Fala Produtor

  • Paulo Mano Juara - MT 05/04/2008 00:00

    João, olha que saída boa para o Mato Grosso, SP, RJ, MG, etc... ficam com o conforto, bens de consumo, tecnologia e tudo que uma regiao super desenvolvida tem de bom. O MT, fica com tda produção de carne, soja, arroz, etc... Aí vamos ver quem precisa de quem, não vamos andar de carro importado, mas não vamos passar fome. um abraço. Paulo Mano.

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  • Paulo Mano Juara - MT 04/04/2008 00:00

    João Batista, não estamos mais sozinhos, em vez de 19 municípios, agora são 86 municípios que estão sob a chancela do decreto da ministra Marina, vamos ver agora se ela vai agüentar a “pressão”. São cidades importantes de Mato Grosso, toda a sociedade agora vai sentir o que estamos passando aqui no norte. Pelo menos agora teremos mais respaldo do governo estadual. Vamos ver até onde o resto do Brasil precisa dos produtos de Mato Grosso... Paulo Mano, Juara, MT.

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  • José Walter de Oliveira Sacramento - MG 04/04/2008 00:00

    Caro amigo João Batista.

    Daqui para frente o assunto mais comentado será, sem sombra de dúvidas, os preços dos fertilizantes. Será uma choradeira geral e a certeza que tenho é que o produtor irá comprar, plantar, pagar e voltar a reclamar, porque virou moda... e nada fazemos para mudar isto.

    Meus caros companheiros agricultores, vejam o exemplo de nossos hermanos argentinos - pararam o País e vao conseguir os seus intentos. Nós somos desunidos, individualistas e não damos apoio aos sindicatos e associações que nos representam. Eles existem, mas nós os desprezamos... então quem nos irá defender? O governo já fez a parte dele, através do MAPA, quando disse que o segmento dos fertilizantes virou um oligopólio. Só que ninguém tomou nenhuma providencia. Portanto, enquanto não nos unirmos vamos continuar pagando a conta. E bem caro...

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  • Clécio Vinícius Ferreira Mottin Castro - PR 04/04/2008 00:00

    Caro Amigo João Batista, na safra 2007/2008, nós adquirimos uma fórmula de adubo pelo valor de R$ 885,00 por tonelada, hoje pela mesma fórmula teremos que desembolsar R$ 1.721,00 por tonelada! ISTÓ É UM ABSURDO! São mais de 90% de aumento! Será que o Governo não está enxergando a formação de CARTÉIS dentro deste País!

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  • Carlos Mello palmeira das missões - RS 03/04/2008 00:00

    RECOMPOSIÇÃO TOTAL DAS DÍVIDAS - É ISTO QUE PRECISAMOS !!!!!! <br />

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    IMPORTANTE : É urgente a recomposição de nossas dívidas de custeios e investimentos (temos que diluir estas parcelas) junto ao Banco do Brasil. Precisamos reestabelecer nossa capacidade de pagamento e também liberar nossas garantias, as quais estão sub-avaliadas pelo sistema bancário. <br />

    <br />

    Tem agricultores que estão sem custeio e investimento desde o primeiro alongamento da safra 2003/2004. Portanto estão fora do crédito oficial a 4 anos. É impossível continuar assim!!! Nossas propriedades precisam de custeios e investimentos urgente!!! <br />

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    DÍVIDA FORA DOS BANCOS : Isto não pode ficar fora das negociações – pois a grande maioria dos produtores estão a mais de 4 anos fora dos créditos oficiais.<br />

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    PORTANTO:<br />

    Temos que achar uma alternativa urgente para substituir o FRA. Pois quem esta com restrições de limite e/ou incapacidade de pagamento junto ao Banco do Brasil é impossível esta operação. E, as firmas de agroinsumos não querem abrir mão de 20% para o fundo. Estes produtores precisam de um alongamento maior, juros menores e rebate e com garantias e/ou aval do governo. São justamente estes agricultores que precisam urgentemente de um financiamento para sanar Seus Passivos Fora do Sistema Bancário ( junto as coopereativas, firmas agropecuárias ou revenda de máquinas, peças e insumos agrícolas – inclusíve e principalmente óleo diesel – nosso maior insumo ).<br />

