Crise na suinocultura lembra 2016, com a diferença de que agora a Rússia está fora das compras e o preço deprimido
Os agricultores catarinenses estão se sentindo prejudicados por conta da queda nos preços da carne suína e o aumento nos valor da ração dos animais. Contudo, os produtores acreditam que a queda nas cotações é a conseqüência do embargo russo.
Conforme explica do presidente da Associação dos Catarinenses dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, que o incremento nas referências da soja e do milho tem impactado nos custos de produção. “No mês de fevereiro, tivemos um custo anunciando pela a Embrapa de R$ 3,63 kg, sendo que a comercialização dos suínos girava em torno de R$ 2,80, assim é possível ver o quanto estamos perdendo”, afirma.
Com as restrições às importações de carne bovina e suína pela a Rússia, está com estoque elevado de mercadoria em que sete mil toneladas deixaram de ser exportadas e ficaram no mercado interno. “Por isso, está ocasionando essa grave crise no setor. Claro que a carne que está no varejo não sofreu com os altos custos de produção, temos que definir os preços sobre as paridades entre os custos de produção e paridade”, ressalta.
No entanto, ficaram 30 milhões de toneladas no mercado interno, e assim, a venda da carne ficou em R$ 2,80 kg na venda ao produtor do estado. A produção dos animais sofreu uma diminuição devido à operação trapaça, que foi deflagrada na semana passada. A liderança reitera que o setor ainda precisa de políticas publicas apoiando.
“Então, toda essa burocracia que vemos no Governo Federal e o próprio Ministério da Agricultura deveriam ter uma posição mais firme para trazer um equilíbrio na balança comercial”, diz.
Além disso, o setor pediu a liberação dos estoques de milho que a Conab tem desde 2012 e impedir que o milho venha ser descartado. “Com esse estoque precisa ser desovado para que não tenha um problema de qualidade. Nós estamos fazendo toda a pressão para usar esse milho para a ração”, finaliza.
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