Com recuo dos prêmios no Brasil, queda do dólar e 11 pregões em baixa para a soja em Chicago, melhor momento de venda já passou
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Entrevista com Mário Mariano Moraes Júnior - Analista da Novo Rumo Corretora sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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Nesta segunda-feira (01), a Bolsa de Chicago teve uma queda expressiva, de 14 a 15 pontos nos principais vencimentos. O milho, por sua vez, teve queda de 7 a 9 pontos.
Mário Mariano Moraes Júnior, analista da Novo Rumo Corretora, destaca que essa queda ocorreu porque esperava-se uma melhora da safra norte-americana, fator que não foi confirmado pelo relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Assim, os números de hoje do mercado devem ter uma correção na próxima sessão.
As condições de lavoura de milho estão em 56% de boas e excelentes, enquanto o mercado esperava 57%. Para a soja, esse número é 54%, contra 55% que eram esperados pelo mercado.
O relatório, assim, traz uma condição positiva e também dá uma ideia do tamanho da safra norte-americana, que pode ser de 112 milhões de toneladas para a soja.
O que ficou claro, segundo Mariano, é que a frustração dessa safra norte-americana traz uma redução do estoque futuro, mas a demanda ainda não é um fator bem definido. Neste momento, as conversas entre China e Estados Unidos no G20 podem trazer a pespectiva de uma nova rodada de negociação de venda.
Mercado interno
Este movimento poderá beneficiar o Brasil. No momento, o farelo de soja já é exportado de forma indireta, a partir da venda de carne suína para os chineses.
Quanto às vendas, Mariano observa que pouco foi negociado da safra 2019/20 e diz que o melhor momento já passou, com a queda do dólar e dos prêmios. Quem conseguiu negociar anteriormente obteve um valor melhor, mas não dá para dizer que o produtor está com a lavoura salva. Para a região Sul e Sudeste, o cenário de venda praticamente não ocorreu.
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