    Acredito que a saída seria O Governo e/ou O Banco do Brasil absorver e/ou comprar estes passivos e recompô-los juntamente com os passivos Bancários, dentro da capacidade de pagamento dos agricultores, ou seja: se determinado agricultor precisar de 10 anos de alongamento para reestabelecer sua capacidade de pagamento e/ou habilitá-lo a tomar novos financiamentos, será 10 anos; se precisar de 15 anos, assim será seu alongamento, e assim sucessivamente, 20 ou 30 anos..., de tal maneira que tenhamos novamente custeio e investimento pleno para nossas propriedades.<br />

    <br />

    Nota : A Nossa Dívida Fora dos Bancos carrega muitos e muitos excessos ilegais, temos que corrigir isso. Temos que reduzir esta dívida para os valores originais mais juros de crédito rural, antes de recompô-la.<br />

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    Estes juros são altamente lucrativos para eles (Trades e/ou multinacionais) a cada mês que passa. Teríamos que achar um jeito jurídico ou administratívo para trancar as espoliações e/ou cobranças praticadas por estas empresas, cooperativas e firmas de agroinsúmos.<br />

    <br />

    Nossos problemas Fora dos Bancos é muito mais grave que neles. Nosso maquinário que já é antigo e escasso está sendo estacionado em postos de combustíveis e firmas de agroinsúmos, e nossas áreas de terra, que também são pequenas, estão sendo concentradas em mãos de médio/grandes e grandes produtores. E, acredite: nas mãos de trades e/ou multinacionais. É lamentável. A concentração de terras e renda que já era insuportável agora aumenta assustadoramente. Isto é extremamente prejudicial para as nossas comunidades.<br />

    Para quem está fora do Crédito Oficial desde o primeiro alongamento da safra 2003/2004 a situação é muito difícil e tornou-se insustentável. Precisamos urgentemente de um financiamento para sanar estes passivos fora dos bancos acumulados até os dias de hoje (safras 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007 e agora nesta safra 2007/2008 tem agricultores que já perderam até 100%). <br />

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    Temos que entender que tivemos perdas gravíssimas nestas safras, não só por estiagens no verão e geadas no inverno (trigo) mas principalmente pela defasagem cambial e descompasso gravíssimo entre o custo de produção e os preços de venda .<br />

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    Obs. : Mais uma vez fizemos uma lavoura a um custo de dólar entre R$ 1,8 à R$ 2,00 (principalmente para os custos de quem está fora do Crédito Rural e vem vivendo de escambo e “favores” com multinacionais), e vamos vender a um dólar em torno de R$ 1,5... à R$ 1.6... Isto é lamentável e desastroso pelo quarto ano consecutivo.<br />

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    Atenção : Em nosso estado, o Rio Grande do Sul, a quebra da safra (principalmente soja, mas também milho) pela estiagem nesta safra de verão (2007/2008) vai variar de no mínimo 30% à 100%, com algumas exceções, dependendo da região e/ou município !!!<br />

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    Agradeço a atenção e fico a disposição.<br />

    [email protected]<br />

    Coordenador executivo - Carlos Mello<br />

    [email protected]<br />

    Produtor rural (100 hectares) - Carlos Mello<br />

    Palmeira das Missões – RS<br />

    (55) 3742 4461<br />

    (55) 9964 4645<br />

    31/03/2008

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 03/04/2008 00:00

    Caro João Batista,

    veja só o contrasenso: Tendo chegado uma época de preços "não deprimidos" o que viabiliza a produção nos paises sub-desenvolvidos,

    vem este Senhor, ex sub do sub do sub... mas agora Presidente do tal Banco Mundial, apelar para formas de suprimento alimentar barato.

    Na maioria dos paises pobres está faltando comida justamente porque ela estava muito barata, ou seja, não dava lucro planta-la!

    Sem RENDA não dá certo em lugar nenhum do mundo!

