Alta nos preços dos suínos nas últimas semanas minimiza perdas mas não impede encerramento negativo da atividade em 2016
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Reação dos preços dos suínos nas últimas 4 semanas no RS minimiza perdas dos produtores, mas não impede encerramento negativo da atividade em 2016
DownloadMuito embora as cotações do suíno venham demonstrado reação das últimas semanas em diversas praças do país, o movimento de alta não supera as perdas ao longo de 2016.
E além da melhora nos preços, o arrefecimento das cotações do milho e a entrada da safra de trigo, vem colaborando para redução dos custos dos suinocultores. "Mas ainda não é suficiente, pois, no Rio Grande do Sul por exemplo, os suínos entregues nesta semana e nas próximas foram àqueles alimentados em custos muito elevados", ressalta o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador.
Mas, apesar das operações ainda no vermelho, as valorizações dos últimos dias indicam reação da demanda e um cenário mais animador nas próximas semanas. Somente nos últimos 15 dias, a cotação do suíno vivo no mercado independente saiu de R$ 3,80/kg para R$ 4,20/kg, posto indústria.
2017
Historicamente o primeiro trimestre é um período de baixa rentabilidade, pela fraqueza no mercado interno e nas exportações. Em 2017, contudo, o setor aposta no bom desempenho das vendas externas para manter as cotações em alta.
"Se elas (exportações) mantiverem o ritmo elevado em volume, como ocorreu em 2016, é possível que não tenhamos quedas muito bruscas de preços pagos ao produtor", diz Folador.
Folador explica que os produtores devem entrar no próximo ano cautelosos, ainda que as projeções indiquem queda de preço nos principais insumos. "Mesmo que ocorra queda nos custos de produção, o produtor só verá essa rentabilidade a partir do final do primeiro semestre de 2017", diz.
Segundo ele, as ofertas da safra de milho verão devem começar a entrar no mercado a partir da primeira quinzena de janeiro, com cotações aproximadas entre R$ 30 a R$ 32 a saca.
O presidente também ressalta que a produção crescerá em ritmo menos acelerado no próximo ano.
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