Soja pode registrar melhor semana da história no Brasil com referências de preços superando R$ 105
O dólar renovou, mais uma vez, suas máximas históricas frente ao real nesta sexta-feira (3) e chegou a bater nos R$ 5,30, favorcendo ainda mais a formação dos preços da soja no mercado brasileiro. E isso acontece mesmo com os futuros da oleaginosa terem passado da estabilidade para o campo positivo no início da tarde de hoje.
Por volta de 13h40 (horário de Brasília), a moeda americana era negociada a R$ 5,31 e tinha alta de 0,9%, enquanto as perdas da soja na Bolsa de Chicago variavam entre 3,50 e 7,50 pontos nos principais contratos, levando o maio a US$ 8,51 e o julho a US$ 8,57 por bushel.
Assim, as principais referências nos portos brasileiros ainda trabalham com valores apresentando indicativos de R$ 0,50 a R$ 1,00 por saca acima do registrado ontem, diz Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, que explica que são negócios apenas pontuais.
"Os produtores já venderam bastante e agora seguram um pouco. E quem ainda tem algum volume prefere agora ficar com a soja do que com o dinheiro", completa. Há indicativos de R$ 105,50 para o agosto, mas sem oferta.
Entre os preços de paridade de exportação - o PPE -, que são referência de preços da soja sobre rodas no porto de Paranaguá, há valores para a soja da safra atual oscilando entre R$ 102,40 - para maio, a partir do dia 15 - e R$ 107,40 por saca, para setembro. Para a safra nova, as variações acontecem com ideia de preços de R$ 99,40, para março/abril a TR$ 101,30 para julho/agosto.
BOLSA DE CHICAGO
Os futuros da oleaginosa seguem atentos às questões ligadas à pandemia do coronavírus, principalmente com os EUA sendo o novo epicentro da crise, e a situação no país se agravendo muito severamente por lá, diariamente. Por outro lado, alguns países entram na fase da recuperação.
Da mesma forma, aos poucos o mercado se volta também para seus fundamentos de oferta e demanda e do início da nova safra norte-americana.
"Sem notícias de vendas novas americanas à China, hoje, provavelmente, vamos ficar à mercê, de novo, de notícias sobre a guerra contra o Covid-19", acredita Steve Cachia, consultor de mercado da AgroCulte e da Cerealpar.
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