    Tanto é que os ricos pagam enormes subsidios aos seus agricultores, para lhe assegurar renda... se fosse para ter alimento mais barato, porque então não importariam a partir de paises pobres, por preços mais jurstos?

    Telmo.

    FOLHA DE S. PAULO - SP

    03/04/2008

    Banco Mundial propõe "New Deal" agrícola

    O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, fez um apelo para que os países acabem com o impasse na Rodada Doha de liberalização comercial, iniciativa tomada em 2001 pela Organização Mundial do Comércio e que não progrediu significativamente até agora. "Há um bom acordo na mesa. É agora ou nunca", disse Zoellick.

    O ex-negociador de Comércio Exterior dos EUA, que já foi chamado de "sub do sub do sub" pelo presidente Lula, disse ainda que o diretor-gerente da OMC, Pascal Lamy, pretende realizar uma reunião com os ministros representantes dos países na Rodada nas próximas semanas e que "esse era o momento de decisão". O tema deve ser um dos principais dos Encontros de Primavera do FMI e do Banco Mundial, no fim de semana que vem, em Washington.

    Zoellick falou de Doha no contexto do que chamou de "New Deal" (novo acordo, em inglês) para a política alimentar global, referindo-se ao conjunto de políticas implantado pelos EUA durante a Grande Depressão. Para o americano, o acordo comercial poderia ser usado para baratear os preços dos alimentos exportados para países em desenvolvimento.

    "Os pobres precisam agora de preços mais baixos de alimentos", afirmou. "Mas o sistema mundial de comércio de agricultura está preso ao passado. O momento de cortar subsídios distorcidos e de abrir os mercados para a importação de alimentos é agora."

    Segundo sua proposta, que chamou de "ambiciosa", as reduções das tarifas na agricultura e em bens industriais deverão seguir uma fórmula segundo a qual quanto mais alto o incentivo do governo à agricultura, maior a redução.

    Para que o projeto saia do papel, Zoellick exortou pela mobilização de diversos parceiros, entre eles "países de grande experiência agrícola, como o Brasil". (SD)

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  • Marcio de Oliveira e Silva Carmo do Paranaíba - MG 03/04/2008 00:00

    Um saco de adubo 8-28-16 aqui na região custa 98,00 reais - “muito barato, senhores!!!”... Vocês já fizeram a conta do custo da lavoura??? Estamos gastando quantos sacos de milho, ou de feijão pra comprar o adubo??? O custo para plantar um saco de feijão aqui é R$ 110,00 a saca, o milho vai ser R$ 30,00... portanto é só computar e comparar com os novos preços de adubo. Teve um ministro que pregou a baixa para o feijão... por que será que não prega baixa para o adubo?

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  • João Fernando Taques Castro - PR 02/04/2008 00:00

    Caro amigo João Batista, é nítida a aclamação que está vindo do campo... Dos mais longínquos pontos deste país que sendo expressos através da sua página na internet. Seria bom que tivesse como chegar a opinião do presidente da França para o nosso presidente com relação a defesa feita aos agricultores e a agricultura daquele país, para que o Lula faça uma reflexão a respeito de nós agricultores, que somos a verdadeira locomotiva deste país.

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  • Roque Luiz Rhoden Sinop - MT 02/04/2008 00:00

    O governo faz gato e sapato dos agricultores, dos parlamentares, dos diretores de representações, e de quem mais ele (governo) quer... senão vejamos - em 06/02/2005, nossa primeira reunião com o Governo feita em Rio Verde(GO), foram feitas as primeiras reivindicações, com uma montanha de promessas, e todos sabemos do resultado. Fizemos um famigerado tratoraço (que serviu apenas para que uns representantes usassem o palanque para se projetar politicamente) que também não deu em nada ( o governo está rindo da gente até agora). Fizemos uma greve bloqueando estradas/brs, e também o resultado deu em nada. Todas as vezes o governo prometeu ajudar, colocou cifras na nossa frente, chamou a mídia, divulgou as cifras e para difamar os agricultores que sempre são atendidos nas suas reivindicações... Criou-se inclusive a tal da F.R.A. que até hoje ninguém pôs a mão nessa grana. No ano passado, o deputados aprovaram em plenário o Projeto Lei(PL) 2092, muito bem redigida e bem elaborada ( digo bem porque atende nossos anseios). Nessa ocasião foi determinada a data 28/11/07 para que o governo apresentassem a solução, que nada, adiou para dia 06/12, nessa mesma data, adiou para 12/12, nessa data pediu adiamento para 28/12, nessa data pediu adiamento para 31/03, mas teve reunião em 19/03, que foi para 25/03, e ontem 31/03 novamente cancelou... E VIVA O GOVERNO, isso ajuda a gente barbaridade... SOMOS UNS TOLOS, uma MASSA manipulada, inacreditável, que nossos representantes tanto políticos como sindicais se deixam iludir tao facilmente... Todos uns bobalhões, não representam nada na verdade...

