Olá!!! Estou enviando o artigo para vocês lerem, que escrevi juntamente com um amigo também agricultor e agrônomo que foi publicado na Revista Vitrine. Está despertando a atenção e revolta daqueles aos quais serviu o chapéu porque essa é a pura e cruel realidade. <br />Segue o artigo: <br />AGRICULTOR ADMINISTRANDO ESPERANÇA X BANCOS ADMINISTRANDO LUCROS <br />Diante da perspectiva de excelente safra futura, o agricultor, tendo a margem de rentabilidade comprometida pelo endividamento agrícola que assola o campo, além de o Governo valer-se de condições paliativas no tocante à situação, tenta sobreviver nessa magnífica profissão que é a agricultura. Nós, agricultores, somos os otários do mundo, porque há décadas administramos esperança de melhor rentabilidade enquanto os bancos, de que somos os fundadores e sócios, têm, parece por missão, o afã de apoderar-se do seu patrimônio, tirando-lhes as condições de trabalho. Na realidade, deixam agruras na vida do agricultor e sua família. A filosofia pregada por esses Bancos é simplesmente uma falácia!!! Alcir Calliari divulgou largamente, durante a CPMI do Endividamento Agrícola, em 1993, que “nem plantando maconha irrigada seria possível pagar os empréstimos agrícolas, com os custos financeiros então praticados...”. Essa é a realidade com que nos deparamos diariamente. A saída para enfrentar esse dilema é permitir a rentabilidade da agricultura para que se resolva a questão do endividamento agrícola. Urge mudança de posições do agricultor e dos gerentes dos Bancos. O agricultor deve tomar o lugar do gerente e estar numa sala com ar condicionado, com todas as mordomias e regalias para administrá-lo e, com certeza, não irá titubear, porque dinheiro não falta, uma vez que vem sendo sugado por essas instituições ao longo dos tempos. Agora, será árdua, para o gerente, ou presidente do Banco, a tarefa de administrar uma propriedade rural, trabalhar de sol a sol, sem regalias, sem dinheiro, sem crédito perante os Bancos e a sociedade, uma vez que está inadimplente e inscrito em todos os órgãos de restrição de crédito, sem perspectivas de melhores dias, sem condições de comprar semente, adubo, de revisar os equipamentos agrícolas e, muito menos, de conseguir pagar os colaboradores. Surge cristalina a conclusão. Essas pessoas que administram lucros, ou seja, o dinheiro do agricultor, realmente não possuem capacidade de gerenciar uma propriedade rural, porque não sabem trabalhar sem dinheiro e sem mordomias. Já o agricultor é um guerreiro pois, além de administrar esperança, sabe também administrar, com muita audácia, a sua propriedade, mesmo não dispondo de crédito e de dinheiro. E ainda se orgulha de dizer: SOU AGRICULTOR! E vamos continuar na luta por melhores condições de sobrevivência na agricultura...
Olá!!! Estou enviando o artigo para vocês lerem, que escrevi juntamente com um amigo também agricultor e agrônomo que foi publicado na Revista Vitrine. Está despertando a atenção e revolta daqueles aos quais serviu o chapéu porque essa é a pura e cruel realidade. <br />Segue o artigo: <br />AGRICULTOR ADMINISTRANDO ESPERANÇA X BANCOS ADMINISTRANDO LUCROS <br />Diante da perspectiva de excelente safra futura, o agricultor, tendo a margem de rentabilidade comprometida pelo endividamento agrícola que assola o campo, além de o Governo valer-se de condições paliativas no tocante à situação, tenta sobreviver nessa magnífica profissão que é a agricultura. Nós, agricultores, somos os otários do mundo, porque há décadas administramos esperança de melhor rentabilidade enquanto os bancos, de que somos os fundadores e sócios, têm, parece por missão, o afã de apoderar-se do seu patrimônio, tirando-lhes as condições de trabalho. Na realidade, deixam agruras na vida do agricultor e sua família. A filosofia pregada por esses Bancos é simplesmente uma falácia!!! Alcir Calliari divulgou largamente, durante a CPMI do Endividamento Agrícola, em 1993, que “nem plantando maconha irrigada seria possível pagar os empréstimos agrícolas, com os custos financeiros então praticados...”. Essa é a realidade com que nos deparamos diariamente. A saída para enfrentar esse dilema é permitir a rentabilidade da agricultura para que se resolva a questão do endividamento agrícola. Urge mudança de posições do agricultor e dos gerentes dos Bancos. O agricultor deve tomar o lugar do gerente e estar numa sala com ar condicionado, com todas as mordomias e regalias para administrá-lo e, com certeza, não irá titubear, porque dinheiro não falta, uma vez que vem sendo sugado por essas instituições ao longo dos tempos. Agora, será árdua, para o gerente, ou presidente do Banco, a tarefa de administrar uma propriedade rural, trabalhar de sol a sol, sem regalias, sem dinheiro, sem crédito perante os Bancos e a sociedade, uma vez que está inadimplente e inscrito em todos os órgãos de restrição de crédito, sem perspectivas de melhores dias, sem condições de comprar semente, adubo, de revisar os equipamentos agrícolas e, muito menos, de conseguir pagar os colaboradores. Surge cristalina a conclusão. Essas pessoas que administram lucros, ou seja, o dinheiro do agricultor, realmente não possuem capacidade de gerenciar uma propriedade rural, porque não sabem trabalhar sem dinheiro e sem mordomias. Já o agricultor é um guerreiro pois, além de administrar esperança, sabe também administrar, com muita audácia, a sua propriedade, mesmo não dispondo de crédito e de dinheiro. E ainda se orgulha de dizer: SOU AGRICULTOR! E vamos continuar na luta por melhores condições de sobrevivência na agricultura...