Em Cândido Mota (SP), lavouras de milho e cana-de-açúcar apresentam boas condições
As chuvas têm aparecido na região de Cândido Mota (SP) e beneficiado as lavouras, principalmente de milho safrinha e cana-de-açúcar. No caso do cereal, cerca de 30% das plantações ainda estão em fase de milho verde o restante no início da florada. E, por enquanto, as perspectivas são positivas para a safra e a produtividade deve ficar entre 80 sacas a 90 sacas por hectare.
O diretor do Sindicato Rural do município e vice-presidente Coopermota, Antônio de Oliveira Rocha, ressalta que a safra de cana-de-açúcar deve ser melhor do que a registrada no ano anterior. “A produtividade deverá ser mais alta, ainda não podemos calcular o número exato, porém, acreditamos em um crescimento de 10%”, afirma.
Apesar do cenário favorável à produção, a grande preocupação dos produtores, para as duas culturas, é o preço. No milho, os contratos futuros giram em torno de R$ 21,50 a saca, valor que cobre os custos de produção, mas deixa margem ajustada aos agricultores, conforme diz o diretor. Os negócios estão sendo feitos aos poucos, já que os produtores preferem ter a segurança da produção para depois realizar a comercialização.
“Ainda assim, deveríamos ter preços cerca de 10% a 15% mais altos para fazer frente aos custos de produção, que estão bem elevados. Na cana, o cenário é o mesmo, a cotação também depende do nível de ATR (Açúcar Total Recuperável), mas temos a tonelada sendo cotada a R$ 50,00 na região, isso penaliza o agricultor. Não temos mais a rentabilidade que tínhamos há 4 anos”, ratifica Rocha.
Custos de produção
Paralelo a esse quadro, a elevação dos custos de produção mais altos para a próxima temporada também preocupa os agricultores. “Temos dificuldades em adquirir insumos, os bancos ainda não sinalizaram com recursos, com isso, o produtor não consegue antecipar as compras. E podemos ter um gargalo logístico quando as compras começarem a serem realizadas. No mesmo período do ano passado, o banco já tinha liberado os recursos do pré-custeio”, sinaliza o diretor.
Trigo
Em relação ao trigo, Rocha ainda explica que, diante da falta de política para o setor, os produtores reduziram drasticamente a área destinada ao cereal na safra de inverno na região. Os custos de produção elevados e os preços mais baixos também influenciaram na decisão dos agricultores. “A falta de seguro também pesou na decisão dos produtores”, finaliza o diretor.
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