Fala Produtor - Mensagem

  • Eziquiela Windberg Não-Me-Toque - RS 20/03/2007 00:00

    Ol&aacute;!!! Estou enviando o artigo para voc&ecirc;s lerem, que escrevi juntamente com um amigo tamb&eacute;m agricultor e agr&ocirc;nomo que foi publicado na Revista Vitrine. Est&aacute; despertando a aten&ccedil;&atilde;o e revolta daqueles aos quais serviu o chap&eacute;u porque essa &eacute; a pura e cruel realidade. <br />Segue o artigo: <br />AGRICULTOR ADMINISTRANDO ESPERAN&Ccedil;A X BANCOS ADMINISTRANDO LUCROS <br />Diante da perspectiva de excelente safra futura, o agricultor, tendo a margem de rentabilidade comprometida pelo endividamento agr&iacute;cola que assola o campo, al&eacute;m de o Governo valer-se de condi&ccedil;&otilde;es paliativas no tocante &agrave; situa&ccedil;&atilde;o, tenta sobreviver nessa magn&iacute;fica profiss&atilde;o que &eacute; a agricultura. N&oacute;s, agricultores, somos os ot&aacute;rios do mundo, porque h&aacute; d&eacute;cadas administramos esperan&ccedil;a de melhor rentabilidade enquanto os bancos, de que somos os fundadores e s&oacute;cios, t&ecirc;m, parece por miss&atilde;o, o af&atilde; de apoderar-se do seu patrim&ocirc;nio, tirando-lhes as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho. Na realidade, deixam agruras na vida do agricultor e sua fam&iacute;lia. A filosofia pregada por esses Bancos &eacute; simplesmente uma fal&aacute;cia!!! Alcir Calliari divulgou largamente, durante a CPMI do Endividamento Agr&iacute;cola, em 1993, que &ldquo;nem plantando maconha irrigada seria poss&iacute;vel pagar os empr&eacute;stimos agr&iacute;colas, com os custos financeiros ent&atilde;o praticados...&rdquo;. Essa &eacute; a realidade com que nos deparamos diariamente. A sa&iacute;da para enfrentar esse dilema &eacute; permitir a rentabilidade da agricultura para que se resolva a quest&atilde;o do endividamento agr&iacute;cola. Urge mudan&ccedil;a de posi&ccedil;&otilde;es do agricultor e dos gerentes dos Bancos. O agricultor deve tomar o lugar do gerente e estar numa sala com ar condicionado, com todas as mordomias e regalias para administr&aacute;-lo e, com certeza, n&atilde;o ir&aacute; titubear, porque dinheiro n&atilde;o falta, uma vez que vem sendo sugado por essas institui&ccedil;&otilde;es ao longo dos tempos. Agora, ser&aacute; &aacute;rdua, para o gerente, ou presidente do Banco, a tarefa de administrar uma propriedade rural, trabalhar de sol a sol, sem regalias, sem dinheiro, sem cr&eacute;dito perante os Bancos e a sociedade, uma vez que est&aacute; inadimplente e inscrito em todos os &oacute;rg&atilde;os de restri&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito, sem perspectivas de melhores dias, sem condi&ccedil;&otilde;es de comprar semente, adubo, de revisar os equipamentos agr&iacute;colas e, muito menos, de conseguir pagar os colaboradores. Surge cristalina a conclus&atilde;o. Essas pessoas que administram lucros, ou seja, o dinheiro do agricultor, realmente n&atilde;o possuem capacidade de gerenciar uma propriedade rural, porque n&atilde;o sabem trabalhar sem dinheiro e sem mordomias. J&aacute; o agricultor &eacute; um guerreiro pois, al&eacute;m de administrar esperan&ccedil;a, sabe tamb&eacute;m administrar, com muita aud&aacute;cia, a sua propriedade, mesmo n&atilde;o dispondo de cr&eacute;dito e de dinheiro. E ainda se orgulha de dizer: SOU AGRICULTOR! E vamos continuar na luta por melhores condi&ccedil;&otilde;es de sobreviv&ecirc;ncia na agricultura...

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