Petrobras diz que deixará setores de biocombustíveis, fertilizantes e GLP
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras afirmou nesta terça-feira que vai sair integralmente das atividades de produção de biocombustíveis, distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (gás de cozinha), produção de fertilizantes e das participações em petroquímica.
O anúncio, que consta do novo Plano de Negócios e Gestão para 2017-2021, foi feito com a companhia buscando focar na sua atividade principal, a produção de petróleo, especialmente no pré-sal, ao mesmo tempo em que anuncia cortes de investimentos.
A Petrobras apontou uma meta de desinvestimentos de 19,5 bilhões de dólares para o biênio de 2017 e 2018, ante 15,1 bilhões projetados em vendas de ativos entre 2015-2016, como parte importante de seu novo plano, divulgado nesta terça-feira.[nL2N1BW0GG]
A estatal tem participação relevante no setor de biocombustíveis.
Além da participação nas sete usinas de cana da Guarani Tereos, Açúcar & Energia Brasil, uma das maiores empresas do setor de cana do país, a Petrobras possui por meio de sua subsidiária Petrobras Biocombustível uma fatia de 49 por cento na Usina Boa Vista, em sociedade com o grupo São Martinho e uma fatia na Usina Bambuí, em Minas Gerais, em parceria com a Bambuí Bioenergia.
Por meio dessas empresas coligadas, a Petrobras afirma em seu site ter capacidade de produção total estimada de 1,65 bilhão de litros de etanol por ano.
Com as empresas parceiras, a companhia também tem capacidade total de produção é de 821 milhões de litros de biodiesel por ano, com três usinas próprias, em Minas Gerais, na Bahia e no Ceará, além da parceria na empresa BSBIOS, que tem duas unidades, uma no Paraná e a outra no Rio Grande do Sul.
Em parceria com a portuguesa Galp, a companhia detém ainda a Belém Bioenergia Brasil, empresa que deverá produzir óleo a partir da palma (dendê) no Pará para produção de diesel em Portugal.
A empresa disse ainda que, apostando no gás como combustível de transição para o longo prazo, buscará maximizar a geração de valor da cadeia de gás, alinhada à evolução regulatória, garantindo a monetização da produção própria.
(Por Roberto Samora)
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