    Lamentável, simplesmente inacreditável...

    Atualmente estão em Brasília um monte de gente (representantes) para elaborar uma lista de reivindicações - que coisa mais absurda, mais uma ilusão, mais um peça de teatro....GENTE já temos tantas reivindicações que o governo não vai mais saber o que nos realmente queremos- deve ter umas trocentas listas de reivindicações nossas junto ao governo... é o resultado dos nossos representantes, que na verdade tem conchave com o governo, e assim vão levando e NUNCA, mas exatamente NUNCA vão decidir nada a nosso favor, podem crer.

    Levamos o exemplo da Argentina conosco, lá a UNIAO é clara, lá um setor é afetado, todos se organizam e reivindicam juntos, lá não se faz trocentas listas de reivindicações e sim e apenas UMA lista de exigências.

    Mais uma clara intenção do governo não querer negociar, foi dada ontem, além do cancelamento da reunião marcada para dar fim na negociação prorrogou para 30.06 os vencimentos das dividas de investimento, com a clara intenção de que vai levar as negociações para aquela data, no mínimo, pois seguramente vai cancelando as reuniões marcadas e vão inventando e postergando as datas... e nós, juntamente com nossos representantes ( muito queridos - do governo é claro), muito bobalhões, vamos aceitando passivamente. Lamentável que estejamos nessas condições, lamentável não termos nenhuma representação confiável, lamentável também nossos políticos, ao invés de fazerem se valer do PL 2092, ficam elaborando a cada hora, para não dizer a cada dia, uma lista de reivindicações - e o governo gosta disso, pois fica evidente que não sabemos o que realmente queremos, e assim fica muito fácil manipular. Vamos simplesmente e unicamente fazer valer o PL 2092, isso nos basta...

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  • Aparecido Ribeiro Pontes Cajuru - SP 02/04/2008 00:00

    Boa tarde, João Batista,

    Primeiramente parabenizo pelo programa.

    Eu sou cafeicultor em Cajuru, interior de São Paulo, e tendo em vista várias matérias em seu programa com relação a produção de café-safra 2008, tomei a iniciativa de mostrar, através de fotos, o que esta ocorrendo em minha lavoura, pois teve uma ótima florada (foto 1-2), no entanto devido a seca ocorrida no ano passado, somente alguns poucos frutos vingaram (fotos 3-4-5). Como pode ser comparado entre as fotos 2 e 3, pois foram tiradas no mesmo galho, onde se observa que as rosetas estão com poucos frutos.

    Assim eu concluo que em minha lavoura a queda na produção será grande.

    Meu muito obrigado, por dar este espaço a nós.

    Veja as fotos no link a seguir (copie o endereço e cole na sua página de internet) :

    http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=29860

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  • Luciano Mokfa porto nacional - TO 02/04/2008 00:00

    João Batista enquanto vivemos esta incerteza no mercado agrícola, lá no sul do Pará o filho do presidente Lula compra fazendas, gado e ninguém fala nada. Cadê a policia federal os senadores os deputados será que eles também têm o rabo preso por isso não investigam. Vamos botar a boca no trombone chega desta VERGONHA. Dica para a PF: comece investigando o banco OPPORTUNITY SA. Se tiver dúvidas, dê um pulinho lá e confira, converse com os fazendeiros. Vamos gritar bem alto CHEGA DE IMPUNIDADE um abraço. Luciano Mokfa.

