Soja perde força novamente e volta a recuar em Chicago nesta 5ª feira
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago mais uma vez voltaram a recuar nesta quinta-feira (22) e não conseguiram sustentar as ligeiras altas registradas mais cedo. Assim, por volta das 14h (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam pouco mais de 4 pontos, com a posição maio/15 cotada a US$ 9,85 por bushel.
O mercado vem encontrando sustentação em alguns fatores como a desvalorização do dólar frente à algumas das principais moedas ao redor do mundo, e tambám a saída dos produtores norte-americanos do mercado, segundo explicam analistas. Porém, ambas as situações não tem sido suficientes para manter as cotações em campo positivo.
Para o consultor de mercado Flávio França Jr., da França Junior Consultoria, há uma pressão vinda do cenário de oferta, principalmente, com números bem mais elevados do que os registrados em temporadas anteiores. Apesar da irregularidade de chuvas que vem sendo sentida pelo Brasil em importantes regiões produtoras, o consultor acredita em uma safra cheia, entre 94 e 95 milhões de toneladas, e isso segue pesando sobre os negócios.
"Está chovendo, ainda de maneira irregular, mas está chovendo e isso está pressionando o mercado lá fora. Então, esse ponto de sustentação perdeu um pouco do embalo nos últimos dias, mas precisamos acompanhar como essas chuvas vão se comportar nos próximos dias. Na oferta, essa é a bola da vez", afirma França.
Paralelamente, os cancelamentos anunciados pela China recentemente também contribuem para a continuidade do movimento negativo para os preços da soja nessas últimas semanas.
"A linha dos US$ 10 era uma linha muito forte, foi rompida agora, mas resistiu por várias meses, e agora vira uma resistência. Abaixo dos US$ 10, o mercado traz para o produtor - brasileiro e norte-americano - trava os negócios aqui e lá fora. O produtor vai resistir fortemente em entrar no mercado com soja abaixo dos US$ 10", diz. "Por isso, eu acredito que os preços possam voltar a subir no decorrer das próximas semanas, já que a ideia do produtor americano não é vender a soja abaixo dos US$ 10", completa.
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