Fala Produtor

  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 18/03/2009 00:00

    Amigo Armando Matielli, uma pena não termos nos encontrado em Varginha, mas nós aqui de Coromandel estavamos lá..., mas, graças a Deus, tinha tanta gente que não foi possível encontrar quase ninguem... Enfim, foi um lindo movimento que não deixaremos morrer. Amigo, sei que é cedo para qualquer pergunta, mas mal acabamos de chegar de Varginha e olha o BB cobrando dos clientes cafeicultores (inadimplentes e os não inadimplentes) para assinarem a carta de adesão à prorrogação das CPRs fisicas e financeiras para 4 anos.

    Não sei não, mas acho isso muito estranho..., antes os bancos não aceitavam nossas propostas, e agora estão correndo atras dos produtores!!! Se alguem tiver alguma noticia sobre o que devemos fazer ou como proceder agradeço, pois o prazo final para assinar a carta de adesão é dia 27/03/2009. Estou com medo de dar qualquer opinião aos colegas, sem antes sabermos dos resultados de Brasilia. Aguardo resposta urgente...

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 18/03/2009 00:00

    Olá amigos cafeicultores de todo o Brasil e amigos do Noticias Agricolas..., Parabéns amigo João Batista pelo seu desempenho no SOS cafeicultura. Sua atuação junto aos cafeicultores em Varginha foi um trabalho maravilhoso... Mas estou aqui mais uma vez para fazer uma correção de uma noticia que saiu no site oficial do CNC: "Amigos do CNC, não foram somente cafeicultores do Sul de Minas, Alta Mogiana, Espirito Santo e Parana que estavam presentes nesta grande marcha..., Lá estavamos nós aqui do Cerrado Mineiro (Coromandel, Patrocinio, Monte Carmelo), estavam também produtores de Rondonia, Rio de Janeiro.

    Parabens aos organizadores do evento, mas todos nós estavamos lá.

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  • Renato Archile Martini Cascavel - PR 17/03/2009 00:00

    Olá amigos do Notícias Agrícolas, quero parabenizar os cafeicultores pela mobilização realizada em Varginha (MG), e também a cobertura feita pelo Terraviva, com a competência da voz-do-campo do João Batista Olivi. Sem dúvida, a mobilização politica dos produtores agrícolas é o único caminho para que nós sejamos respeitados por esse governo, pois, afinal, geramos um terço da economia deste país. Temos que ser ouvidos e respeitados, a exemplo do MST, que nada produz mas, com seus inúmeros tentáculos, leva fatias frondosas do dinheiro que nós recolhemos de imposto e, tudo isso a fundo perdid..., ou seja, quem trabalha e produz, que se exploda... mas pra quem invade, rouba e destrói, tem comida de graça... que País é este? Sabemos que muitos dos que estão no governo hoje já pertenceram a grupos extremistas do passado como VPR (vanguarda popular revolucionária), COLINA (comando de libertação nacional), que se uniram e formaram a VAR-Palmares (vanguarda armada palmares) e que hoje se chama MST. Pois bem senhores, se podemos ser governados por eles, podemos muito bem ir à luta e colocar lá no governo um agricultor, que bem preparado, certamente seria um excelente governo. Vamos pensar nisso??? A melhoria do setor agrícola está necessitando de mobilização politica inteligente. "...e vamos em frente!!!".

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  • Pedro Luis da Silveira Bérgamo Ribeirão Preto - SP 17/03/2009 00:00

    João Batista e Dr. Armando Matielli, quero parabeniza-los por tudo que voces tem feito, cada um com seu trabalho especifico. Percebam, a grande midia simplesmente não fala nada sobre os problemas do agronegócio. Produtor neste país é considerado cidadão de 2a classe, a sociedade urbana se esquece que toma café, come arroz, feijão, toma leite, come carne e vive nas cidades por que os alimentos chegam a sua mesa. O alcool chega aos postos, a borracha transforma-se em pneus, o papel da burocracia palaciana de Brasilia vem tambem do agronegócio e do cultivo de florestas, o couro veste a moda dos calçados, do algodão aos tecidos , enfim poderiamos ficar enumerando uma lista enorme.

    por isso, João Batista, continue firme pois estamos com voce. Sugira à equipe de jornalismo da Band, através do Noticias Agrícolas e do Terraviva, que realizem mais programas sobre o agronegócio e continuem discutindo com autoridades e personalidades do setor, no programa canal livre, os temas e politicas que venham de encontro com as necessidades do campo. Abraços. Pedro Bérgamo.

