Clima irregular deve prejudicar produtividade de soja em Minas Gerais e Goiás, diz INTL FCStone
A irregularidade climática constatada durante o ciclo de desenvolvimento da soja pesou sobre os estados de Minas Gerais e Goiás. O estudo especial ‘Giro da Safra III – Goiás e Minas Gerais’, divulgado pela consultoria INTL FCStone, apontou que o clima mais seco impactou ambos estados no mês de janeiro, quando a maior parte das lavouras está em fase crítica de enchimento de grãos. ‘Os dados mostram que a média de precipitação acumulada do mês de janeiro deste ano em Goiás ficou muito abaixo do valor histórico para o período, que é de 189 mm. Isso significa que o volume de chuvas foi menor do que 50% do normal. Quanto à temperatura, o estado registrou entre 3 e 4 graus acima da média neste mesmo período’, afirmou a consultoria em relatório.
As temperaturas muito altas foram um agravante e acabaram prejudicando até mesmo as áreas irrigadas, próximas a Paracatu, no Noroeste de Minas. As áreas de soja mais atingidas por perdas – em função da seca em janeiro e também por ataques de lagartas – são as lavouras de oleaginosa precoce. Entende-se que as variedades mais tardias conseguem se desenvolver melhor por conta das precipitações de fevereiro.
A região mais agravante destacada pela consultoria foi o sul goiano, onde o volume de precipitações ficou em apenas 58% do normal em janeiro, situação que reduz significativamente o potencial de produtividade. Em sua última revisão a INTL FCStone estimou número abaixo de 9 milhões de toneladas para a safra 2014/15 em Goiás, com produtividade de 45,8 sacas /ha.
Entretanto, em análise climática somada às classificações de risco criadas pela consultoria INTL FCStone a respeito da produtividade de cada microrregião, a variação sobre o rendimento da oleaginosa em ambos estados ocorreu em menor proporção. ‘Isso indica que mesmo em anos com clima irregular, a produtividade deve variar em menor escala do que em outros estados. Por exemplo, enquanto a produtividade mínima dos últimos 15 anos em Goiás foi 37 sacas/ha, no Rio Grande do Sul esse valor chegou a 12 sacas/ha’, afirmou a consultoria.
‘Giro da Safra III – Goiás e Minas Gerais’ é o terceiro relatório de uma série de estudos especiais que combinam dados climáticos do mês de janeiro de 2015 às classificações de risco criadas pela INTL FCStone a respeito da produtividade de cada microrregião, além dos relatos de campo realizados na Expedição Safra, projeto do Agronegócio Gazeta do Povo. Os estudos anteriores avaliaram o Mato Grosso, Rondônia, Paraná e Mato Grosso do Sul.
0 comentário
Soja fecha no vermelho em Chicago nesta 2ª feira, com pressão ainda vinda dos fundamentos e dólar
Sim! Há demanda para toda a soja que o mundo está produzindo na safra 2024/25
Soja segue operando com estabilidade em Chicago nesta 2ª, mas passa para o campo negativo
Soja/Cepea: Clima favorável reforça perspectiva de maior oferta, e preço cai
Aprosoja MT apresenta sugestões ao Governo de MT para regulamentação da Lei da Moratória da Soja
Soja sobe levemente na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira, acompanhando altas entre os derivados