Açúcar fecha 5ª com alta em NY, mas fica próximo da estabilidade em Londres
As cotações futuras do açúcar fecharam esta quinta-feira (20) com leve alta na Bolsa de Nova York e ficaram próximas da estabilidade em Londres. O dia foi de oscilações dos dois lados da tabela, mas atenção aos fundamentos, como a safra brasileira, e anúncio da Índia.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 0,53%, cotado a US$ 17,04 c/lb, com máxima de 17,12 c/lb e mínima de 16,89 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres perdeu 0,02%, negociado a US$ 453,40 a tonelada.
Além de seguirem as preocupações com a safra brasileira 2021/22 em desenvolvimento em meio condições climáticas adversas nos úlltimos meses, o mercado também viu no dia a Índia anunciar que reduzirá os subsídios aplicados nas exportações do adoçante.
"A menor quantidade de cana vem do clima estressante e da mudança dos produtores para outras safras, como milho e soja, por causa das diferenças de preço entre as culturas", disse o analista da Price Futures Group, Jack Scoville, em referência ao Brasil.
Mercado também acompanha a demanda com finalização dos bloqueios do coronavírus na UE - Foto: Embrapa
Uma seca histórica atinge importantes regiões produtoras do país. Além disso, o mercado acompanha os preços recordes do etanol, o que poderia fazer com que usinas migrem a produção para o biocombustível e reduza a oferta de açúcar.
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No caso da Índia, país que tinha estoques abundantes no início da temporada 2020/21, o governo anunciou que reduzirá os subsídios para estimular embarques para 4 mil rúpias por tonelada. As informações são da agência de notícias Reuters.
"Tendo em vista os preços globais firmes do açúcar, reduzimos o subsídio às exportações em Rs 2.000 por tonelada para Rs 4.000 por tonelada com efeito imediato", disse o secretário adjunto do Ministério de Alimentos, Subodh Kumar, para a imprensa indiana.
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Também há atenção do mercado para a demanda. A Suedzucker SZUG.DE, maior produtora de açúcar da Europa, disse para a Reuters que espera um mercado de açúcar mais forte no futuro para a União Europeia à medida em que os países emergem dos bloqueios do coronavírus.
Do lado do financeiro, o mercado sente alguma pressão com desvalorização do petróleo em mais de 2% nesta tarde. Apesar disso, o dólar registrava nesta tarde leve desvalorização sobre o real, podendo desencorajar as exportações, mas com suporte aos preços.
Mercado interno
O mercado físico do açúcar voltou a recuar na véspera, após valorização registrada nas últimas semanas. Como referência, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, perdeu 0,44%, cotado a R$ 114,49 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 123,05 a saca, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 17,90 c/lb com queda de 1,49%.
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