Milho cai nesta 3ªfeira na B3 e fecha novembro com flutuações restritas
A terça-feira (30) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 88,75 com perda de 0,66%, o março/22 valeu R$ 88,98 com queda de 0,60%, o maio/22 foi negociado por R$ 85,60 com baixa de 0,12% e o julho/22 teve valor de R$ 82,10 com alta de 0,15%.
Já na comparação mensal, os futuros do milho acumularam elevações de 0,43% para o março/22 e de 0,23% para o maio/22, além de recuos de 0,09% para o janeiro/22, de 0,85% para o julho/22 e de 6,19% para o novembro/21 (que parou de ser comercializado em 16/11), com relação ao fechamento do último dia 29 de outubro.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 registra efeito manada com muitos relatos de produtores querendo se desfazer do milho que está em estoque porque estão vendo que o ano está chegando ao final e os grandes compradores estão todos fora.
“Com exceção do Rio Grande do Sul, as lavouras de milho do restante do Brasil estão indo em boas condições, então vamos ter uma safra de verão melhor do que a do ano passado, que foi fortemente afetada pela seca em todas as regiões”, afirma Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas movimentações e subiu ligeiramente. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Castro/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Dourados/MS. Já as desvalorizações apareceram somente em Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com o reporte diário da Agrifatto Consultoria, “estabilizado nos R$ 84,00/sc em Campinas/SP, o mercado doméstico sinaliza ritmo de fim de ano com pouca movimentação enquanto exportação vai dando liquidez aos negócios”.
Mercado Externo
O segundo dia da semana também foi negativo para os preços internacionais do milho futuro que recuaram na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,67 com queda de 14,00 pontos, o março/22 valeu US$ 5,67 com baixa de 14,75 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,70 com desvalorização de 15,75 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,70 com perda de 15,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (29), de 2,41% para o dezembro/21, de 2,58% para o março/22, de 2,56% para o maio/22 e de 2,73% para o julho/22.
Já na comparação mensal, os futuros do milho acumularam perdas de 0,18% para o dezembro/21, de 1,56% para o março/22, de 1,55% para o maio/22 e de 1,38% para o julho/22, com relação ao fechamento do último dia 29 de outubro.
Segundo informações da Agência Reuters, todo o complexo de grãos sentiu a pressão no início da sessão, depois que o presidente-executivo da Moderna advertiu que as injeções do COVID-19 provavelmente não seriam tão eficazes contra a variante do Ômicron.
A publicação destaca que, o milho e a soja seguiram o trigo em queda, com uma queda acentuada no mercado de petróleo bruto e o bom tempo para o desenvolvimento da safra na América do Sul adicionando pressão sobre os preços.
“O fundamental opressor no mercado agora é o medo sobre a Ômicron e o que ela poderia fazer para demandar”, disse Jack Scoville, analista de mercado do The Price Futures Group, que observou que grande parte da liquidação foi causada por fundos em busca de cobertura.
“Esperançosamente, veremos uma demanda melhor (de exportação) com esses preços mais fracos. Se isso acontecer, devemos chegar ao fim desse pânico de vendas e as coisas devem se estabilizar”, disse Scoville, disse ele.
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