Geadas jogam preço do milho lá pra cima, mercado já absorveu...! agora, cuidado com as "realizações"
País registra maior superávit comercial do ano em junho, de US$10,372 bi
Por Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou superávit de 10,372 bilhões de dólares em junho, maior saldo mensal do ano, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira.
O resultado veio em linha com o superávit de 10,700 bilhões de dólares estimado em pesquisa da Reuters com economistas.
No mês as exportações somaram 28,104 bilhões de dólares, enquanto as importações foram de 17,732 bilhões de dólares --nos dois casos, um aumento de 61% sobre os fluxos registrados em junho do ano passado, quando a balança foi superavitária em 6,5 bilhões de dólares.
No semestre, o país registra um superávit comercial de 37,496 bilhões de dólares, ante saldo positivo de 22,295 bilhões de dólares em igual período em 2020. No período, as exportações cresceram 35,8% na comparação pela média diária, enquanto as importações aumentaram 26,6%.
S&P 500 inicia 2º semestre em nova máxima com recuperação do mercado de trabalho
Por Devik Jain e Medha Singh
(Reuters) - O índice S&P 500 deu início à segunda metade do ano com uma máxima recorde nesta quinta-feira, após dados mostrarem menos pedidos semanais de auxílio-desemprego do que o esperado, enquanto as ações de energia eram apoiadas por uma alta nos preços do petróleo.
Oito dos 11 principais setores do S&P 500 avançavam nesta manhã, com as ações de energia, financeiras, industriais e de matérias-primas liderando os ganhos.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego dos EUA caíram a 364 mil, ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 26 de junho, enquanto as demissões despencaram para uma mínima em 21 anos, com as empresas segurando seus trabalhadores em meio à escassez de mão de obra.
"O resultado desta manhã sobre os pedidos de auxílio-desemprego é um ponto realmente positivo", disse Cliff Hodge, diretor de investimentos da Cornerstone Wealth.
Com o S&P 500 e o Nasdaq atingindo uma série de máximas recordes no mês passado, investidores estão focados no relatório norte-americano de emprego fora do setor agrícola, a ser divulgado na sexta-feira. Uma leitura forte poderia forçar o Federal Reserve a repensar sua postura expansionista de política monetária.
O foco também mudava para a temporada de balanços do segundo trimestre nas próximas semanas. Investidores vão avaliar se o ímpeto do primeiro semestre pode continuar no restante do ano.
Às 12:21 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,17%, a 34.562 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,328563%, a 4.312 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 0,33%, a 14.457 pontos.
Emprego formal acelera mais que o esperado em maio com 280.666 vagas, mostra Caged
Por Isabel Versiani e Luana Maria Benedito
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - A criação de empregos formais voltou a ganhar fôlego em maio após uma desaceleração no mês anterior, apontaram dados do Caged divulgados nesta quinta-feira, em desempenho que o governo atribuiu a uma firme retomada da economia.
O Brasil abriu 280.666 vagas formais de trabalho em maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
O resultado ficou acima das 150.000 vagas esperadas pelo mercado, segundo pesquisa da Reuters, e também superou as 116.423 vagas criadas em abril (dado revisado), quando o emprego formal desacelerou em meio ao acirramento da pandemia da Covid-19 no país.
"Está confirmada que essa recuperação brasileira é bastante abrangente", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao ressaltar que todos os setores da economia e Estados do país criaram vagas no mês passado e que setores que estavam especialmente fragilizados com a pandemia, como serviços e comércio, foram destaques.
O setor de serviços liderou a criação líquida de vagas no mês, com 110.956 postos. Comércio gerou 60.480 postos, seguido por indústria (44.146) e agropecuária (42.526).
No ano de 2021, o país acumula agora a criação de 1.233.372 empregos com carteira assinada, segundo o Caged. De janeiro a maio do ano passado, haviam sido fechadas 1.144.875 vagas formais. Em maio de 2020 apenas foram fechadas 373.888 vagas com carteira assinada em meio ao choque do fechamento da economia após a chegada do coronavírus ao país.
Dólar abandona queda, passa a subir e supera R$5 com exterior; Brasília segue no radar
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar teve uma arrancada a partir do meio da manhã e passou a subir nesta quinta-feira, voltando a operar acima de 5 reais depois de mais cedo recuar à casa de 4,94 reais. A cotação reagiu à tomada de fôlego da moeda no exterior, com investidores ansiosos antes da divulgação na sexta-feira de cruciais dados de emprego nos Estados Unidos.
O mercado seguia ainda atento ao noticiário político doméstico, que esquentou nesta semana com manchetes sobre supostas irregularidades em compras de vacinas pelo governo, tema que passou a ser central na CPI da Covid-19 no Senado.
"Evidentemente, os burburinhos políticos aquecidos ajudam os traders na promoção momentânea e oportuna de maior volatilidade e até apreciação do preço da moeda americana, mas ainda consideramos que este seja um fator absolutamente pontual", escreveu Sidnei Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora.
