Em Santa Helena de Goiás (GO), enfezamento vermelho nas lavouras de milho safrinha preocupam os produtores
O aparecimento do enfezamento vermelho nas lavouras de milho safrinha tem preocupado os produtores rurais de Santa Helena de Goiás (GO). Com a doença, as folhas das plantas ficam avermelhadas e há o comprometimento da formação das espigas. Essa é a primeira safra que os agricultores enfrentam o problema, que também afeta a produção de Montividiu e Rio Verde.
“A doença também atrapalha também o enchimento de grão, o peso, o desenvolvimento da cultura em si. As lavouras, que estão com a doença, tem a produtividade comprometida e não terá uma produção normal. E quando a doença está nesse estágio não há mais como controlar, é preciso realizar um trabalho preventivo”, destaca a produtora rural do município, Elizângela Barbosa dos Santos.
Contudo, a perspectiva é de uma produção de milho safrinha favorável na localidade. Isso porque, os produtores cultivaram o grão mais tarde e as chuvas se alongaram, beneficiando o desenvolvimento da cultura. No geral, o rendimento das plantas deve ficar entre 450 sacas a 500 sacas de milho por alqueire.
Em contrapartida, os preços já recuaram frente às perspectivas positivas para a safrinha do cereal. Na localidade, as cotações giram em torno de R$ 17,00 nesse momento, valor abaixo do preço mínimo fixado pelo Governo para o estado. “É um patamar que, no máximo, irá saldar as dívidas. Nós já estamos vindo de uma safra de verão frustrada, por conta do clima que comprometeu a produção de soja e, estávamos contando com safrinha”, destaca Elizângela.
Alguns produtores fecharam negócios antecipados, com valores ao redor de R$ 20,00 a saca, porém, a grande maioria deverá negociar o produto agora. “Quem tem condições irá segurar o milho e vender mais adiante, mas temos a questão dos débitos e tem gente que não irá conseguir esperar”, sinaliza a produtora.
Safra 2015/16
Em meio à perspectiva de juros mais altos e a instabilidade no mercado, os produtores estão bastante cautelosos no planejamento da próxima temporada. “Já esperamos uma redução na tecnologia empregada, principalmente nos adubos. As compras estão atrasadas, os produtores estão sendo mais firmes no planejamento para evitar surpresas no final. E depois de uma safra frustrada, precisamos plantar com seguro, na nossa região, muitas áreas cultivadas com a soja ficaram sem a cobertura do seguro”, finaliza Elizângela.
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