BR-163 e BR-230: Fluxo de caminhões é restabelecido para estação de transbordo no Tapajós, mas trânsito segue intenso

Publicado em 15/02/2021 10:26 e atualizado em 15/02/2021 17:09
Informação é do Sec. de Agricultura de Itaituba (PA); Polícia Militar foi acionada para garantir movimentação em pleno escoamento da safra de grãos

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​Uma fila de mais de 10 mil caminhões que se formou nas proximidades de uma estação de transbordo no Rio Tapajós em via sem pavimento, entroncamento entre a BR-163 e BR-230 (também conhecida como Transamazônica), na região de Itaituba e Miritituba (PA), teve seu fluxo restabelecido, segundo o secretário de Agricultura de Itaituba (PA), Emanoel do Livramento Pires Júnior, após dias de paralisação em pleno escoamento da safra de grãos. A ação foi possível graças a uma força-tarefa da Polícia Militar, após ser acionada pela Prefeitura de Itaituba.

"A boa notícia é que já foi solucionado. O trânsito ainda é muito intenso na rodovia. Está chovendo muito, mas não está parado mais como antes", disse Pires Júnior por telefone ao Notícias Agrícolas. A redação também entrou em contato com o Posto Mirian, que fica exatamente no entroncamento entre as duas rodoviais, e uma funcionária também confirmou que o trânsito intenso segue nas vias, mas que não há paralisação neste momento, apesar de chuva forte desde domingo (14).

Entroncamento entre BR-163 e BR-230 - Imagem: Google 86138 - Entroncamento entre BR-163 e BR-230 - Imagem: Google
Entroncamento entre BR-163 e BR-230, no estado do Pará - Imagem: Google

"Houve um congestionamento muito grande, caminhões em fila dupla, e nós não temos a presença da Polícia Rodoviária Federal, então o prefeito da cidade de Itaituba deslocou o efetivo da Polícia Militar para dar apoio e organizar o trânsito", explicou o secretário destacando que o fluxo ocorreu em decorrência do escoamento da safra vinda do Mato Grosso.

Pires Júnior explica que a via de transbordo possui apenas cinco pátios que recebem essas carretas das BR-230 e da BR-163. A área onde fica o trevo do Campo Verde, conforme explica o responsável pela Pasta da Agricultura, fica cerca de 30 quilômetros distante dos portos. "Neste entroncamento estava passando tudo, e como aumentou o fluxo de carretas, os pátios que existem não estavam atendendo à alta demanda. A Polícia Militar então foi para esse entroncamento para segurar as carretas para irem acessando aos poucos os pátios", afirmou.

O secretário afirma ainda que o fluxo de carretas é muito alto para a estrutura viária disponível, pontuando que a BR-163 não é duplicada e que não há não temos ferrovias na região, apesar do projeto da Ferrogrão.


Os terminais de grãos do rio Tapajós, onde estão importantes tradings, são todos abastecidos pelos caminhões que chegam da BR-230, administrada pelo governo federal, porém, parte do trecho, cerca de sete quilômetros não possui administração específica. No pico da safra, o local recebe carretas que também chegam da intersecção com a BR-163.

No final da semana passada, o trânsito de caminhões na região fez com uma enfermeira e mostorista levassem pela via sem pavimentação um paciente para tratamento de Covid-19 para tratamento (veja o vídeo abaixo).


A Abiove chegou a acompanhar a situação no final de semana, já que os caminhões seguiam fluxo para escoar a nova safra de soja pelos portos da região Norte do país. “Começo de safra é sempre assim,” disse por telefone no sábado (13) para a agência de notícias Reuters o presidente-executivo da Abiove, André Nassar.

Leia Mais:
+ Abiove diz que são 3 mil carretas congestionando o modal de Miritituba, no Pará

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Por:
Jhonatas Simião e Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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