Às 11h58, o dólar avançava 0,70%, a 5,0114 reais na venda, depois de oscilar entre 4,9473 reais (-0,58%) e 5,0242 reais (+0,96%).
"Esse é um movimento de acompanhamento de outras moedas (pares do real), que estão tendo um ajuste ao redor do mundo", disse à Reuters Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office.
Peso mexicano, rand sul-africano, peso chileno e peso colombiano caíam entre 0,3% e 1% nesta sessão.
O índice do dólar contra uma cesta de seis rivais fortes abandonou queda de mais cedo e ensaiava alta, com operadores à espera de um relatório sobre a criação de empregos fora do setor agrícola dos Estados Unidos, a ser divulgado na sexta-feira. O mercado busca de pistas sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve.
Uma guinada surpreendentemente "hawkish" (dura com a inflação) na última reunião de política monetária do Fed tem dado suporte ao dólar no exterior recentemente, uma vez que a perspectiva de elevação de juros nos Estados Unidos tende a atrair recursos para o mercado norte-americano.
"O Brasil tem desafios e perturbações grandiosas no momento, mas, gradualmente, (...) vai voltando a sua velha tradição e pode se tornar, outra vez, o 'oásis' do capital estrangeiro especulativo, pois a elevação do juro é fator imponderável e inevitável na medida em que a inflação ganha transparência dia após dia", acrescentou Nehme.
Ibovespa perde fôlego com recuo de Vale; BR Distribuidora é destaque positivo
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdia o fôlego nesta quinta-feira, após uma abertura mais positiva, com a maioria das ações no vermelho, enquanto BR Distribuidora era destaque positivo após oferta de ações da companhia pela Petrobras.
Às 11:03, o Ibovespa caía 0,56 %, a 126.090,25 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a subir a 127.203,61 pontos. O volume financeiro era de 4,9 bilhões de reais.
Na visão da economista chefe da Consulenza Investimentos, Helena Veronese, o segundo semestre começa com sinais de retomada econômica cada vez mais consistentes no Brasil e no mundo, mas com um cenário político doméstico intenso.
"A CPI da Covid segue no foco dos investidores, com as denúncias de irregularidades em torno de compras de vacinas ganhando força – e sendo potencial fonte de estresse e volatilidade", afirmou.
No Senado, a CPI da Covid ouve nesta quinta-feira Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati Medical Supply, que afirmou ao jornal Folha de S.Paulo ter recebido pedido de propina de 1 dólar por dose, em troca de assinar contrato de venda de vacinas AstraZeneca com o Ministério da Saúde.
Estrategistas do Itaú BBA, por sua vez, elevaram o preço-alvo do Ibovespa no final do ano a 152 mil pontos, de 135 mil pontos antes, citando expectativas maiores para os lucros em 2021 e 2022, principalmente no segmento de commodities.
DESTAQUES
- VALE ON recuava 1,1%, principal pressão de baixa no Ibovespa, em sessão de ajustes após subir nos dois pregões anteriores, apesar da alta dos contratos futuros do minério de ferro na China.
- ENERGISA UNIT caía 1,9%, após arrematar o lote 4 mo leilão de projetos de transmissão na quarta-feira, para projeto no Tocantins, oferecendo um deságio de 62,80% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) prevista pela Agência Nacional e Energia Elétrica (Aneel).
- MULTIPLAN ON mostrava declínio de 1,9%, após trégua na véspera, conforme investidores seguem avaliando os potenciais efeitos de medidas propostas na segunda fase da reforma tributária. No setor, BRMALLS ON caía 1,7% e IGUATEMI ON cedia 1,4%.
- BR DISTRIBUIDORA ON avançava 3,4%, após oferta de ações da companhia pela Petrobras precificada na véspera a 26,68 reais cada. PETROBRAS PN valorizava-se 0,5%, após levantar 11,36 bilhões de reais com a oferta da BR e ajudada pela alta do petróleo no exterior.
- USIMINAS PNA subia 2,5%, após estimativa da companhia de impacto positivo de 2,4 bilhões de reais, antes de efeitos fiscais, em seus resultados após a decisão do STF que excluiu o ICMS da base da cálculo do PIS/Cofins.
3 comentários
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Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO
Ainda em complemento ao comentário anterior, eu não teria tanta coragem de ser taxativo (para qualquer lado que seja) em um ano como esse!
Prudência e bom senso não faz mal a ninguém!!Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO
**corrigindo: onde se lê "nós", leia-se "nos".
Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO
Tenho dúvidas se "o mercado já absorveu" Sr. João Batista!!
A "safrinha" de 2021, fará jus ao nome. E mais: com o clima duvidoso nós EUA, os preços poderão ir nas alturas!! Vamos ver os próximos 30 dias...