Chuvas constantes paralisam colheita do milho safrinha na região de Itambé (PR)
As chuvas constantes paralisaram a colheita do milho safrinha na região de Itambé (PR). O último trabalho no campo foi realizado no dia 30 de junho e até o momento somente uma pequena parte da área cultivada nesta temporada foi colhida. E, mesmo com as aberturas de sol nos últimos dois dias, ainda não foi o suficiente para que os produtores retornassem à colheita.
Isso porque, conforme explica o produtor rural do município, Valdir Fries, o solo da região é diferente, com alto teor de argila e são necessários entre 3 a 4 dias para a retomada dos trabalhos. “Estamos com um cenário muito parecido com o de 2013, quando devido ao excesso de chuvas tivemos a ocorrência de grãos ardidos e milho germinando no ponteiro da espiga. Com isso, as perdas ficaram entre 12% a 13%”, ressalta.
Por enquanto, nesta temporada ainda não foi confirmado esse quadro, porém, a situação não está descartada, caso as precipitações continuem na próxima semana. As previsões climáticas indicam precipitações para a localidade até o próximo dia 19 de julho. Até o momento, as variedades super precoce e precoce, que possuem empalhamento menor já apresenta danos na qualidade dos grãos, segundo destaca o produtor.
“E plantamos as variedades por se tratar de um milho de alta produtividade e de ciclo curto, o que diminui o risco de perdas com geada. O milho tardio apresenta melhor formação de palhada, o que preserva a qualidade do grão, entretanto, devem ser cultivados no final de janeiro e início de fevereiro”, explica Fries.
A grande preocupação dos produtores está relacionada ao desconto dos grãos ardidos, no momento da comercialização do milho. “Se voltar a chover, a cada dia que passar as perdas irão se agravar ainda mais, o que irá gerar um desconto aos produtores, com perdas na produção e na rentabilidade”, completa o agricultor.
Já a produtividade deve ficar próxima de 110 a 120 sacas de milho por hectare. Paralelamente, os preços estão ao redor de R$ 20,60 a saca, abaixo dos valores que os contratos foram fechados anteriormente, entre R$ 23,00 a R$ 25,00 a saca. “E para cobrir os custos de produção, os produtores precisarão manter o rendimento alto das lavouras”, acredita Fries.
Em torno de 30% a 40% da produção já foi negociada antecipadamente. Tradicionalmente, essa já é uma prática adotada pelos produtores. “Geralmente, quando planejamos os pacotes da próxima safra fazemos contratos futuros e a termo. Vendemos apenas uma parte, pois não sabemos o quanto iremos colher”, finaliza o produtor.
Confira fotos enviadas pelo produtor:
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