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 01/04/2008 00:00

    Sobre o perigo da falta de alimentos, por causa da explosão dos preços, tenho a dizer que não creio no alardeado perigo. Com preços maiores o consumo cai... e se não cair é uma confirmação de que os preços estavam muito baixos.

    Dos 300 kg de cereais produzidos no mundo, por habitante, a maioria não dá conta de comer e ainda tem toda carne bovina, todos os legumes, verduras, frutas, sal, açúcar, peixes, pequi, macauba, mandioca... ixe! Ninguém dá conta de comer tanta coisa não...

    Portanto, não tem o menos perigo de o mundo passar fome... atualmente produz-se comida para 12 bilhões de pessoas. O problema é que muitas pessoas teimam em viver muito longe de onde a comida é produzida...

    Telmo Heinen, Formosa (GO).

    (Segue cópia de materia divulgada pela FOlha de S. Paulo)

    Safra dos EUA indica um ano de "perigo"

    País deve fechar ano-safra 2008/9 com estoques de milho e de soja em níveis extremamente perigosos, segundo analistas - No caso do milho, estoques seriam suficientes para apenas duas semanas de consumo; no da soja, para somente 34 dias, diz Usda (por Mauro Zafalon, da Folha de S. Paulo).

    O mundo vai viver dias ainda mais perigosos no abastecimento de grãos neste ano. É o que mostram os dados de ontem do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre a intenção de plantio dos produtores norte-americanos para este ano.

    Mesmo com o plantio de grãos avançando sobre áreas de preservação ambiental, e com estimativas de produtividade próximas a números recordes, os norte-americanos devem chegar ao final do ano-safra 2008/9 com estoques extremamente perigosos.

    Se tudo der certo, os Estados Unidos terminam a safra com estoques finais de milho suficientes para apenas duas semanas de consumo -o menor da história. Já os de soja, produto que ganhou a preferência dos norte-americanos neste ano, serão para apenas 34 dias.

    Esse cenário é "absolutamente dramático", principalmente no caso do milho, segundo Daniele Siqueira, analista da Agência Rural, em Iowa (EUA). Com o líder mundial na produção de soja e de milho tendo números extremamente apertados entre oferta e demanda, Brasil e Argentina ganham importância nesse cenário.

    A safra americana só poderá ser mais bem avaliada no segundo semestre, período em que brasileiros e argentinos começam a definir o que vão plantar na safra de verão deste ano.

    Sem áreas novas de plantio, os Estados Unidos estão sofrendo uma revolução nesse período de preços elevados das commodities. A soja, o produto mais atrativo neste ano, deve incorporar 4,6 milhões de hectares no plantio, que sobe para 30,3 milhões, 18% acima do registrado no ano passado. Esses dados superaram a expectativa do mercado.

    Siqueira diz que a boa recuperação dos preços da soja fez a oleaginosa avançar sobre áreas de milho, algodão, pastagens e até reserva ambiental.

    Rotação

    Essas reservas ambientais são áreas que o governo paga para os produtores não plantarem. Em geral, os contratos são feitos por dez anos, e parte dos que estão vencendo -1 milhão de hectares- não está sendo renovada devido à boa valorização das commodities.

    Apesar do grande aumento da área de soja, que na verdade é uma recuperação das perdas do ano passado, "o quadro da soja segue apertado", segundo a analista da AgRural nos EUA.

    Essa recuperação se deve a vários fatores, que vão desde aumento dos preços da soja a uma rotação de culturas, feita para elevar a produtividade. Pesaram, ainda, a favor da soja, os elevados custos do milho, por causa do uso de nitrogenados -escassos e caros.

    O grande perdedor nesse rearranjo do plantio norte-americano é o algodão. Nos últimos dois anos, o produto já perdeu 37% de área, ou seja, 3,5 milhões de hectares.

    A área de trigo também se recupera e vai a 25,8 milhões de hectares, com aumento de 5,6%. A área de girassol sobe 4,1%, mas a de sorgo recua 4%.