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  • Sandra Maria Teixeira Ribeiro Cambuquira - MG 17/03/2009 00:00

    Por favor, gostaria de rever na 2ª edição do Notícias Agrícolas com João Batista, os pronunciamentos no palanque da Marcha do Café dia 16 em Varginha, exibidos no Jornal desta tarde.

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  • Carlos Alberto Agustini Santo Antonio do Jardim - SP 17/03/2009 00:00

    João Batista, assisto diariamente sua cruzada em prol da agricultura, e me pergunto se alguem do governo assiste seu programa. Vocês teriam essa informação? O que gostaria de sugerir é um tema que a grande midia simplesmente ignora, que é o movimento dos sem-terra. Se o produtor tradicional não está conseguindo se manter, como é que os defensores desse movimento (governo, ongs, simpatizantes, etc..), esperam que essas pessoas sem qualquer preparo tecnico/administrativo consigam tirar o sustento da lavoura, bem como coloaborar para a produção de alimentos que o Brasil e o Mundo precisa???. O descaso em cumprir-se a Lei por parte das autoridades é vergonhoso e inadimissivel... Enfim, João Batista, esse é um tema que voce poderia olhar melhor, pois sou engenheiro agrônomo com 30 anos de formado quando pude observar varios desses assentamentos durante minha vida profisional. Posso afirmar que nenhum funciona, e o que ocorre é que a maioria dos acampados, após conquistarem o lote, passam para outro e vão invadir outro local.

    Um forte abraço. Carlos.

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  • Armando Matielli Espírito Santo do Pinhal - SP 17/03/2009 00:00

    Quero registrar o agradecimento e reconhecimento ao jornalista João Batista Olivi, que tem demonstrado um estupendo profissionalismo e conhecimento do nosso agronegócio. Ontem, durante o MOVIMENTO S.O.S. CAFEICULTURA, em Varginha, vi o João Batista horas à fio empunhando o microfone com galardia, num trabalho árduo de um cidadão comprometido com a profissão. Jornalistas desse naipe é que engrandecem nossa atividade. O João Batista é capaz de entrevistar, analisar o mercado, a parte economica e politica do País com uma amplitude nata somente oriunda de uma cultura acima da normalidade, além de conhecer todos os segmentos do agronegócio e de seus principais protagonistas. Com isso está angariando adimiradores em todos rincões do Brasil. Parabéns à Rede Bandeirantes/Canal Terraviva de televisão por prestigiar um homem e profissional como o João Batista (que ainda ensina o caminho para seus dignissimos filhos). Que Deus dê muita saúde e paz para o nosso João Batista Olivi continuar empunhando os microfones por muitos anos à frente no nosso agronegócio.

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  • Zander Navarro Porto Alegre - RS 17/03/2009 00:00

    Prezados Senhores,

    este site disponibilizou por algum tempo as palestras e os materiais relativos ao seminário sobre microbacias e desenvolvimento realizado em Campinas, no início de setembro, em Campinas (SP) sob o patrocínio da CATI. Gostaria de saber se aquele material ainda está disponível no site e como poderia acessá-lo.

    Antecipo os meus agradecimentos pela atenção ao acima exposto.

    Cordialmente,

    Zander Navarro

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  • Julio Cesar Trevisan Dilermando de Aguiar - RS 17/03/2009 00:00

    João Batista, quero aqui registar minha satisfação ao assistir um programa como o seu, e fazer um ALERTA aos produtores desse meu Brasil (deitado em berço esplêndido): "Atenção produtores brasileiros, vamos criar vergonha (já que esse governo LULA não tem), e olhar com orgulho esse povo Mineiro, e brasileiro, e honrar a coragem que tiveram e o que fizeram... Vamos segui-los; e em todo o território fazer o mesmo: paralisar nossas atividades rurais, como fizeram os agricultores argentinos; isso para dar definitivamente uma resposta a esse governo que aí está! Os sem-terra quando querem mandam o seu recado a esse governo omisso.

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  • Elizeu Afonso Cremonese Palotina - PR 17/03/2009 00:00

    Um bom dia e um abraço a todos os amigos do Notícias Agrícolas. João Batista, gostaria que os senhores dessem destaque ao protesto dos produtores e cooperativas que haverá em Cascavel (PR) no proximo dia 20 de março. Pois mais uma vez a turma do "eu poluo a semana inteira na cidade e os colonos tem que deixar o ar deles limpo" estão soltando as manguinhas... Desde já agradeço.

