Chuvas beneficiam as lavouras de soja em Goiás e produção deverá totalizar 9,8 mi de t nesta temporada
A produção de soja no Estado de Goiás tem se beneficiado com as chuvas que retornaram com regularidade em janeiro. No geral as lavouras se desenvolvem bem, sendo as áreas ao norte e nordeste do Estado onde a situação ainda é um pouco mais preocupante.
Segundo o Assessor Técnico do Senar GO, Cristiano Palavro, grande parte da região centro-sul - onde se concentra a maior produção de soja - as lavouras conseguiram se recuperar da seca na fase de implementação. No entanto, por conta das condições de desenvolvimento nas áreas no norte e nordeste, a última estimativa de produção da Faeg (Federação de Agricultura de Goiás), trouxe uma pequena redução na produtividade e área plantada.
De acordo com as estimativas o estado deverá colher nesta safra 9,8 mil toneladas de soja, com produtividade de 3 mil quilos por alqueire. Segundo o assistente, devido ao retorno das chuvas e a recuperação das plantas em boa parte das regiões, não há preocupações quanto ao não cumprimento dos contratos antecipados - mesmo com um volume maior de negócios neste ano (cerca de 55%).
Palavro lembra também que nesta temporada "tivemos uma situação inusitada, pois ainda há algumas lavouras ainda sendo implementada e na próxima semana outras já começaram a colheita", explica. Neste sentido, os produtores da região norte e nordeste seguem com o desenvolvimento mais tardio na comparação com as demais localidades, onde alguns produtores optaram até mesmo por não realizar o plantio da soja e aproveitar a recuperação hídrica para cultivar o milho, que tem uma janela de produtividade melhor neste período.
Por conta da adversidade climática, reflexo do fenômeno climático El Niño, o período de zoneamento agrícola no Estado precisou ser alterado, com o novo calendário os produtores terão até essa sexta-feira (15) para finalizar o trabalho de semeadura.
Milho
As estimativas da Faeg para a área de milho primeira safra é de 200 mil hectares. Assim como ocorre em outros estados, a rentabilidade da soja tem feito os produtores optarem por cultivar a oleaginosa e posteriormente entrar com o milho safrinha.
Segundo Palavro os bons níveis de preço para o cereal devem estimular o plantio da segunda safra. "O nosso milho se escoou com o alto volume de exportação e, agora o mercado interno tem que arcar com preços maiores para fazer essa compra", explica.
Na região a saca do milho é negociada entre R$ 35,00 até R$ 40,00 e, mesmo sem uma definição de área total para a safrinha, as perspectivas de produção no estado são positivas.
Feijão
O excesso de chuva no período da colheita tem prejudicado a cultura do feijão. As lavouras que sofreram com a estiagem no período de implementação, agora começam a perder qualidade nas lavouras pela falta de condições para dar andamento aos trabalhos de campo.
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