    Os dados do Usda trazem pressão negativa sobre o mercado no momento, segundo Siqueira. A soja caiu 5,5% ontem, e o milho subiu 1,2%. O risco climático sobre a safra, porém, deve perdurar nos próximos meses, segurando os preços.

    A exemplo do milho, o Usda espera produtividade elevada para a soja -de 47,2 sacas por hectare. Se confirmada, será a terceira maior da história e bem acima da média de 44,2 sacas dos últimos dez anos.

    No caso do milho, a produtividade prevista é de 162 sacas por hectare, acima da média histórica de 148,9 sacas. Apesar da redução de área e da produção, o Usda vê ajuste entre produção e demanda.

    Exportar menos

    Para equacionar esse cenário, a entidade norte-americana prevê corte de 7,6 milhões de toneladas nas exportações. Entram em cena Brasil e Argentina, cobrindo esse buraco deixado pelos americanos.

    O milho destinado à produção de álcool deve ficar próximo de 100 milhões de toneladas, enquanto o que vai para a produção de ração recua de 151,1 milhões em 2007 para 137,2 milhões neste ano-safra, na avaliação do Usda.

    Apesar dessa estimativa do Usda, "quem vai definir o consumo de milho será o mercado", diz Siqueira. Com produção menor, o preço do milho deve subir e fazer com que muitas usinas de álcool diminuam o ritmo de produção.

    A meta de consumo neste ano é de 34 bilhões de litros nos Estados Unidos. Se as usinas não produzirem o suficiente, principalmente devido aos preços, os EUA deverão importar do Brasil ou mudar a lei que regulamenta o setor, a "Energy Bill". Para Siqueira, a mudança na lei fica difícil porque este é um ano eleitoral, e a alteração contraria o interesse dos produtores de milho.

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  • Waldir Sversutti Maringá - PR 01/04/2008 00:00

    Vejam essa manchete de hoje no estadão.com.br e tirem suas próprias conclusões sobre onde vai parar a vaca. ( balança comercial )

    Ainda que permaneça um superávit favorável de US$ 1 bilhão na balança comercial neste inicio de ano, já dá para ver que o caminho que a vaca vai, é o do... brejo.

    “ Importações disparam e saldo comercial cai 66,9% “

    Aqui vale reprisar aquele ditado “

    “” É possivel enganar parte do povo durante todo o tempo.

    É possivel enganar a todo o povo durante parte do tempo.

    Mas será impossivel enganar TODO O POVO DURANTE TODO O TEMPO “”

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  • Paulo Mano Juara - MT 01/04/2008 00:00

    Joao Batista, séra que vcs conseguiriam com essas consultorias que trabalham sempre com vcs ai, dados verdadeiros sobre a diminuição do rebanho no brasil, dados de 2004, 2005, 2006, 2007. Por onde a gente anda João, como vc sabe o boi sumiu! E as informações de alguns orgãos não são confiaveis, essa informacao é muito importante para o pecuarista. Joao,sempre grato pela sua atencao,mais uma vez obrigado. Paulo Mano, Júara, MT. obs: (só pra vc ter uma ideia, o bezerro aqui em jùara nao existe mais, quando aparece já é cotado a mais de 550,00 reais)

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  • João Fernando Taques Castro - PR 01/04/2008 00:00

    CARO JOAO BATISTA , ESTOU PARTICIPANDO BASTANTE DO FALE CONOSCO. AGORA É EM RELAÇÃO AO PRÊMIO. QUAL VAI SER A DESCULPA QUE AS MULTIS VÃO DAR?? PORQUE A SOJA ESTÁ DERRETENDO E O PRÊMIO ESTÁ BAIXANDO A PASSOS DE TARTARUGA,,, AONDE É QUE O PRODUTOR LEVA???(GANHA). OS FRETES MARITIMOS ESTAO CAINDO NO MUNDO INTEIRO. E PELO JEITO OS BRASILEIROS (AGRICULTORES) VÃO PAGAR ESTÁ DIFERENÇA.

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