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  • José Luiz Gonçalves de Andrade Gurupi - TO 16/03/2009 00:00

    Um dos grandes empecilhos à sustentabilidade na agricultura chama-se ausência de política econômica, pois um país sustentável é aquele em que os elos, como os de uma corrente, são fortes, todos por igual;

    O Presidente Lula fez como chavão de sua política de votos o “nunca neste país a comida esteve tão barata à população”, mas isto teve um custo muito alto para todo o elo produtivo. O evento de Varginha-MG é o reflexo exato do que digo;

    A sustentabilidade passa primeiro pelo conhecimento da atividade rural no país ao longo do tempo. Sustentabilidade significa em primeiro lugar haver renda suficiente para ter LUCRO, para permanecer no ramo, investir, proteger o solo, modernizar. Para tudo isso há necessidade de crédito, SEGURO rural (pois a única indústria a céu aberto, e à mercê do tempo, no país é o campo), acesso à pesquisa aplicada, preços mínimos que garantam a sobrevivência com rentabilidade mínima nos períodos adversos;

    Condena-se o subsídio lá fora, mas aqui dentro ocorre o oposto: além de não o ter, o produtor é jogado às feras, sem nenhuma proteção, sobrevivendo, quando dá e como pode (veja a opinião do Dr. Guilherme Dias do IEA-SP);

    Quando o produtor financia uma máquina, ou adquire adubos, o banco já se garante com a hipoteca ou penhor, a indústria já recebe seu pagamento, o país já garante o abastecimento. Se algo dá errado, por intempérie, especulação, excesso de produção ou falta dela, a quem o produtor recorre? Ficou com o mico. Ele tenta Deus, que é o único acessível, mas também ele não faz milagres, só em condições especiais! Aqui minha crítica ao produtor rural, que deveria brigar pelo que lhe devem, resgatar sua dignidade e não viver de esmolas;

    A pecuária sempre foi de baixa rentabilidade, por isso, ao longo do tempo o pecuarista auferia lucro na valorização da terra e escapava, mesmo com a baixa renda (alto risco, alto lucro – caso dos especuladores nas bolsas; baixo risco, baixo lucro, segurança – este é o ritmo do pecuarista). Ele foi estimulado a desbravar para integrar: PROTERRA, POLOCENTRO, etc., etc.. PLANTE QUE O JOÃO GARANTE. Este era o mote de então, e como até hoje ainda há gente daquela época no campo (não se muda conceitos tão rapidamente, quando há pessoas de baixa escolaridade envolvida, que é o grosso da população rural). Os filhos já se mudaram para a metrópole faz tempo! Há tempos um amigo alertava que, aqui, o rabo andava balançando o cachorro, que estava tudo errado! Agora a especulação ficou evidente (?), apareceu e deu no que deu!

    A intensificação na pecuária passa pela diversificação, pela integração lavoura/pecuária, pela adoção de tecnologias que requerem aporte de recursos, entre outras coisas. Por que não há investimento, por que não há absorção de mão de obra, por que não há uso adequado de solo? Quando se quer comida barata, o solo é do produtor! Quando se quer proteger o solo, a sociedade, que se beneficia da comida barata, quer que o mesmo produtor gaste o que não tem para fazer curvas de nível no terreno, correção de solo, correção da fertilidade, melhoramento genético, etc. Quem não faz isto de bom grado quando o retorno é adequado? Ninguém o faz para agradar a quem quer que seja, se não houver recursos para tal! Daí a degradação! Ela nada mais é que a conseqüência de anos de expoliação da “roça” para produzir comida barata para a população. Veja o exemplo do café: analise como ocorreu e pra que serviu o confisco cambial do café!

    Veja porque produtores usam máquinas ao invés de empregarem mão-de-obra. E na indústria, no comércio, é diferente? Esta é a evolução do homem na sociedade no mundo inteiro: CADA DIA MENOS GENTE NO CAMPO ALIMENTANDO MAIS GENTE NAS CIDADES! O aumento da escala na exploração é uma necessidade da era moderna: a enxada substituída pelo trator de 50 HP, e hoje pelo de 250 HP. Será que é tão difícil assimilar estas mudanças? Os filmes de “bang bang” mostravam o homem correndo, há mais de cem anos atrás, para disputar as terras devolutas do tio SAM (lá, já naquela época tinha concorrência). Aqui, se propala uma reforma agrária completamente anacrônica. Da forma como é feita, tirando o pobre coitado da favela, para longe da vista da sociedade, obrigando-o a cultivar de enxada o seu ganha-pão, e sem seguro rural que o proteja das intempéries!!! Porque não há arrendatários de terras? Será que ninguém descobriu o filão (como empobrecer sem retorno)?

