Soja: Com 40% da área plantada, chuvas em Bagé (RS) contribuem para andamento da semeadura
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Entrevista com Rodrigo Borba Móglia - Presidente do Sindicato Rural de Bagé/RS sobre o Acompanhamento de Safra da Soja
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As chuvas chegaram ao estado de RS nesta terça-feira, 13 de novembro, na cidade de Bagé, mais especificamente, por volta 9 horas da manhã. A previsão é que chova de 40 a 50mm, “Volume muito importante para que haja o estabelecimento das áreas que já foram plantadas”, diz Rodrigo Borba Moglia, presidente do Sindicato Rural de Bagé.
Na cidade sulista, mais de 40% da soja já está semeada, “Número muito expressivo, considerando que a região também tem muito foco na lavoura de arroz”, ressalta Borba.
Devido ao posicionamento de Bagé bem ao extremo sul do Brasil, “É importante que a finalização do plantio ocorra entre os dias 20 e 30 de novembro para que feche dentro da melhor janela”, alerta Borba. De acordo com o presidente, são períodos de preferência da região para a implantação da lavoura da oleaginosa.
Esse cenário é ainda mais favorecido com a previsão de entrada do El Niño no final deste ano, que pode trazer um melhor volume de chuva. “Ano passado, ao contrário, ocorreu o La Niña, que trouxe um déficit de chuva muito grande, resultando em uma queda de praticamente 50% da safra de soja na região”, conta Borba
No entanto, de acordo com o porta-voz do sindicato, os prejuízos foram pontuais e não se deve generalizar. Os produtores que estavam mais alavancados tiveram que se adequar. Por outro lado, os que já estavam mais seguros ou que possuem outras atividades como pecuária e arroz não foram prejudicados e conseguiram manter os níveis de tecnologia.
Como no resto do Brasil, a rentabilidade do produtor será afetada pela compra dos insumos com o dólar acima de R$ 4,00 e a venda do seu produto com expectativa do dólar a R$ 3,70. No entanto, a boa produtividade, a proximidade do Porto Rio Grande e as boas chuvas estão deixando os produtores otimistas.
Os preço futuro está próximo de R$ 74,00, sendo que 20 a 30% de contratos já foram feitos a patamares na faixa de R$ 78,00, porcentagem esta que está acima da média dos últimos anos.
Ainda de acordo com Borba, a rentabilidade do produtor dependerá de sua produtividade na lavoura. “A partir de 45 sacas o produtor consegue obter um resultado positivo”.
O presidente reforça a importância de uma safra boa para recuperar a capitalização do produtor na região, para que este possa depender menos dos insumos das cerealistas, de capital externo e que possa, assim, fazer os melhores negócios partindo de seu próprio capital: “Comprando produtos com desconto e vendendo no melhor momento, diz.
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