B3 se move pouco e milho fecha a 4ªfeira contabilizando recuos

A quarta-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho registrando poucas alterações na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 59,44 e R$ 66,59. 

O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 59,44 com ganho de 0,41%, o janeiro/24 valeu R$ 62,64 com queda de 0,11%, o março/24 foi negociado por R$ 66,59 com perda de 0,13% e o maio/24 teve valor de R$ 66,20 com baixa de 0,35%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 teve movimentações negativas, já que nos últimos dias houve pressão de vendas, com produtores vendendo milho para fazer dinheiro e tocar o plantio da soja, comprar diesel e pagar contas de começo de safra. 

“Estamos tendo uma pressão momentânea de oferta e estamos tendo essa pressão negativa tanto de fora quanto de dentro”, destaca Brandalizze.  

A consultoria Agrinvest aponta que o contrato mais ativo do milho negociado na B3 voltou a operar nesta quarta-feira em seu menor patamar deste o dia 2 de outubro.  

“As tensões do conflito no Oriente Médio e alta dos juros americanos acabou elevando as cotações do dólar e petróleo nos últimos dias dando ímpeto de alta para algumas commodities agrícolas, mas neste momento, com as tensões se aliviando e o petróleo recuando, o mercado já começa a corrigir as elevações recentes”, explica a consultoria. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma jornada negativa neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas na praça de Sorriso/MT. Já as desvalorizações apareceram em Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Jataí/Go, Rio Verde/GO, Eldorado/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira 

O analista ainda ressalta que as cotações do milho para o final de 2024 e começo de 2025 são 10% melhores do que as posições atuais, demonstrando um futuro mais promissor para a cultura. “O milho está muito barato no mercado mundial e no mercado brasileiro e, com o tempo, ele vai se normalizar com cotações melhores”, diz. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro encerraram a quarta-feira com movimentações negativas sendo registradas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,80 com desvalorização de 4,00 pontos, o março/24 valeu US$ 4,94 com baixa de 3,50 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,03 com perda de 3,00 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,08 com queda de 3,00 pontos. 

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última terça-feira (24), de 0,83% para o dezembro/23, de 0,80% para o março/24, de 0,59% para o maio/24 e de 0,59% para o julho/24. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram pela quarta sessão consecutiva em meio à pressão contínua da colheita sazonal nos Estados Unidos e algumas chuvas aparecendo no Brasil. 

A publicação destaca ainda que, antes do relatório de exportação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) da manhã de quinta-feira, os analistas esperam que a agência mostre vendas combinadas de milho da safra antiga e nova variando entre 23,6 milhões e 53,1 milhões de bushels para a semana encerrada em 19 de outubro.