Mapa esclarece que doença investigada pela Fiocruz não tem relação com consumo de carne bovina
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclarece que os casos de doenças neurodegenerativas investigados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conforme noticiado na imprensa, tratam-se de suspeitas da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Desta forma, os casos suspeitos não têm relação com consumo de carne bovina. A maior incidência da doença ocorre de forma esporádica e tem causa e fonte infecciosas desconhecidas.
De acordo com informações disponíveis no site do Ministério da Saúde, entre os anos de 2005 e 2014, foram notificados, no Brasil, 603 casos suspeitos de DCJ. Desde que a vigilância da DCJ foi instituída no Brasil, nenhum caso da forma vDCJ foi confirmado. A vDCJ é uma variante da DCJ, associada ao consumo de carne bovina.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) esclareceu ao Notícias Agrícolas que os dois (02) pacientes internados para investigação de Encefalopatia Espongiforme Bovina (“doença da vaca louca”) estão com suspeita da forma esporádica da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), considerando os aspectos clínicos e radiológicos. Esta forma esporádica não tem relação com o consumo de carne. Reiteramos que os pacientes estão internados no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 do INI e que ambos os casos não tem confirmação diagnóstica.
Detalhes que possam identificar os pacientes não serão divulgados em respeito à confidencialidade da relação médico-paciente, de acordo com o estabelecido pelo Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina.
Após as informações de investigação de dois casos suspeitos em humanos de encefalopatia espongiforme bovina, o mercado futuro do boi gordo passou a trabalhar com fortes desvalorizações nos principais contratos negociações na Bolsa Brasileira (B3). Os vencimentos chegaram a trabalhar com quedas de 2,19% a 1,37% na tarde desta quinta-feira (11).
No entanto, as referências futuras já começam a trabalhar com novas altas diante dos esclarecimentos do Ministério da Agricultura e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Por volta das 16h18 (Horário de Brasília), o vencimento Novembro/21 trabalha com alta de 1,58% e cotado a R$ 304,75/@, enquanto o Dezembro/21 registrava alta de 0,18% e precificado em R$ 313,80/@. Já o contrato Janeiro/22 opera com ganho de 0,63% e negociado em R$ 320,00/@ e o Fevereiro/22 registra valorização de 0,50% e está precificado em R$ 322,00/@.
O analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, destacou que o mercado futuro do boi gordo deve retomar os patamares que estava trabalhando após as informações da suspeita da doença em humanos. “A notícia acabou pesando sobre as negociações no mercado futuro do boi gordo, justamente no momento em que os preços voltaram a registrar altas”, informou.
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