Em Darcinópolis (TO), produtividade do milho safrinha pode ser menor nesta safra devido ao clima mais seco
Os produtores rurais iniciaram a colheita do milho safrinha na região de Darcinópolis (TO). A produtividade inicial relatada é de 110 sacas do grão por hectare. Contudo, as lavouras de todo o estado foram castigadas com o clima mais seco. As chuvas cessaram a partir de maio e afetaram as plantas cultivadas, especialmente em fevereiro e março.
Segundo o produtor rural do município, Marcílio Fernandes Marangoni, o solo ficou sem reserva de umidade e há lavouras que foram comprometidas e nem soltaram espigas. “Tivemos sol forte e pouca umidade, quem conseguiu se programar e cultivou o milho mais cedo poderá obter um rendimento melhor. Mas, de modo geral, a produtividade média do estado será menor”, explica.
Em algumas áreas, o rendimento das plantações deverá ficar entre 60 a 70 sacas de milho por hectare. Já em relação à sanidade das lavouras, o produtor ainda destaca que não houve problemas com o aparecimento de doenças e pragas.
Preços
Enquanto isso, os preços da saca do milho já recuaram na localidade. Atualmente, a saca do cereal é cotada entre R$ 23,00 a R$ 24,00, valores que deixam margem ajustada aos produtores, conforme sinaliza Marangoni.
“Temos a interferência do início da colheita do MT nos preços na nossa região. Nesse período, os preços sempre recuam e podem cair ainda mais e atingir o patamar dos R$ 22,00 a saca. Alguns agricultores conseguiram se proteger e fecharam negócios antecipados a R$ 27,00 a saca do milho para a exportação”, ressalta o produtor.
Em meio a esse cenário, a tendência é que os produtores da região segurem o milho para negociar mais adiante, especialmente na virada do ano. No final de 2014 e início de 2015, as cotações do cereal atingiram níveis entre R$ 28,00 a R$ 30,00 a saca.
Safra 2015/16
Por outro lado, os produtores também já começam a fazer o planejamento da próxima safra de verão. Com os custos mais altos, entre 20% a 25%, os agricultores seguem cautelosos e, apenas as sementes foram compradas ou reservadas até o momento.
“Temos um atraso nas compras, muitos produtores não adquiriram os insumos, fertilizantes e químicos, está tudo parado. Esse é um ano de muita cautela, os agricultores devem fazer contas. E poderemos ter o impacto desse cenário nas lavouras, com possíveis reduções nos investimentos em tecnologia na tentativa de contornar os custos mais altos. Entretanto, não acredito que seja a escolha mais acertada, pois ao reduzir os investimentos, poderemos comprometer o resultado de produtividade, o que automaticamente irá prejudicar a fatia de lucratividade”, orienta Marangoni.
Confira as imagens enviadas pelo produtor rural:
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