    Somos um país hipócrita, onde cafeicultores que ajudaram o país a se desenvolver, a promover sua industrialização, são hoje PRESOS por agredir o ambiente, depois de terem dado a alma para o país. Veja a manifestação de VARGINHA-MG. Temos um ministro, Minc, que não se manifesta sobre a ocupação dos morros do Rio de Janeiro, onde morre gente toda vez que dá uma chuvinha; os lixões a céu aberto no país inteiro não são também agressão ao meio ambiente? E a ocupação nas praias, no litoral, apenas com fim especulativo? Isto é ambiente degradado.

    A senadora Kátia Abreu, que nos livrou (o país inteiro) da CPMF, assumiu a CNA com um discurso firme, coerente, botando os pingos nos “iiis”, e nem sequer foi divulgada na grande mídia a sua posse na confederação do setor que carrega o país nas costas.

    A sociedade também é hipócrita quando não raciocina, quando é conivente, quando tira proveito de determinadas vantagens em detrimento de seu semelhante. Sugiro: Tragam o sr. Luis Hafers para uma entrevista. Ele é coerente, preparado, extremamente vivido, CULTO (este é um defeito grave nestas terras) e cafeicultor, coitado! (perdoe-me a deferencia “seu Luis”, sou um admirador seu)...

    Em defesa da verdade e da agropecuária! Saudações, José Luiz Gonçalves de Andrade, Pecuária de corte e leite (família de ex-cafeicultores, café com leite)- eng.agrº, especialização em sobrevivência. Gurupi-TO -

    (63)3312.4950.

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  • paulo roberto tavares salvador - BA 16/03/2009 00:00

    À redação do Notícias Agrícolas - Assisto sempre o programa dos sSrs. e quero fazer dois reparos:

    1- estou localizado na região de Feira de Santana -BA, e a previsão de tempo dada nunca menciona Feira, nem o semi-árido baiano, muito pouco o semi-árido nordestino. Nós existimos. Tempo bom aqui é chuva sempre.

    2-A cotação do boi dos srs. exclui Feira de Santana, a segunda praça do nordeste, perdendo apenas para Salvador, a maior cotação do nordeste.

    Muito obrigado. Paulo

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  • Lucas Barbosa Rosana - SP 16/03/2009 00:00

    Meu caro amigo João Batista queria parabenizar você, toda sua equipe e a rede bandeirantes pelo excelente trabalho prestado em prol da classe produtora, uma classe tão massacrada nesse País de injustiça!!!

    Lucas Barbosa.

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  • Horacio Guillermo Canova Spelling San Alberto (Paraguay) - PY 16/03/2009 00:00

    Srs. da redação do noticias Agricolas.

    Pediria por favor duas coisas ao Joao Batista

    1.- Voltar ao ping-pong com a Desiree. pois ele faz perguntas que a gente gostaria de fazer e obtem uma ampliaçao da infomaçao. Eles interagem muito bem, tenho saudades do bloco.Continuo aguardando a possibilidade de ampliar as imformaçoes para o Paraguay.

    2.-Tentar obter uma informaçao nao contaminada (Traders) de qual é a quebra real da produçao da soja. Agora todo mundo (Aprosoja do Rio g.do sul) diz que o dano não foi tal.Custa acreditar. Aqui no Paraguay ja perdemos no minimo 3 milhões de Toneladas, ou seja, 50% . Essa informaçao é vital para a comercializaçao. Muito obrigado Horacio

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 16/03/2009 00:00

    Amigos do Noticias Agricolas

    A meu ver 03 Entidades, no momento, são as grandes responsáveis pela crise - ainda inicial no agronegócio brasileiro -, e somente um "murro na mesa" do Presidente Lula poderá alterar a situação e os milhares de desempregos já ocorridos e os milhões que ainda, infelizmente, tendem a ocorrer se nada for feito de prático e imediato (conforme analises do meu grupo de amigos - consultores sérios e independentes em Bsb -, a crise só chega a 50% do efeito maléfico potencial nos países onde nasceu e a 20% no Brasil).

