em transformar áreas de pastagens em agricultura e garantir a segurança alimentar. Em seguida, o diretor-executivo do Bocom BBM, destacou a atuação do banco no mercado de capitais e a relação com o agro e a China.
Em sua fala, a líder de Sustentabilidade da Syngenta, Grazielle Parenti, pontuou sobre a transformação da agricultura brasileira com o uso da tecnologia e inovação e empreendedorismo do produtor rural.
Por fim, a diretora do Instituto de Economia Industrial da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), Shi Dan, falou sobre o equilíbrio entre a oferta e a demanda para alcançar o objetivo do Brasil como exportador e da China como importador de alimentos.
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