Soja: Desconto na classificação de grãos reduz rentabilidade dos produtores no Maranhão

Publicado em 24/04/2018 10:57
José Carlos Oliveira de Paula - Presidente da Aprosoja MA
Com chuvas excessivas, grande parte dos produtores tiveram problemas com grãos ardidos. Saca da oleaginosa é cotada ao redor de R$ 73,00. Cerca de 80% da produção foi colhida e rendimento médio está próximo de 53 scs/ha. No milho, saca é cotada a R$ 28,00 e agricultor precisa de rendimento acima de 80 scs/ha para fechar as contas.

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Finalização da safra da soja com José Carlos Oliveira de Paula - Presidente da Aprosoja MA

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No estado do Maranhão, os produtores rurais estão preocupados com os descontos na classificação de grãos de soja e que pode reduzir a rentabilidade.

Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) do estado do Maranhão, José Carlos Oliveira de Paula, cerca de 80% das áreas cultivadas com a soja foi colhido na região e a produtividade está em torno de 53 sacas do grão por hectare.

“Ontem, nós tivemos uma reunião com o pessoal do IBGE que estavam acompanhados pela a Conab confirmaram esse rendimento no sul do Maranhão”, afirma.

Um dos fatores que prejudicaram na classificação de grãos, foi o excesso de chuvas que acabou comprometendo a safra com soja ardida. “Muitos produtores tiveram descontos acima de 20%. Porém, não é devolvido para o agricultor é comercializado 100% pela a trader e quem fica com o prejuízo somos nós”, destaca.

Comercialização

Por conta da guerra comercial entre os Estados unidos e a China e a estiagem na Argentina, os preços para a soja reagiram na localidade. Atualmente, a saca da oleaginosa está sendo negociada a R$ 73,00. “Com essas referências ajuda os produtores, mas não paga todas as dívidas e os fretes cada vez mais altos”, ressalta.

No caso do milho, as referências giram por volta de R$ 28,00 a saca, sendo que nestes patamares começam a remunerar caso os produtores consigam um rendimento próximo a 80 sacas do grão por hectare.

Milho Safrinha

Nesta temporada, houve uma redução de 30% na área plantada com o milho safrinha no estado. Na qual, a área destinada a cultura tem em torno de 1.90 a 2 mil hectares. “Alguns agricultores já fizeram o plantio a mais de 20 dias e quem plantou por último está sofrendo devido á falta de chuvas generalizadas”, diz.

Os agricultores que não investiram no milho safrinha optaram por fazer o plantio no milheto, sorgo e feijão. No entanto, muitos produtores já estão fazendo a compra dos insumos para a próxima temporada. “O nosso grande problema é na parte de financiamento, principalmente aqueles que são controlados pelo o governo. Além disso, a propriedade que não tem as questões ambientais legalizadas não tem direito ao crédito”, salienta.

Diante desse cenário, a Aprosoja está trabalhando para amenizar essa situação ao produtor, que também precisa estar com a licença atualizada todos os anos. “O agricultor não foi orientado para isso, mas nós estamos dialogando com o governo, tendo em vista que está prejudicando 70% dos produtores rurais”, finaliza.

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Por:
Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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