Suíno Vivo: À espera de recuperação na demanda, mercado encerra mais uma semana em alta
Nesta sexta-feira (09), as cotações ao suíno vivo registraram estabilidade nas principais praças de comercialização. Apesar do dia com preços firmes, o mercado encerra mais uma semana com altas em diversas regiões, diante da expectativa de melhora na demanda com as vendas para as festividades de final de ano.
A Scot Consultoria aponta que na semana houve uma procura maior por reposição dos animais – o que trouxe valorizações significativas ao mercado nos últimos dias. “A demanda ainda não teve a melhora esperada pelo setor, no entanto, a reposição de estoques esteve ativa, na expectativa de melhora nas vendas na ponta final da cadeia”, aponta a consultoria.
Além da demanda interna para o período, as exportações encerram novembro em alta – o que ajudou a escoar a produção–, segundo coloca o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No período, os embarques tiveram uma alta de 9,5%, totalizando 53,8 mil toneladas de carne suína in natura. “Conforme pesquisadores, os maiores embarques contribuíram para reduzir a disponibilidade interna, amenizando os efeitos da baixa liquidez no atacado e elevando as cotações”, explica o boletim do Centro.
Com isso, a semana foi de altas em parte das praças de comercialização. O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior valorização ocorreu em Mato Grosso. Na praça, a cotação subiu 3,31% e fecha a R$ 3,43 pelo quilo do vivo na região.
No Rio Grande do Sul, a valorização foi de 2,50% no período. A pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) mostra que a média estadual fechou a R$ 4,10 pelo quilo do vivo aos suinocultores independentes. A cotação aos produtores integrados segue em R$ 2,97 pelo quilo do vivo já há três semanas.
Em Santa Catarina, a alta também foi de 2,50% e encerra com referência de R$ 4,10 pelo quilo do vivo. O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivanio de Lorenzi, explica que além da alta, os custos de produção também tiveram algum alívio com o recuo dos preços do milho.
“Os produtores estão conseguindo comprar a saca de milho nas regiões Oeste e Meio-Oeste entre R$ 41 e R$ 42 posto na propriedade. A tonelada da soja está sendo comercializada a R$ 1.090,00. Esses fatores mostram a diminuição dos custos de produção. Contudo, o preço do quilo do suíno no mercado integrado ainda esta entre R$ 2,90 e R$ 3. No mercado independente tivemos uma ligeira melhora de R$ 0,10”, explica de Lorenzi.
Em São Paulo, a valorização semanal foi de 1,09%, definindo os negócios entre R$ 85,00 a R$ 87,00/@ (o mesmo que R$ 4,59 a R$ 4,69 pelo quilo do vivo). Além disto, vendas foram registradas acima do valor de referência, segundo explica a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos). Em Araçoiaba da Serra (SP) foram comercializados 70 animais a R$ 88/@.
Segundo o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, a redução da oferta e o aumento da procura por animais por parte de frigoríficos e também nos pontos de vendas, como estratégia para as festas de final de ano, trouxeram melhora às cotações. "Mercado tem procedimentos de sustentabilidade, dá diagnostico e certeza de novos realinhamentos de preços. A tendência é de alta", aponta Ferreira.
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