Em MT, valorização do dólar é o principal fator de impacto sobre maiores custos de produção para a nova safra de soja
Com a valorização do dólar nas últimas semanas, trabalhando em torno dos R$ 3,00, os principais insumos também tiveram um aumento de 25% no preço em real. No entanto, segundo Nelson Luiz Piccoli, Diretor Administrativo Financeiro da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso), os fertilizantes tiveram um recuo em torno de 12% a 13% no preço em dólar, e no caso dos fungicidas e herbicidas a redução foi de 10%.
Por isso a preocupação agora é de quanto estará o câmbio no momento em que o produtor for comercializar a safra, considera Piccoli. As cotações em Chicago seguem em baixa, oscilando entre US$ 16 e US$ 18 dólares a saca, "uma queda em torno de 10 a 20% dependendo do momento".
Segundo ele, "as vendas que tinham aquele modelo de troca por pacote, recuaram muito em decorrência dessa dificuldade econômica", com isso o produtor precisa garantir o melhor preço, para cobrir os custos de produção que já estão feitos.
Outro fator preocupante é a indefinição sobre o valor que será disponibilizado no Plano Safra e taxa de juros. A incerteza sobre as condições do crédito agrícola também tem prejudicado o planejamento dos produtores para a nova temporada. O tradicional pré-custeiro - que não faz parte do Plano Safra, mas que era liberado sazonalmente pelas instituições financeiras - foram liberados apenas no mês de março e com um juros de 9,5%.
Diante desse cenário Piccoli alerta que os produtores devem ficar atentos quanto a questões de doença, pois será o avanço na produtividade e planejamento que garantirá a viabilidade da atividade.
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