    A primeira delas é o BIS e outras entidades capitalistas da Suiça e que criou os Programas de Adequação e Redução de Riscos dos Negócios Bancários no Mundo, chamados de "Basiléia I" e "Basíleia II" e que os Bancos no Mundo deveriam obedecer, mas somente os Bancos do Brasil estão, realmente, tentando cumprir (nos EUA e U.E. estava algum cumprindo ?). Com isto, o BB por exemplo, tem de ampliar sua segurança nos emprestimos e, pior, ser muito mais exigente na abertura ou na ampliação dos chamados "limites de créditos" das empresas e dos produtores rurais, fatos que estão matando as empresas do agronegócio brasileiro e neste momento em que mais precisam de capital de giro para tocar a empresa, estocar produtos transformados ou matérias-primas e sem que precisem demitir.

    Mesmo com quase nenhum Banco externo obedecendo as tais Basiléias, no momento, diversos analistas - e dirigentes de agroindustrias que já pleitearam e que aguardam pacientemente na fila do "pires na mão" e do "por favor" - comentam que o BB está procedendo da seguinte forma após a crise: a) reduziu tal limite de muitas empresas; b) dificulta ao máximo suas ampliações e renovações e mesmo com apresentação de novas garantias, até hipotecárias; c) não permite mais a transferência dos sub-portfólios dos limites integrantes do limite total (em geral em número de 3 com objetivos diferentes, mas para um risco único, por exemplo, 60%+30%+10% = 100% do risco a conceder), e segundo os interesses das empresas e os momentos das safras (por exemplo: do portfólio de custeio (60%) e do portofólio de investimentos (30%) - ainda não utilizados e/ou já pagos- , para o portfolio de comercialização e demais itens, no inicio com 10%, mas que poderia chegar a 100% se o Banco assim quisesse, só que não vem permitindo); d) nas operações em que não há mais riscos de preços e de perfomances e, assim de credito, pois já foram contratadas externamente e/ou mitigadas (por exemplo nos ACC - em que já se contratou o embarque e o câmbio - e nas operações garantidas por hedge direto ou cruzado na BM&F). O BB - mesmo sendo justas e legais - ainda não considera tais reduções de riscos e que, beneficamente, incentivam a adoção de mitigadores e as proteções - tanto de preços como de oscilação do câmbio - na BM&F pelas agroindustrias e produtores rurais (como se faz muito nos EUA e UE).

    A Segunda Entidade é a BOVESPA - que no afã de reduzir os riscos dos investidores e sobretudo dos pequenos (ou seja: ganho fácil com o suor e o sangue do trabalhador) - continua exigindo das empresas, sobretudo dos Bancos, uma forte redução dos seus riscos e de seus custos, de forma a se adequarem no chamado "Novo Mercado" (uma pura balela que se vê agora após a crise mundial que levou a queda de 70 mil pontos para quase 30 mil pontos do Índice Bovespa e que mostrou que não funciona, pois grandes empresas como a Vale - integrante do Novo Mercado - foram as que mais cairam. Na prática, com isto, mesmo que o Governo jogue dinheiro nas linhas de crédito e obrigue os bancos a financiarem, eles não podem fazê-lo, pois as suas prioridades atuais e legais são gerarem grandes e crescentes lucros para os acionistas e/ou investidores - boa parte estrangeiros - e não o povo e as agroindústrias e produtores rurais brasileiros.

    A terceira Entidade - que parece que tudo isto vê e que com tudo concorda - é o BACEN, pois sabe das obrigações dos Bancos com o BIS e as Entidades externas e com a BOVESPA, mas - mesmo podendo -não bate o "murro na mesa", pois suas prioridades são o combate a inflação e a politica cambial e para isto luta tanto também pela sua chamada "Independência" e que muitos parlamentares - votados por nós agricultores - engolem e por ela lutam. Ser independente é contribuir para quebrar a agroindustria e o produtor rural brasileiro ? e ainda gerar milhares de desempregos atuais e milhões futuros ? De que adiantaram e onde estão os Bancos Centrais poderosos e independentes dos Países onde a crise atual está bem pior do que no Brasil ? O que aquelas países ganharam, realmente, com a independência de seus Bancos Centrais ?

