Plantio da safrinha de milho já começou e produtor ainda tem duvidas sobre áreas de refúgio

Publicado em 27/01/2017 16:06
Confira a entrevista de Roseli Giachinni - Coordenadora da Comissão de Defesa Agrícola Aprosoja MT
Sem refúgio, tecnologia BT para o milho fica comprometida

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Plantio da safrinha já começou e produtor ainda tem duvidas sobre áreas de refúgio

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A safrinha de milho começa a ser plantada nas principais regiões produtoras do país. Com isso, o momento é importante para que os produtores coloquem em prática seus aprendizados. Em destaque, a tecnologia Bt e a necessidade do plantio de áreas de refúgio ainda gera muitas dúvidas e desafios. Apenas 8% das áreas de milho Bt adota o refúgio corretamente.

A Coordenadora da Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja/MT, Roseli Giachinni, destaca a necessidade de reservar 10% da área para o refúgio. Esse refúgio, por sua vez, deve ser estruturado, dividido em faixas estruturadas a cada 800m ou então na borda dos talhões. "Mas, efetivamente, precisa respeitar uma distância", destaca. "Não é só fazer o refúgio, tem que ser de forma adequada".

No meio do caminho, os produtores podem tropeçar com algumas dificuldades na hora de estruturar a sua área. Uma delas é a semente. Há uma dificuldade de se encontrar sementes de cultivares semelhantes, com o mesmo ciclo, para realizar uma área de refúgio estruturada. Muitas vezes, as empresas não ofertam ou não possuem disponibilidade desses materiais.

A não realização da área de refúgio também pode levar ao risco de perda de eficiência da tecnologia. E Roseli lembra que muitas tecnologias já foram perdidas ao longo dos anos. "Se quisermos manter essa eficiência de tecnologia, temos que monitorar e fazer manejo de resistência para conseguir prolongar a resistência", aponta.

O problema também se destaca em outras culturas, como a soja, na qual a tecnologia Bt, que já necessita de aplicações para controle de spodoptera, caso não for monitorada, pode ter quebra de resistência para outras espécies de lagarta que ela controla.

Para buscar informação, os produtores podem ter o acompanhamento do engenheiro agrônomo responsável pela propriedade, das próprias empresas que vendem as suas sementes ou, ainda, em sua associação de produtores local.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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