    E tudo isto em nome do combate a inflação no Brasil (melhor seria termos uma taxa anual de 10% a 30% como na Russia do que ficar desempregado e passar fome) e ainda do câmbio (que, após a brilhante Lei Kandir, há 10 anos está matando o agronegócio e a agricultura brasileira e aos pouquinhos, como disse aqui o nosso sábio articulista Waldir Sversutti) e, muito pior, gerar muitos dividendos - e uma próxima fantástica valorização das ações - para um grupo pequeno de investidores, de especuladores e de espertos e poderosos Fundos de Pensão anti nacionalistas e pouco patriotas, que querem ganhar fortunas de forma fácil e sem trabalhar como ocorreu nos EUA e levou a toda esta quebradeira. Vejam que, nos últimos anos, em quase todas as cacas" e "bandalheiras" ocorridas no Brasil, quase sempre, tem a atuação ou o lobby forte de um poderoso Fundo de Pensão. Isto é público e basta ler nas grandes revistas semanais.

    Assim, para resolver é fácil e são duas as possibilidades: a) O Presidente Lula - desde que bem assessorado - dá afinal o "murro na mesa" e mostra quem manda, obrigando a abertura, renovação e, se necessária, a ampliação, dos limites de créditos dos bancos para as empresas e produtores rurais neste momento de crise. Também, se quiser manter as nefastas situações anteriores, manda o Tesouro voltar a assumir 50% do risco das operações rurais e agroindustriais, como ocorria até cerca de 3 anos antes. Lembro, aqui que a maioria dos produtores rurais ainda acredita no Presidente Lula e acha que alguma medida será tomada por ele rapidamente, se seus assessores e o BACEN assim o deixarem; 2) Que estatizem logo o BB e o BACEN e que estes passem a investir - verdadeiramente - no social brasileiro e no nosso desenvolvimento, pois as ações atuais do BNDES neste sentido só beneficiam as grandes empresas, melhor diria, os grandes empresários, segundo muitos críticos.

    Concluindo, além das que falei - com efeitos para o médio médio prazo - , insisto que apenas uma medida imediata - a meu ver - poderia reverter rapidamente o desemprego anterior e futuro no Brasil - e até servir de modelo para outros países - e que seria o estimulo direto e imediato ao consumo de alimentos (como adotado emergencialmente nas guerras). Sugiro que seja criado um Cupom Alimentação no valor mensal de R$ 100,00 e a ser distribuido pelos próximos 12 meses para as cerca de 13,0 milhões de familias - integrantes do Bolsa familia e de outros Programas federais e estaduais semelhantes - comprarem apenas alimentos e nos supermercados e varejos legalizados. O custo mensal de tal Programa seria irrizório diante do que se está gastando no momento na salvação dos Bancos e Empresas, sobretudo dos espertos fabricantes de automóveis. Imaginem os impactos positivos em todas as cadeias e de baixo para cima.

    As exportações de produtos agricolas e de alimentos pelo Brasil estavam muito alavancadas e serão precisas medidas severas para enxugar as sobre ofertas atuais e futuras e que estão quebrando as nossas empresas, que não conseguem mais exportar nos mesmos volums e preços (fortes quedas das receitas e com custos iguais), nem vender maiores volumes no mercado interno e nem têm capital de giro para tanto.

    A todos os consultores e economistas sérios - que realmente conhecem os assuntos, não sendo meros "chutadores" -, com quem falo sobre isto, concordam que este seria, realmente, o melhor caminho para o momento e sua urgência. Também, em recente seminario que participei no IPEA Brasilia sobre a crise internacional, por coincidência, uma técnica da OIT falou que é, exatamente, este tipo de medida a única que já deu certo em outras ocasiões de crises e em outros países. Para ela - também como tenho afirmado - reduções de juros, reduções de impostos, ampliação dos créditos, aumento dos gastos com infra-estrutura e obras etc.., ou não funcionam para o caso, ou demoram muito para funcionar.

    Falando nisto, em dias anteriores, também fiquei muito preocupado ao ler uma declaração de um ex-diretor da FEBRABAN de que, mesmo que a SELIC caia para 0%, a redução real na taxa de juros da economia real seria somente de 25%. Então, porque estamos comemorando estas pequenas quedas atuais ? Quem irá, realmente, nos dizer as verdades ? Quem poderá nos defender ?

    Sera que alguém que está me lendo tem poder ou condição de levar estas humildes ideias e propostas ao Presidente Lula ? e para que não seja o último a saber ?

    Prof. Clímaco Cézar

    AGROVISION - Brasília

    www.agrovisions.com.br

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